Variação hídrica e fontes de nitrogênio em cultivares de arroz de terras altas: produção e qualidade fisiológica de sementes

• Autor(a) principal: Peres, Amanda Ribeiro [UNESP]
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/149848
• topic: Oryza sativa L.; Irrigação por aspersão; Adubação nitrogenada; Ureia revestida; BRS Esmeralda; Teor de N foliar; Vigor de sementes; Sprinkler irrigation; Nitrogen fertilization; Coated urea; Leaf nitrogen content; Seeds vigor

Dentre os desafios atuais da agricultura, estão a racionalização do uso da água, aumento da produtividade e redução das perdas de nutrientes. Para isso, deve-se avaliar técnicas de otimização ou redução da utilização da água, como o uso de cultivares mais adaptadas a estresses hídricos e, a aplicação de fertilizantes melhor aproveitados pelas plantas. Recentemente foi lançado no mercado o cultivar de arroz BRS Esmeralda que tem como características maior tolerância ao estresse hídrico e elevado potencial produtivo. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da variação hídrica e fontes de N em cultivares de arroz de terras altas sobre o teor de N foliar, desempenho agronômico, produtividade, qualidade industrial e qualidade fisiológica de sementes produzidas. O experimento foi desenvolvido na Fazenda de Ensino e Pesquisa da Unesp, campus de Ilha Solteira, localizada no município de Selvíria-MS e no laboratório de sementes em Ilha Solteira-SP, em 2013/14 e 2014/15. O tipo de solo é um LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico argiloso. O experimento foi realizado em duas etapas: produção em campo e avaliação da qualidade fisiológica das sementes produzidas. O delineamento experimental em campo foi o de blocos casualizados em esquema de parcelas sub-subdividas, sendo constituído de três variações hídricas nas parcelas (irrigação com a lâmina recomendada para o arroz + precipitação; irrigação com a lâmina de 75% da recomendada + precipitação; e sem irrigação + precipitação, ou seja, sequeiro), de dois cultivares nas subparcelas (IAC 202 e BRS Esmeralda) e de quatro fontes de nitrogênio nas sub-subparcelas (ureia, sulfato de amônio, ureia + sulfato de amônio e ureia revestida), com quatro repetições. Observou-se que a redução da disponibilidade de água atrasou o florescimento e a maturação, e diminuiu a produção de matéria seca. As fontes de nitrogênio não diferiram quanto ao teor de nitrogênio foliar e na planta, a quantidade de nitrogênio acumulado na planta e a produtividade de grãos de arroz de terras altas cultivado em sequeiro ou sob irrigação por aspersão. Em ano com incidência de veranico no estádio reprodutivo, houve redução da produtividade de grãos do sequeiro em relação a irrigação por aspersão com as lâminas recomendada e 75% da recomendada, sendo maior a redução em cultivar com ciclo mais curto (BRS Esmeralda). Já em ano em que a deficiência hídrica ocorreu na fase vegetativa não houve interferência da variação hídrica sobre a produtividade de grãos, e o cultivar BRS Esmeralda proporcionou maior produtividade. A qualidade fisiológica das sementes do cultivar IAC 202 em ano com período de altas temperaturas na fase reprodutiva foi maior nas condições de sequeiro em comparação as lâminas de irrigação. Já em ano sem ocorrência de altas temperaturas na fase reprodutiva a maior qualidade de sementes ocorreu nos tratamentos irrigados em comparação ao sequeiro para o cultivar IAC 202. O acamamento do cultivar BRS Esmeralda nos tratamentos com irrigação por aspersão resulta em produção de sementes de menor qualidade em comparação ao sequeiro. As fontes de nitrogênio não diferiram em relação a qualidade fisiológica das sementes.