Períodos de interferência do capim-amargoso na cultura da soja e do milho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Piazentine, Ana Eliza
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/213688
Resumo: A adoção de cultivares de soja e de milho transgênicos, em especial os resistentes ao glyphosate modificaram o manejo de herbicidas e a flora infestante. Como resultado, o capim-amargoso (Digitaria insularis) tem sido relatado como uma das principais plantas daninhas brasileiras, inclusive com casos de resistência em várias regiões do país. Diante disso, objetivou-se determinar o período de convivência da soja cv. TMG7063 IPRO e do milho cv. P4285VYHR PIONEER com uma comunidade infestante com predominância de D. insularis sem que ocorra interferência negativa em sua produção final (PAI), assim como o período em que a cultura deveria permanecer livre dessa interferência (PTPI), na região de Jaboticabal, SP. Os períodos de convivência e de controle estudados foram: 15, 30, 45, 60, 75, 90, 105 e 120 dias para soja e 15, 30, 45, 60, 75, 90, 105 e 130 dias para milho, dispostos em blocos casualizados, quatro repetições. Para ambas as culturas, ao final de cada período de convivência, e ao final do experimento para os períodos de controle (coleta única), foram coletados os dados para calcular a importância relativa (IR). Para soja com o aumento da convivência observou-se maior densidade e massa seca das plantas daninhas, com maior IR para D. insularis. O número de vagens foi reduzido drasticamente pelo convívio com a comunidade infestante de 87 vagens (120 DAS de controle) para 49 vagens (a partir dos 75 DAS de convivência) e, a produtividade máxima foi de 5.551,3 kg ha-1 (120 DAS de controle) foi reduzida para 3998,6 kg ha-1 (a partir dos 60 DAS de convivência). O PAI foi estimado aos 9 e 37 DAS, considerando perdas de 5,0% e 10,0%, respectivamente. Pode-se concluir que uma comunidade infestante com predominância de D. insularis reduz em até 59,3% a produtividade da soja, por reduzir no número de vagens por planta e sem afetar o peso de 1000 grãos e a altura da planta. A soja ‘TMG 7063 IPRO’ pode conviver com uma comunidade infestante com predominância de D. insularis por até 9 dias após a semeadura da cultura, tolerando-se perdas de até 5% na produtividade. Para o milho, com o aumento da convivência, observou-se menor densidade e maior massa seca das plantas daninhas, com maior importância relativa para o D. insularis e A. tenella. A altura das plantas de milho foi reduzida aos 130 dias de convivência em relação a todos os períodos de controle. A altura de inserção da primeira espiga apresentou redução a partir dos 30 DAS de convivência. O peso de mil grãos e a produtividade sofreram reduções 29% e 86%, respectivamente. O PAI foi estimado considerando perdas de 5,0% e 10,0% aos 30 e 34 DAS, respectivamente. O milho cv. P4285VYHR PIONEER pode conviver com essa comunidade infestante por até 30 dias após a semeadura da cultura, sem ocorrer perdas significativas na produção.
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Os períodos de convivência e de controle estudados foram: 15, 30, 45, 60, 75, 90, 105 e 120 dias para soja e 15, 30, 45, 60, 75, 90, 105 e 130 dias para milho, dispostos em blocos casualizados, quatro repetições. Para ambas as culturas, ao final de cada período de convivência, e ao final do experimento para os períodos de controle (coleta única), foram coletados os dados para calcular a importância relativa (IR). Para soja com o aumento da convivência observou-se maior densidade e massa seca das plantas daninhas, com maior IR para D. insularis. O número de vagens foi reduzido drasticamente pelo convívio com a comunidade infestante de 87 vagens (120 DAS de controle) para 49 vagens (a partir dos 75 DAS de convivência) e, a produtividade máxima foi de 5.551,3 kg ha-1 (120 DAS de controle) foi reduzida para 3998,6 kg ha-1 (a partir dos 60 DAS de convivência). O PAI foi estimado aos 9 e 37 DAS, considerando perdas de 5,0% e 10,0%, respectivamente. Pode-se concluir que uma comunidade infestante com predominância de D. insularis reduz em até 59,3% a produtividade da soja, por reduzir no número de vagens por planta e sem afetar o peso de 1000 grãos e a altura da planta. A soja ‘TMG 7063 IPRO’ pode conviver com uma comunidade infestante com predominância de D. insularis por até 9 dias após a semeadura da cultura, tolerando-se perdas de até 5% na produtividade. Para o milho, com o aumento da convivência, observou-se menor densidade e maior massa seca das plantas daninhas, com maior importância relativa para o D. insularis e A. tenella. A altura das plantas de milho foi reduzida aos 130 dias de convivência em relação a todos os períodos de controle. A altura de inserção da primeira espiga apresentou redução a partir dos 30 DAS de convivência. O peso de mil grãos e a produtividade sofreram reduções 29% e 86%, respectivamente. O PAI foi estimado considerando perdas de 5,0% e 10,0% aos 30 e 34 DAS, respectivamente. O milho cv. P4285VYHR PIONEER pode conviver com essa comunidade infestante por até 30 dias após a semeadura da cultura, sem ocorrer perdas significativas na produção.The adoption of transgenic soy and corn cultivars, especially those resistant to glyphosate, modified herbicide management and weed flora. As a result, the bitter grass (Digitaria insularis) has been reported as one of the main Brazilian weeds, including cases of resistance in several regions of the country. Therefore, the objective was to determine the period of coexistence of soybean cv. TMG7063 IPRO and corn cv. P4285VYHR PIONEER with an infesting community with a predominance of D. insularis without negative interference in its final production (PAI), as well as the period when the crop should remain free of this interference (PTPI), in the region of Jaboticabal, SP. The coexistence and control periods studied were: 15, 30, 45, 60, 75, 90, 105 and 120 days for soybeans and 15, 30, 45, 60, 75, 90, 105 and 130 days for corn, arranged in randomized blocks, four repetitions. For both cultures, at the end of each coexistence period, and at the end of the experiment for the control periods (single collection), data were collected to calculate the relative importance (RI). For soybeans with increased coexistence, higher weed density and dry mass were observed, with higher RI for D. insularis. The number of pods was drastically reduced by living with the infesting community from 87 pods (120 DAS of control) to 49 pods (from the 75 DAS of coexistence) and the maximum productivity was 5,551, 3 kg ha-1 (120 Control DAS) was reduced to 3998.6 kg ha-1 (from the 60 DAS of coexistence). The PAI was estimated at 9 and 37 DAS, considering losses of 5.0% and 10.0%, respectively. It can be concluded that an infesting community with a predominance of D. insularis reduces soybean productivity by up to 59.3%, by reducing the number of pods per plant and without affecting the weight of 1000 grains and the height of the plant. The 'TMG 7063 IPRO' soybean can live with an infesting community with a predominance of D. insularis for up to 9 days after sowing the crop, tolerating losses of up to 5% in productivity. And for corn, with increasing coexistence, lower weed density and greater dry mass of weeds were observed, with greater relative importance for D. insularis and A. tenella. The height of the corn plants was reduced to 130 times of coexistence in relation to all control periods. The height of insertion of the first ear showed a reduction after 30 DAS of living together. Thousand grain weight and productivity were reduced by 29% and 86%, respectively. The PAI was estimated considering losses of 5.0% and 10.0% at 30 and 34 DAS, respectively. Corn cv. P4285VYHR PIONEER can live with this infesting community for up to 30 days after sowing the crop, without significant losses in production.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Alves, Pedro Luís da Costa Aguiar [UNESP]Carrega, Willians CésarUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Piazentine, Ana Eliza2021-07-27T19:22:20Z2021-07-27T19:22:20Z2021-05-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/21368833004102001P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-04T19:51:12Zoai:repositorio.unesp.br:11449/213688Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:01:17.564573Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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