Atitudes e conhecimentos de agentes comunitários de saúde e suas relações com idosos
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012000500011 http://hdl.handle.net/11449/13268 |
Resumo: | OBJETIVO: Analisar as relações entre agentes comunitários de saúde e os cuidados prestados a idosos. MÉTODOS: Estudo transversal descritivo, com 213 agentes comunitários das 12 unidades básicas de saúde e das 29 unidades de saúde da família de Marília em 2010. Os dados foram coletados por meio de um questionário sociodemográfico, um instrumento de escala de atitudes em relação à velhice (Escala de Neri) e um questionário para avaliar conhecimentos gerontológicos (Questionário Palmore-Neri-Cachioni). Para a análise dos dados, foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences versão 16.0 para Windows. RESULTADOS: Predominaram no quadro dos agentes comunitários os adultos jovens, do sexo feminino, casados, escolaridade > 12 anos e inseridos na atividade há mais de seis anos. A maioria dos agentes relatou experiência com grupo de idosos e convivência intradomiciliar com pessoas dessa faixa etária, porém menos da metade referiu capacitação no tema envelhecimento. As avaliações positivas dos agentes quanto às atitudes perante a velhice ocorreram principalmente em aspectos como a sabedoria e generosidade dos idosos, porém foram marcantes as atitudes negativas para lentidão e rigidez. O número de acertos sobre gerontologia foi baixo e esteve diretamente associado às capacitações recebidas pelos agentes. Foram observados estereótipos em relação ao idoso, na medida em que muitos agentes os consideravam insatisfeitos e dependentes. CONCLUSIONES: Mudar as atitudes e melhorar o conhecimento que se tem acerca do envelhecimento é essencial no enfrentamento das demandas advindas dessa fase da vida. Qualificar a formação do agente comunitário de saúde é fundamental no cuidado ao idoso na atenção primária. |
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Atitudes e conhecimentos de agentes comunitários de saúde e suas relações com idososActitudes y conocimientos de agentes comunitarios de salud y sus relaciones con ancianosCommunity health workers' attitudes and beliefs toward the elderlyAgentes Comunitários de SaúdeConhecimentos, Atitudes e Prática em SaúdeEnvelhecimentoAgentes Comunitarios de SaludConocimientos, Actitudes y Práctica en SaludEnvejecimientoCommunity Health WorkersHealth Knowledge, Attitudes, PracticeAgingOBJETIVO: Analisar as relações entre agentes comunitários de saúde e os cuidados prestados a idosos. MÉTODOS: Estudo transversal descritivo, com 213 agentes comunitários das 12 unidades básicas de saúde e das 29 unidades de saúde da família de Marília em 2010. Os dados foram coletados por meio de um questionário sociodemográfico, um instrumento de escala de atitudes em relação à velhice (Escala de Neri) e um questionário para avaliar conhecimentos gerontológicos (Questionário Palmore-Neri-Cachioni). Para a análise dos dados, foi utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences versão 16.0 para Windows. RESULTADOS: Predominaram no quadro dos agentes comunitários os adultos jovens, do sexo feminino, casados, escolaridade > 12 anos e inseridos na atividade há mais de seis anos. A maioria dos agentes relatou experiência com grupo de idosos e convivência intradomiciliar com pessoas dessa faixa etária, porém menos da metade referiu capacitação no tema envelhecimento. As avaliações positivas dos agentes quanto às atitudes perante a velhice ocorreram principalmente em aspectos como a sabedoria e generosidade dos idosos, porém foram marcantes as atitudes negativas para lentidão e rigidez. O número de acertos sobre gerontologia foi baixo e esteve diretamente associado às capacitações recebidas pelos agentes. Foram observados estereótipos em relação ao idoso, na medida em que muitos agentes os consideravam insatisfeitos e dependentes. CONCLUSIONES: Mudar as atitudes e melhorar o conhecimento que se tem acerca do envelhecimento é essencial no enfrentamento das demandas advindas dessa fase da vida. Qualificar a formação do agente comunitário de saúde é fundamental no cuidado ao idoso na atenção primária.OBJETIVO: Analizar las relaciones entre agentes comunitarios de salud y los cuidados prestados a los ancianos. MÉTODOS: Estudio transversal descriptivo, con 213 agentes comunitarios de las 12 unidades básicas de salud y de las 29 unidades de salud de la familia de Marília, Sudeste de Brasil, en 2010. Los datos se colectaron por medio de un cuestionario sociodemográfico, un instrumento de escala de actitudes con relación a la vejes (Escala de Neri) y un cuestionario para evaluar conocimientos gerontológicos (Cuestionario Palmore-Neri-Cachioni). Para el análisis de los datos, se utilizó el programa Statistical Package for the Social Sciences versión 16.0 para Windows. RESULTADOS: Predominaron en la plantilla de los agentes comunitarios los adultos jóvenes, del sexo femenino, casados, con escolaridad > 12 años e insertados en la actividad por más de seis años. La mayoría de los agentes narró experiencia con grupo de ancianos y convivencia intra-domiciliar con personas de dicho grupo etario, sin embargo, menos de la mitad refirió capacitación en el tema del envejecimiento. Los agentes tuvieron evaluaciones positivas con respecto a las actitudes frente a la vejez en aspectos como la sabiduría y generosidad de los ancianos, por otro lado, resaltaron las actitudes negativas para lentitud y rigidez. El número de aciertos sobre gerontología fue bajo y estuvo directamente asociado con las capacitaciones recibidas por los agentes. Se observaron estereotipos con relación al anciano, en la medida en que muchos agentes los consideraban insatisfechos y dependientes. CONCLUSIONES: Cambiar las actitudes y mejorar el conocimiento que se tiene sobre el envejecimiento es esencial en el enfrentamiento de las demandas que advienen en la vida. Calificar la formación del agente comunitario de salud es fundamental en el cuidado del anciano en la atención primaria.OBJECTIVE: To describe community health workers' attitudes and beliefs toward the elderly. METHODS: Cross-sectional descriptive study conducted in with 213 community health workers (CHWs) at 12 primary care units and 29 family health centers in the city of Marília, State of São Paulo, Southeastern Brazil, in 2010. Data were collected by means of a sociodemographic questionnaire, a scale of attitudes toward aging (Neri Scale), and a questionnaire to assess gerontological knowledge (the Palmore-Neri-Cachioni Aging Quiz). The Statistical Package for the Social Sciences v. 16.0 was used for data analysis. RESULTS: Community health workers predominantly consisted of young female adults, married, with more than 12 years of schooling and who worked in this activity for over 6 years. Most CHWs reported having experience with elderly people and having elderly people in the family. However, less than half of them received training on the topic of aging. As for attitudes towards the elderly, CHWs stressed both positive aspects such as their wisdom and generosity and negative aspects such as slowness and strictness. They showed low gerontological knowledge, which was directly associated with the training received. Many CHWs stereotyped the elderly as dissatisfied and dependent. CONCLUSIONS: Changing attitudes and improving knowledge on aging are critical for meeting health care demands of elderly people. More appropriate training of CHWs is key for providing adequate primary care to elderly population.Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista. Botucatu, São Paulo, BrasilDepartamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista. Botucatu, São Paulo, BrasilPrograma de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Departamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista. Botucatu, São Paulo, BrasilDepartamento de Saúde Pública. Faculdade de Medicina de Botucatu. Universidade Estadual Paulista. Botucatu, São Paulo, BrasilUniversidade de São Paulo (USP), Faculdade de Saúde PúblicaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Ferreira, Virgílio Moraes [UNESP]Ruiz, Tânia [UNESP]2014-05-20T13:38:15Z2014-05-20T13:38:15Z2012-10-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article843-849application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102012000500011Revista de Saúde Pública. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, v. 46, n. 5, p. 843-849, 2012.0034-8910http://hdl.handle.net/11449/1326810.1590/S0034-89102012000500011S0034-89102012000500011WOS:000310685800011S0034-89102012000500011.pdf4722881555254093SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista de Saúde Pública1.9110,807info:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-03T14:12:18Zoai:repositorio.unesp.br:11449/13268Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T14:12:18Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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