Estudos helmintológicos em quirópteros no bioma Amazônia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/136341 |
Resumo: | A Amazônia é o maior Bioma brasileiro, com uma das maiores biodiversidades mundial. Foram descritas 167 espécies de morcegos no Brasil, com 120 espécies registradas no Estado do Pará, das quais 10 têm registro exclusivo neste estado. Entretanto, apesar da elevada diversidade, são raros os estudos voltados para a descrição de endoparasitas em quirópteros pertencentes a este Bioma. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo estudar a helmintofauna de diferentes espécies de quirópteros amazônicos, calcular os índices de infecção comparando-os com aspectos fenotípicos dos hospedeiros e avaliar os índices ecológicos populacionais e de cada guilda alimentar. Para tal, foram utilizados 67 morcegos de 21 espécies provenientes de várias cidades do Estado do Pará. Os animais foram separados em guildas alimentares e necropsiados. Os parasitas obtidos foram identificados taxonomicamente e quantificados. Dos animais estudados, 20,89% (14/67) encontraram-se parasitados. No total, foram recuperados 182 exemplares de helmintos das seguintes espécies: Anenterotrema eduardocaballeroi, Anenterotrema liliputianum, Ochoterenatrema caballeroi, Tricholeiperia sp., Parahistiostrongylus octacanthus, Litomosoides guiterasi, Litomosoides brasiliensis, Capillariinae gen. sp. e Hymenolepididae gen. sp. Pelos resultados obtidos verificou-se que não houve impacto do endoparasitismo na condição corporal dos quirópteros e não foram observadas diferenças entre a intensidade parasitária de machos e de fêmeas. A guilda alimentar que apresentou maior prevalência e intensidade média parasitária foi os onívoros. De acordo com a literatura, animais pertencentes a regiões mais próximas a linha do Equador tendem a apresentar maior riqueza de espécies de parasitas, fato este que não foi observado no presente estudo, no qual foram observadas baixas diversidade e riqueza de espécies. Constatou-se que os quirópteros estudados não seguiram o padrão ecológico observado em outros grupos de animais. |
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Estudos helmintológicos em quirópteros no bioma AmazôniaHelmintologic study in chiropterans in the Amazon biomeHelmintosMorcegosBiodiversidadeGuildas alimentaresBrasilHelminthBatsBiodiversityAlimentary GuildBrazilA Amazônia é o maior Bioma brasileiro, com uma das maiores biodiversidades mundial. Foram descritas 167 espécies de morcegos no Brasil, com 120 espécies registradas no Estado do Pará, das quais 10 têm registro exclusivo neste estado. Entretanto, apesar da elevada diversidade, são raros os estudos voltados para a descrição de endoparasitas em quirópteros pertencentes a este Bioma. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo estudar a helmintofauna de diferentes espécies de quirópteros amazônicos, calcular os índices de infecção comparando-os com aspectos fenotípicos dos hospedeiros e avaliar os índices ecológicos populacionais e de cada guilda alimentar. Para tal, foram utilizados 67 morcegos de 21 espécies provenientes de várias cidades do Estado do Pará. Os animais foram separados em guildas alimentares e necropsiados. Os parasitas obtidos foram identificados taxonomicamente e quantificados. Dos animais estudados, 20,89% (14/67) encontraram-se parasitados. No total, foram recuperados 182 exemplares de helmintos das seguintes espécies: Anenterotrema eduardocaballeroi, Anenterotrema liliputianum, Ochoterenatrema caballeroi, Tricholeiperia sp., Parahistiostrongylus octacanthus, Litomosoides guiterasi, Litomosoides brasiliensis, Capillariinae gen. sp. e Hymenolepididae gen. sp. Pelos resultados obtidos verificou-se que não houve impacto do endoparasitismo na condição corporal dos quirópteros e não foram observadas diferenças entre a intensidade parasitária de machos e de fêmeas. A guilda alimentar que apresentou maior prevalência e intensidade média parasitária foi os onívoros. De acordo com a literatura, animais pertencentes a regiões mais próximas a linha do Equador tendem a apresentar maior riqueza de espécies de parasitas, fato este que não foi observado no presente estudo, no qual foram observadas baixas diversidade e riqueza de espécies. Constatou-se que os quirópteros estudados não seguiram o padrão ecológico observado em outros grupos de animais.Amazonia, the largest Brazilian Biomes, is one of the most biodiverse Biomes around the world. Considering the Brazilian chiropteran species, 120 of out 167 are registered in Pará State, with 10 endemic species. Despite the high diversity of bats in Amazonia, studies on their parasites, especially on helminths, are scarce. Therefore, the present study aims to study the helminthfauna of different bat species from the Pará State, Amazon Biome, determine the descriptors of infection and evaluate the host-parasite relationship, as well as evaluate diferences in ecological indexes in accord to the alimentary guilds. The study was developed on 67 bats of 21 species captured in several áreas of the Pará State. The animals were identified, divided in alimentary guilds and necropsied. The parasites obtained were identified and quantified. Parasites were found in 20.89% of the bats, a total of 182 specimens belonging to Anenterotrema eduardocaballeroi, Anenterotrema liliputianum, Ochoterenatrema caballeroi, Tricholeiperia sp., Parahistiostrongylus octacanthus, Litomosoides guiterasi, Litomosoides brasiliensis, Capillariinae gen. sp. and Hymenolepididae gen. sp. The results indicate that there was no impact of endoparasitism on host body condition and no relationship between sex and parasite intensity. In relation to the alimentary guilds, the omnivores showed higher prevalence and mean intensity. Animals from regions closer to the equator tend to have greater richness parasites species, but the present study revealed low diversity and richness species. In conclusion, bats studied did not follow the ecological pattern observed in other animal groups.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)CNPq: 156973/2014-6Universidade Estadual Paulista (Unesp)Hoppe, Estevam Guilherme Lux [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Albuquerque, Ana Cláudia Alexandre de [UNESP]2016-03-22T13:27:00Z2016-03-22T13:27:00Z2016-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/13634100087214333004102072P969171166521674040000-0003-3958-7227porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-05T13:48:20Zoai:repositorio.unesp.br:11449/136341Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:59:15.501619Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A Amazônia é o maior Bioma brasileiro, com uma das maiores biodiversidades mundial. Foram descritas 167 espécies de morcegos no Brasil, com 120 espécies registradas no Estado do Pará, das quais 10 têm registro exclusivo neste estado. Entretanto, apesar da elevada diversidade, são raros os estudos voltados para a descrição de endoparasitas em quirópteros pertencentes a este Bioma. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo estudar a helmintofauna de diferentes espécies de quirópteros amazônicos, calcular os índices de infecção comparando-os com aspectos fenotípicos dos hospedeiros e avaliar os índices ecológicos populacionais e de cada guilda alimentar. Para tal, foram utilizados 67 morcegos de 21 espécies provenientes de várias cidades do Estado do Pará. Os animais foram separados em guildas alimentares e necropsiados. Os parasitas obtidos foram identificados taxonomicamente e quantificados. Dos animais estudados, 20,89% (14/67) encontraram-se parasitados. No total, foram recuperados 182 exemplares de helmintos das seguintes espécies: Anenterotrema eduardocaballeroi, Anenterotrema liliputianum, Ochoterenatrema caballeroi, Tricholeiperia sp., Parahistiostrongylus octacanthus, Litomosoides guiterasi, Litomosoides brasiliensis, Capillariinae gen. sp. e Hymenolepididae gen. sp. Pelos resultados obtidos verificou-se que não houve impacto do endoparasitismo na condição corporal dos quirópteros e não foram observadas diferenças entre a intensidade parasitária de machos e de fêmeas. A guilda alimentar que apresentou maior prevalência e intensidade média parasitária foi os onívoros. De acordo com a literatura, animais pertencentes a regiões mais próximas a linha do Equador tendem a apresentar maior riqueza de espécies de parasitas, fato este que não foi observado no presente estudo, no qual foram observadas baixas diversidade e riqueza de espécies. Constatou-se que os quirópteros estudados não seguiram o padrão ecológico observado em outros grupos de animais. |
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