Desempenho agronômico e qualitativo de café arábica de porte baixo em região de baixa altitude
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/243105 |
Resumo: | Desde sua chegada ao Brasil em 1727, o café foi o maior gerador de riquezas da história nacional. Devido a mudanças no agronegócio nacional, o café perdeu espaço para ouras culturas, não obstante, o seu cultivo é uma excelente alternativa para os agricultores. Porém, a grande disponibilidade de cultivares e a falta de informações sobre o desempenho destas em ambientes menos aptos, como em regiões de baixa altitude, e a resposta a práticas de manejo como a poda, são uma problemática para a escolha das cultivares mais aptas. O objetivo com este estudo foi identificar as cultivares de café arábica de porte baixo com melhor desenvolvimento inicial, produtividade e qualidade dos grãos e com maior responsividade à poda de esqueletamento em região de baixa altitude. O experimento foi conduzido no município de Jaboticabal, a 565 m de altitude, na região nordeste do estado de São Paulo, Brasil. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições, sendo os tratamentos constituídos por 17 cultivares de café arábica de porte baixo. Foram avaliados os atributos morfológicos na fase de formação, o desempenho agronômico e qualitativo dos grãos das quatro primeiras safras (2014/15 a 2017/18), bem como das duas safras após a poda de esqueletamento/decote (2019/20 e 2020/21). Os dados de cada safra foram submetidos à análise de variância, correlação de Pearson e multivariada. Há variabilidade entre as cultivares de café arábica de porte baixo quanto ao desenvolvimento vegetativo inicial. O crescimento do ramo e o incremento do número de nós do ramo plagiotrópico podem ser utilizados na seleção precoce para identificação de cultivares com maior potencial produtivo. As cultivares IAC Obatã 4739, Obatã IAC 1669-20 e Tupi IAC 1669-33 apresentam maior desempenho vegetativo inicial. É possível associar elevadas produtividades com qualidade de grãos em região de baixa altitude. As cultivares Catuaí Amarelo IAC 62, Catuaí Vermelho IAC 99, IAC Ouro Amarelo, Obatã IAC 1669-20, Obatã IAC 4739, Tupi IAC 1699-33 e IAC 125 RN e IPR 100 se destacaram quanto à produtividade, atingindo cerca de 50 sacas ha-1. Catuaí Vermelho IAC 99, Tupi IAC 1699-33 e IAC 125 RN produziram grãos com a melhor qualidade, maior massa de cem grãos, rendimento de benefício e porcentagem de grãos retidos na peneira 17. As cultivares diferem quanto à resposta à poda de esqueletamento em região de baixa altitude. IAC Catuaí SH3, IAC Ouro Verde, Obatã IAC 4739, Tupi IAC 1669-33, Catiguá MG1, Oeiras MG 6851, Pau-Brasil MG1, Sacramento MG1, IPR 99, IPR 103 e Sabiá Tardio apresentaram maiores responsividades à poda. A cultivar Obatã IAC 4739 produziu grãos com maior massa de cem grãos e retenção de grãos na peneira 17. Todas as cultivares apresentam bebidas com notas de 79 a 83 na escala SCA. Os resultados obtidos são úteis aos melhoristas e aos produtores da região da Média Mogiana para a escolha das cultivares mais adaptadas a esse ambiente. |
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Desempenho agronômico e qualitativo de café arábica de porte baixo em região de baixa altitudeAgronomic and qualitative performance of low-sized arabica coffee in a low altitude regionCultivaresQualidadeCultivarsGrain yieldQualityCoffea arabicaDesde sua chegada ao Brasil em 1727, o café foi o maior gerador de riquezas da história nacional. Devido a mudanças no agronegócio nacional, o café perdeu espaço para ouras culturas, não obstante, o seu cultivo é uma excelente alternativa para os agricultores. Porém, a grande disponibilidade de cultivares e a falta de informações sobre o desempenho destas em ambientes menos aptos, como em regiões de baixa altitude, e a resposta a práticas de manejo como a poda, são uma problemática para a escolha das cultivares mais aptas. O objetivo com este estudo foi identificar as cultivares de café arábica de porte baixo com melhor desenvolvimento inicial, produtividade e qualidade dos grãos e com maior responsividade à poda de esqueletamento em região de baixa altitude. O experimento foi conduzido no município de Jaboticabal, a 565 m de altitude, na região nordeste do estado de São Paulo, Brasil. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições, sendo os tratamentos constituídos por 17 cultivares de café arábica de porte baixo. Foram avaliados os atributos morfológicos na fase de formação, o desempenho agronômico e qualitativo dos grãos das quatro primeiras safras (2014/15 a 2017/18), bem como das duas safras após a poda de esqueletamento/decote (2019/20 e 2020/21). Os dados de cada safra foram submetidos à análise de variância, correlação de Pearson e multivariada. Há variabilidade entre as cultivares de café arábica de porte baixo quanto ao desenvolvimento vegetativo inicial. O crescimento do ramo e o incremento do número de nós do ramo plagiotrópico podem ser utilizados na seleção precoce para identificação de cultivares com maior potencial produtivo. As cultivares IAC Obatã 4739, Obatã IAC 1669-20 e Tupi IAC 1669-33 apresentam maior desempenho vegetativo inicial. É possível associar elevadas produtividades com qualidade de grãos em região de baixa altitude. As cultivares Catuaí Amarelo IAC 62, Catuaí Vermelho IAC 99, IAC Ouro Amarelo, Obatã IAC 1669-20, Obatã IAC 4739, Tupi IAC 1699-33 e IAC 125 RN e IPR 100 se destacaram quanto à produtividade, atingindo cerca de 50 sacas ha-1. Catuaí Vermelho IAC 99, Tupi IAC 1699-33 e IAC 125 RN produziram grãos com a melhor qualidade, maior massa de cem grãos, rendimento de benefício e porcentagem de grãos retidos na peneira 17. As cultivares diferem quanto à resposta à poda de esqueletamento em região de baixa altitude. IAC Catuaí SH3, IAC Ouro Verde, Obatã IAC 4739, Tupi IAC 1669-33, Catiguá MG1, Oeiras MG 6851, Pau-Brasil MG1, Sacramento MG1, IPR 99, IPR 103 e Sabiá Tardio apresentaram maiores responsividades à poda. A cultivar Obatã IAC 4739 produziu grãos com maior massa de cem grãos e retenção de grãos na peneira 17. Todas as cultivares apresentam bebidas com notas de 79 a 83 na escala SCA. Os resultados obtidos são úteis aos melhoristas e aos produtores da região da Média Mogiana para a escolha das cultivares mais adaptadas a esse ambiente.Since its arrival in Brazil in 1727, coffee has been the greatest weath’s generator in national history. Due to changes in national agribusiness, coffee has lost space for other crops, however, its cultivation is an excellent alternative for farmers. However, the wide availability of cultivars and the lack of information about their performance in less suitable environments, such as in low altitude regions, and the response to management practices such as pruning, are a problem for choosing the most suitable cultivars. The objective of this study was to identify low-sized Arabica coffee cultivars with better initial development, productivity and grain quality and with greater responsiveness to skeleton pruning in a low-altitude region. The experiment was conducted in the municipality of Jaboticabal, at an altitude of 565 m, in the northeast region of the state of São Paulo, Brazil. The experimental design used was randomized blocks, with four replications, with treatments consisting of 17 low-sized Arabica coffee cultivars. The morphological attributes in the formation phase, the agronomic and qualitative performance of the grains of the first four harvests (2014/15 to 2017/18), as well as of the two harvests after the skeleton/neckline pruning (2019/20 and 2020/ 21). Data from each season were submitted to analysis of variance, Pearson's correlation and multivariate. There is variability among low-sized Arabica coffee cultivars in terms of initial vegetative development. Branch growth and the increase in the number of nodes on the plagiotropic branch can be used in early selection to identify cultivars with greater yield potential. The cultivars IAC Obatã 4739, Obatã IAC 1669-20 and Tupi IAC 1669-33 showed the best initial vegetative performance. It is possible to associate high yields with grain quality in a low altitude region. The cultivars Catuaí Amarelo IAC 62, Catuaí Vermelho IAC 99, IAC Ouro Amarelo, Obatã IAC 1669-20, Obatã IAC 4739, Tupi IAC 1699-33 and IAC 125 RN and IPR 100 stood out in terms of productivity, reaching about 50 bags ha -1. Catuaí Vermelho IAC 99, Tupi IAC 1699-33 and IAC 125 RN produced grains with the best quality, greater 100-grain mass, benefit yield and percentage of grains retained in sieve 17. Cultivars differ in response to skeleton pruning in low altitude region. IAC Catuaí SH3, IAC Ouro Verde, Obatã IAC 4739, Tupi IAC 1669-33, Catiguá MG1, Oeiras MG 6851, Pau-Brasil MG1, Sacramento MG1, IPR 99, IPR 103 and Sabiá Tardio showed greater responsiveness to pruning. The cultivar Obatã IAC 4739 produced grains with the highest mass of one hundred grains and grain retention on the 17 sieve. All cultivars present beverages with scores from 79 to 83 on the SCA scale. The results obtained are useful for breeders and producers in the Middle Mogiana region for choosing the cultivars best adapted to this environment.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: Código de Financiamento 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lemos, Leandro Borges [UNESP]Coelho, Anderson PratesUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Filla, Vinicius Augusto [UNESP]2023-04-24T19:56:06Z2023-04-24T19:56:06Z2023-03-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/24310533004102001P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-05T15:17:42Zoai:repositorio.unesp.br:11449/243105Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:46:45.772470Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Desde sua chegada ao Brasil em 1727, o café foi o maior gerador de riquezas da história nacional. Devido a mudanças no agronegócio nacional, o café perdeu espaço para ouras culturas, não obstante, o seu cultivo é uma excelente alternativa para os agricultores. Porém, a grande disponibilidade de cultivares e a falta de informações sobre o desempenho destas em ambientes menos aptos, como em regiões de baixa altitude, e a resposta a práticas de manejo como a poda, são uma problemática para a escolha das cultivares mais aptas. O objetivo com este estudo foi identificar as cultivares de café arábica de porte baixo com melhor desenvolvimento inicial, produtividade e qualidade dos grãos e com maior responsividade à poda de esqueletamento em região de baixa altitude. O experimento foi conduzido no município de Jaboticabal, a 565 m de altitude, na região nordeste do estado de São Paulo, Brasil. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições, sendo os tratamentos constituídos por 17 cultivares de café arábica de porte baixo. Foram avaliados os atributos morfológicos na fase de formação, o desempenho agronômico e qualitativo dos grãos das quatro primeiras safras (2014/15 a 2017/18), bem como das duas safras após a poda de esqueletamento/decote (2019/20 e 2020/21). Os dados de cada safra foram submetidos à análise de variância, correlação de Pearson e multivariada. Há variabilidade entre as cultivares de café arábica de porte baixo quanto ao desenvolvimento vegetativo inicial. O crescimento do ramo e o incremento do número de nós do ramo plagiotrópico podem ser utilizados na seleção precoce para identificação de cultivares com maior potencial produtivo. As cultivares IAC Obatã 4739, Obatã IAC 1669-20 e Tupi IAC 1669-33 apresentam maior desempenho vegetativo inicial. É possível associar elevadas produtividades com qualidade de grãos em região de baixa altitude. As cultivares Catuaí Amarelo IAC 62, Catuaí Vermelho IAC 99, IAC Ouro Amarelo, Obatã IAC 1669-20, Obatã IAC 4739, Tupi IAC 1699-33 e IAC 125 RN e IPR 100 se destacaram quanto à produtividade, atingindo cerca de 50 sacas ha-1. Catuaí Vermelho IAC 99, Tupi IAC 1699-33 e IAC 125 RN produziram grãos com a melhor qualidade, maior massa de cem grãos, rendimento de benefício e porcentagem de grãos retidos na peneira 17. As cultivares diferem quanto à resposta à poda de esqueletamento em região de baixa altitude. IAC Catuaí SH3, IAC Ouro Verde, Obatã IAC 4739, Tupi IAC 1669-33, Catiguá MG1, Oeiras MG 6851, Pau-Brasil MG1, Sacramento MG1, IPR 99, IPR 103 e Sabiá Tardio apresentaram maiores responsividades à poda. A cultivar Obatã IAC 4739 produziu grãos com maior massa de cem grãos e retenção de grãos na peneira 17. Todas as cultivares apresentam bebidas com notas de 79 a 83 na escala SCA. Os resultados obtidos são úteis aos melhoristas e aos produtores da região da Média Mogiana para a escolha das cultivares mais adaptadas a esse ambiente. |
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