Conhecimentos e práticas para cessação do tabagismo dos enfermeiros da rede de atenção à saúde de Botucatu

• Autor(a) principal: Oliveira, Ana Elisa de [UNESP]
• Data de Publicação: 2017
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/149861
• topic: Cessação; Conhecimento; Enfermagem; Tabagismo

Introdução: O tabagismo pode ser definido como o consumo de qualquer derivado do tabaco, produtor ou não de fumaça (cigarro, charuto, cachimbo, cigarrilha, cigarro de palha, rapé, tabaco mascado e narguillé). A partir de 1960, surgiram os primeiros relatórios científicos que relacionaram o cigarro com o adoecimento do fumante e apesar dos malefícios que o ato de fumar provoca, a nicotina é considerada uma das drogas mais consumidas no mundo. Os enfermeiros são importantes fontes de conscientização, atuando como multiplicadores das ações de prevenção nos seus postos de trabalho, com a responsabilidade e o dever de falar e aconselhar, rotineiramente, seus pacientes a respeito dos malefícios do uso de derivados do tabaco. Objetivos: Avaliar o conhecimento dos enfermeiros da Rede de Atenção à Saúde de Botucatu sobre o tratamento para a cessação do tabagismo. Métodos: Estudo transversal, descritivo e analítico. Resultados: Participaram do estudo 201 enfermeiros, 94,5% do sexo feminino, com idade média de 32,9 anos (±7,7). Nas características profissionais destaca-se que a maioria eram enfermeiros assistenciais e trabalhavam na atenção terciária. O ensino do controle do tabagismo durante o curso de graduação foi relatado por 49,5%. Dos entrevistados, 20,4% afirmaram ter trabalhado na cessação do tabagismo. Sobre o tipo de serviço que atuou na cessação do tabagismo, a Atenção Primária foi o local mais referido (78,2%). Destaca-se que 76,6% e 75,1% não conheciam o teste de Fageström e o teste que avalia o monóxido de carbono respectivamente . A entrevista motivacional não foi considerada como técnica de abordagem focada no fumante por 54,2% dos enfermeiros. A terapia de reposição de nicotina e a Bupropiona não foram considerados como medicamentos de primeira linha por 42,8% deles Considerações Finais: O conhecimento dos enfermeiros em relação ao tratamento de cessação do tabagismo foi considerado insuficiente e apresentou lacunas. Sendo assim, os resultados mostram a necessidade de treinamento e educação continuada para os enfermeiros com relação ao tratamento da cessação do tabagismo.