As faces da mesma moeda: uma análise sobre as dimensões do Primeiro Comando da Capital (PCC)

• Autor(a) principal: Dyna, Eduardo Armando Medina
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/243818
• topic: Primeiro Comando da Capital; Estado; Polícia; Segurança pública; Facções; First Capital Command; State; Police; Public security; Factions

O presente trabalho tem como objetivo analisar os aspectos da organização “Primeiro Comando da Capital” (PCC), pesquisando as atuações do grupo sob a perspectiva da segurança pública e suas disputas de poder entre o PCC e as instituições estatais de segurança pública paulista. A facção surgiu em 1993 nas prisões paulista, se tornando ao longo dos anos um importante protagonista nas políticas de segurança pública e atuando nas dimensões do legal ao ilegal. Diante disso, é pesquisado todo contexto histórico da organização, desde o surgimento, até suas fases e rupturas, o que ocasionou com novas situações singulares do comando e novos enfoques do crime no Brasil. Além dessas questões, são investigadas as relações de saber-poder de outras instâncias que são enquadradas nesse campo da segurança pública. Assim, serão estudados os discursos da grande mídia, da polícia, dos políticos e de todos os setores conservadores da sociedade que moldam no imaginário do senso comum, o “sujeito bandido”, produzindo políticas de segurança pública a partir dos governos e instituições estatais, que se empoderam contra um inimigo abstrato, que rende lucro para quem discursa e poder para quem age. Dessa forma, há interesses de alguns setores da sociedade para as políticas públicas vigentes, pois elas formam uma sociedade amedrontada, que busca na figura da polícia, nos discursos da mídia e/ou políticos para se proteger. Destarte, foi trabalhada uma ampla revisão teórica, discutindo sobre as questões dos discursos que formam os saberes no campo da segurança pública, relacionando com as políticas dos governos paulistas (1983 - 2018) nessa pasta, gerando conflitos, controvérsias e massacres. Após essa discussão teórica, é pesquisado o PCC, desde seu surgimento, passando por suas atuações e estrutura política interna, para que posteriormente faça uma análise histórica, evidenciando cada fase da organização, marcado por suas rupturas e inovações. Assim, inicia-se o conteúdo sobre os diversos ramos que a facção atua, seja nas frentes política, bélica, econômica e social, transformando a figura do partido em uma complexa relação em suas formas de atuação e identidade. Portanto, o conteúdo mostra um conhecimento feito a partir de uma questão teórica sobre os temas, da revisão bibliográfica dos autores, do estudo da análise do discurso e da genealogia do poder, um novo material, produzido em prol das ciências sociais e segurança pública, com o intuito de compreender as dimensões do PCC e a relação vital de interesses no campo da segurança pública.