SIistemas piscícolas de tambaqui: avaliação hídrica e aplicações

• Autor(a) principal: Conde, Thassiane Telles
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/192998
• topic: Colossoma macropomum; Fertigation; Fish farm; Fertirrigação; Piscicultura

O peixe é a fonte de proteína animal mais consumida no mundo, com expectativa de aumento devido ao crescimento populacional e a busca por alimentos saudáveis. A grande área territorial brasileira e o maior volume de água doce do mundo favorecem o cultivo de peixes em cativeiro, onde o Tambaqui (Colossoma macropomum) tem obtido destaque, a espécie nativa mais cultivada nacionalmente. Entretanto, o desenvolvimento da espécie ocorre predominantemente no norte do país, região de recente desenvolvimento territorial, carecendo de estudos científicos que respondam quais os impactos e benefícios na localidade. Os sistemas de produção piscícola introduzem nutrientes na água, demandando o acompanhamento da qualidade hídrica, pois é um recurso decisivo ao sucesso e manutenção dessa atividade. Assim, esse estudo objetivou compreender o efeito de sistemas piscícolas nas características físicas, químicas e biológicas da água utilizada no cultivo do Tambaqui, e avaliar a possibilidade de reuso da mesma em sistemas de produção agrícola. O trabalho está dividido em quatro capítulos. Capítulo 2: Apresentam-se informações (econômicas, sociais e ambientais) para auxiliar no desenvolvimento da produção de Tambaqui no país. Capítulo 3: Avalia-se a influência do sistema de cultivo e da sazonalidade nos parâmetros limnológicos dos corpos hídricos utilizados para criação de tambaqui (C. macropomum) no município de Ariquemes-RO. Capitulo 4: Investiga-se a resposta fisiológica da embebição de sementes de Lactuca sativa L. em águas destilada e de piscicultura de Tambaqui, em diferentes períodos (0, 3, 6, 12 e 24 h). Capítulo 5: Estudou-se a influência dos períodos de embebição (0, 8, 16, 24, 48 e 60 horas) das sementes de Brachiaria brizantha cv Marandu, com águas subterrâneas e da piscicultura de tambaqui, sobre germinação, vigor e produção. Os resultados obtidos demonstraram que no período chuvoso (inverno amazônico) ocorreu redução do pH e incrementos na proliferação de coliformes totais e fecais. As variáveis cor, dureza, amônia, nitrito e fósforo apresentaram maior concentração nos viveiros utilizados para cultivo de tambaqui em comparação aos corpos abastecedores e receptores. Os sistemas de cultivo afetaram os parâmetros cor e teor de fósforo da água, especialmente no cultivo intensivo, elevando os valores devido a maior densidade populacional. As plantas oriundas de sementes embebidas e conduzidas com água de piscicultura apresentaram massa fresca aérea 22% superior àquelas tratadas com água destilada, no tempo de 24 h. Os comprimentos aéreo e de radícula e a massa seca de plântulas foram favorecidos pelo uso da água oriunda do sistema piscícola de Tambaqui, diferindo significativamente da água subterrânea. Entretanto, o efeito dos tratamentos favoreceu apenas o desenvolvimento inicial da plântula, pois a avaliação da massa seca total realizada aos 71, 92 e 113 dias após semeadura não revelou diferença na produtividade.