Sofrimento psíquico, consumo de risco de álcool e uso de drogas ilícitas em mulheres que fazem sexo com mulheres

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Buesso, Thayna Santos
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/193680
Resumo: Introdução: Apesar de avanços nas políticas públicas voltadas às Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), recentemente vivemos um período de retrocessos, e as mudanças que vinham ocorrendo lentamente na prática dos serviços de saúde, tendem a demorar mais ainda. Com relação às mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM), o padrão heteronormativo predominante tem levado a invisibilidade desse grupo, dificultando a obtenção de dados sobre aspectos relacionados a sua saúde física e mental e, consequentemente, comprometendo o cuidado integral. Pesquisas indicam que MSM apresentam maiores taxas de uso abusivo de álcool e drogas ilícitas e maior sofrimento mental, entretanto, ainda há lacunas de conhecimento sobre saúde mental desse grupo. Objetivo: Estimar a prevalência e estudar a associação entre MSM e MSH (mulheres que fazem sexo exclusivamente com homens) e consumo de risco de álcool, uso de drogas e presença de transtorno mental comum (TMC). Método: Estudo transversal, desenvolvido no município de Botucatu-SP, que compõe pesquisa mais ampla denominada “Vulnerabilidade de mulheres que fazem sexo com mulheres a agravos relacionados à saúde mental, sexual e reprodutiva e situação de violência”. A amostra intencional foi composta por 317 mulheres divididas em dois grupos: 114 MSM e 203 MSH. Os dados foram obtidos entre janeiro de 2019 a dezembro de 2019, por meio de aplicação de formulários que investigaram características sociodemográficas, consumo de substâncias e vivência de algum tipo de violência na vida, e de instrumentos padronizados e validados: Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT), Self Reporting Questionary (SRQ-20) e Escala de Apoio Social (EAS). A análise dos dados se deu por regressão logística múltipla parcimoniosa para os desfechos em função da prática sexual, sendo consideradas significativas as associações com p<0,05. O projeto de pesquisa recebeu parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu –UNESP, CAAE: 98934918.3.0000.5411 (Parecer n° 3.320.951). Resultados: Dentre as 317 participantes do estudo, a maioria se encontrava na faixa etária de 22 – 29 anos (46,7%), era branca (74,1%), não estava em união estável (81,4%) e tinha ≥12 anos de estudos concluídos (85,2%). As prevalências gerais de consumo de risco de álcool, consumo de alguma droga ilícita nos últimos 12 meses e TMC foram 41,3%, 43,0% e 34,4%, respectivamente, sendo mais elevadas entre MSM: 50,0%, 63,2% e 44,7%, respectivamente. Não estar em união estável e usar tabaco se associaram independentemente ao consumo de risco de álcool [OR=2,16 (1,10 – 4,26); p=0,02 e OR=3,46 (2,05 – 5,85); p<0,00, respectivamente]. As variáveis que se associaram independentemente ao consumo de alguma droga ilícita nos últimos 12 meses foram: idade entre 22 e 29 anos [OR= 0,25 (0,10 – 0,59); p=0,00], prática sexual [OR=2,89 (1,62 – 5,18); p=0,00], não ter união estável [OR=6,63 (2,34 – 18,77); p=0,00], ter sido vítima de violência [OR= 2,20 (1,01 – 4,81); p=0,04] e consumo de tabaco [OR= 4,54 (2,55 – 8,09); p=0,00]. O uso de alguma droga ilícitas nos últimos 12 meses [OR= 1,92 (1,10 – 3,33); p=0,02], ter sofrido violência [OR= 2,91 (1,26 – 6,71); p=0,01] e ter menor pontuação nas dimensões de apoio material e apoio afetivo na EAS [OR= 1,09 (1,00 – 1,20); p=0,04 e OR= 0,81 (0,66 – 0,99); p=0,04, respectivamente] associaram-se independentemente a apresentar TMC. Conclusão: As MSM incluídas neste estudo apresentaram maiores prevalências de consumo de risco de álcool, uso de alguma droga ilícita e presença de TMC. A prática sexual associou-se independentemente ao consumo de alguma droga ilícita. Assim, este estudo aponta para necessidade de efetivação e criação de novas políticas que contemplem essas mulheres, preparo dos profissionais e de atividades de educação em saúde voltadas para esses aspectos do cuidado de MSM, especialmente, quanto ao uso de drogas ilícitas.
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spelling Sofrimento psíquico, consumo de risco de álcool e uso de drogas ilícitas em mulheres que fazem sexo com mulheresPsychological distress, hazardous alcohol use and use of illicits drugs in women who have sex with women.Transtornos relacionados ao àlcoolSaúde mentalDrogas ilícitasHomossexualidade femininaAlcohol related disordersMental healthIllicit drugsFemale homosexualityIntrodução: Apesar de avanços nas políticas públicas voltadas às Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), recentemente vivemos um período de retrocessos, e as mudanças que vinham ocorrendo lentamente na prática dos serviços de saúde, tendem a demorar mais ainda. Com relação às mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM), o padrão heteronormativo predominante tem levado a invisibilidade desse grupo, dificultando a obtenção de dados sobre aspectos relacionados a sua saúde física e mental e, consequentemente, comprometendo o cuidado integral. Pesquisas indicam que MSM apresentam maiores taxas de uso abusivo de álcool e drogas ilícitas e maior sofrimento mental, entretanto, ainda há lacunas de conhecimento sobre saúde mental desse grupo. Objetivo: Estimar a prevalência e estudar a associação entre MSM e MSH (mulheres que fazem sexo exclusivamente com homens) e consumo de risco de álcool, uso de drogas e presença de transtorno mental comum (TMC). Método: Estudo transversal, desenvolvido no município de Botucatu-SP, que compõe pesquisa mais ampla denominada “Vulnerabilidade de mulheres que fazem sexo com mulheres a agravos relacionados à saúde mental, sexual e reprodutiva e situação de violência”. A amostra intencional foi composta por 317 mulheres divididas em dois grupos: 114 MSM e 203 MSH. Os dados foram obtidos entre janeiro de 2019 a dezembro de 2019, por meio de aplicação de formulários que investigaram características sociodemográficas, consumo de substâncias e vivência de algum tipo de violência na vida, e de instrumentos padronizados e validados: Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT), Self Reporting Questionary (SRQ-20) e Escala de Apoio Social (EAS). A análise dos dados se deu por regressão logística múltipla parcimoniosa para os desfechos em função da prática sexual, sendo consideradas significativas as associações com p<0,05. O projeto de pesquisa recebeu parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu –UNESP, CAAE: 98934918.3.0000.5411 (Parecer n° 3.320.951). Resultados: Dentre as 317 participantes do estudo, a maioria se encontrava na faixa etária de 22 – 29 anos (46,7%), era branca (74,1%), não estava em união estável (81,4%) e tinha ≥12 anos de estudos concluídos (85,2%). As prevalências gerais de consumo de risco de álcool, consumo de alguma droga ilícita nos últimos 12 meses e TMC foram 41,3%, 43,0% e 34,4%, respectivamente, sendo mais elevadas entre MSM: 50,0%, 63,2% e 44,7%, respectivamente. Não estar em união estável e usar tabaco se associaram independentemente ao consumo de risco de álcool [OR=2,16 (1,10 – 4,26); p=0,02 e OR=3,46 (2,05 – 5,85); p<0,00, respectivamente]. As variáveis que se associaram independentemente ao consumo de alguma droga ilícita nos últimos 12 meses foram: idade entre 22 e 29 anos [OR= 0,25 (0,10 – 0,59); p=0,00], prática sexual [OR=2,89 (1,62 – 5,18); p=0,00], não ter união estável [OR=6,63 (2,34 – 18,77); p=0,00], ter sido vítima de violência [OR= 2,20 (1,01 – 4,81); p=0,04] e consumo de tabaco [OR= 4,54 (2,55 – 8,09); p=0,00]. O uso de alguma droga ilícitas nos últimos 12 meses [OR= 1,92 (1,10 – 3,33); p=0,02], ter sofrido violência [OR= 2,91 (1,26 – 6,71); p=0,01] e ter menor pontuação nas dimensões de apoio material e apoio afetivo na EAS [OR= 1,09 (1,00 – 1,20); p=0,04 e OR= 0,81 (0,66 – 0,99); p=0,04, respectivamente] associaram-se independentemente a apresentar TMC. Conclusão: As MSM incluídas neste estudo apresentaram maiores prevalências de consumo de risco de álcool, uso de alguma droga ilícita e presença de TMC. A prática sexual associou-se independentemente ao consumo de alguma droga ilícita. Assim, este estudo aponta para necessidade de efetivação e criação de novas políticas que contemplem essas mulheres, preparo dos profissionais e de atividades de educação em saúde voltadas para esses aspectos do cuidado de MSM, especialmente, quanto ao uso de drogas ilícitas.Introduction: Despite advances in public policies aimed at Lesbians, Gays, Bisexuals, Transvestites and Transsexuals (LGBT), we have recently experienced a period of setbacks, and the changes that have been taking place slowly in the practice of health services, tend to take even longer. Regarding women who have sex with women (WSW), the predominant heteronormative pattern has led to the invisibility of this group in health services, making it difficult to obtain data on aspects related to their physical and mental health, and consequently compromising comprehensive care. Research indicates that WSW have higher rates of abuse of alcohol and illicit drugs, and greater mental distress, however, there are still gaps in knowledge about mental health in this group Objective: Estimate the prevalence and study the association between WSW and WSM (women who have sex exclusively with men) and hazardous alcohol use, drug use and presence of common mental disorders (CMD) Method: Cross-sectional study, developed in the municipality of Botucatu-SP, which comprises a broader research called "Vulnerability of women who have sex with women to problems related to mental, sexual and reproductive health and situation of violence".The intentional sample consisted of 317 women divided into two groups: 114 WSW and 203 WSM. Data were obtained between January 2019 and January 2020, through the application of forms that investigated sociodemographic characteristics, sexual behaviors and practices, and standardized and validated instruments: Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT), Self Reporting Questionary (SRQ -20) and Social Support Scale (EAS). Data analysis was performed using multiple logistic regression for outcomes due to sexual practice, with associations with p <0.05 being considered significant. The research project received a favorable opinion from the Research Ethics Committee of the Faculty of Medicine of Botucatu FMB-UNESP CAAE: 98934918.3.0000.5411 (Opinion No. 3.320.951) Results: Among the 317 study participants, 114 were WSW and 203 WSM. Most were in the 22 - 29 age group (46.7%), were white (74.1%), were not in a stable relationship (81.4%) and had ≥12 years of completed studies (85, 2%). The general prevalences of hazardous alcohol use, use of some illicit drug in the last 12 months and CMD were 41.3%, 43.0% and 34.4% respectively, being higher among WSW 50, 0%, 63.2% and 44.7% respectively. Not being in a stable relationship and using tobacco were independently associated with hazardous alcohol use [OR=2,16 (1,10 – 4,26); p=0,02 e OR=3,46 (2,05 – 5,85); p<0,00, respectively]. The variables that were independently associated with the consumption of any illicit drug in the last 12 months were: age between 22 and 29 years old [OR= 0,25 (0,10 – 0,59); p=0,00], sexual practice [OR=2,89 (1,62 – 5,18); p=0,00], not having a stable union [OR=6,63 (2,34 – 18,77); p=0,00], having been a victim of violence [OR= 2,20 (1,01 – 4,81); p=0,04] and tobacco consumption [OR= 4,54 (2,55 – 8,09); p=0,00]. The use of illicit drugs in the last 12 months [OR= 1,92 (1,10 – 3,33); p=0,02], having suffered violence [OR= 2,91 (1,26 – 6,71); p=0,01] and a lower score in the dimensions of material and affective support of the EAS [OR= 1,09 (1,00 – 1,20); p=0,04 e OR= 0,81 (0,66 – 0,99); p = 0.01, respectively] were independently associated with CMD. Conclusion: The WSW included in this study had higher prevalence of hazardous alcohol use, use of some illicit drug and presence of CMD. Sexual practice was independently associated with the consumption of some illicit drug. Thus, this study points to the need to implement and create new policies that address these women, prepare professionals and health education activities focused on these aspects of WSW care, especially regarding the use of illicit drugs.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2018/19649-0Universidade Estadual Paulista (Unesp)Duarte, Marli Teresinha Cassamassimo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Buesso, Thayna Santos2020-10-02T17:49:04Z2020-10-02T17:49:04Z2020-02-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19368033004064078P93321951631983020porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-04T13:10:29Zoai:repositorio.unesp.br:11449/193680Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-04T13:10:29Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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