Efeitos da pós ativação neuromuscular induzida por saltos na capacidade anaeróbia em ciclo ergômetro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/157233 |
Resumo: | O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da potenciação pós ativação (PAP) induzida por drop jumps no tempo até a exaustão a 115% da intensidade associada ao consumo máximo de oxigênio (("iV" ) ̇"O" _"2max" ) em ciclo ergômetro, em aspectos neuromusculares da fadiga (central e periférica) e sobre as vias metabólicas não oxidativas (capacidade anaeróbia, via glicolítica e dos fosfagênios). Para isso, o projeto foi dividido em dois estudos independentes. No Estudo A, 14 ciclistas recreacionais do sexo masculino (34 ± 4 anos) foram submetidos a 5 sessões de avaliações. Na primeira sessão realizaram teste incremental até exaustão (TInc), na segunda e terceira avaliações realizaram familiarização ao esforço supramáximo a 115% da ("iV" ) ̇"O" _"2max" , enquanto que na quarta e quinta sessões os participantes realizaram de maneira randomizada o esforço supramáximo a 115% da ("iV" ) ̇"O" _"2max" com e sem PAP (controle). Como esforço indutor da PAP, foram realizados 5 drop jumps (15s de intervalo entre eles) antes do esforço supramáximo. Nas sessões 4 e 5, a fadiga neuromuscular foi avaliada por meio de contrações voluntárias máximas (CVM) de extensão do joelho e estimulação elétrica periférica (PNS) realizadas antes e após o esforço supramáximo. Além disso, a eletromiografia de superfície foi realizada durante o esforço supramáximo para mensuração da roots mean square (EMGRMS) e a frequência mediana (EMGFM) e analisadas de forma estratificada a cada 25% de tempo total de esforço (0-25%, 25-50%, 50-75% e 75-100%). No Estudo B, 16 ciclistas recreacionais do sexo masculino (33 ± 6 anos) realizaram desenho experimental semelhante ao estudo A, entretanto na quarta e quinta sessões, as contribuições dos sistemas metabólicos foram mensuradas pelo componente rápido do excesso de consumo de oxigênio pós exercício (EPOC) (via dos fosfagênios) e pelo delta de lactato (via glicolítica), assumindo a soma das contribuições dessas vias como capacidade anaeróbia (AC[La-]+EPOCrápido), além disso a capacidade anaeróbia também foi mensurada pelo déficit máximo de oxigênio acumulado. Como resultados, no estudo A foi verificado uma melhora do significativa desempenho no esforço supramáximo após a realização da PAP (p=0,02; Δ%=+9,85%). Ambas condições (controle e PAP) apresentaram quedas significativas na força pico medidas durante a CVM e na força evocada pelo estímulo elétrico duplo na musculatura em repouso (p<0,01 e p<0,01, respectivamente) quando comparado o momento pré e pós esforço, indicando uma fadiga periférica causada pelo esforço. Entretanto não houve interação entre as condições (F=4,19; p=0,06 e F=3,03; p=0,09, respectivamente). A EMGRMS e a EMGFM do último quarto de esforço (75-100%) foi significativamente maior que os momentos 0-25%, 25-50%, 50-75%, para ambas as condições (p<0,02), entretanto não houve interação entre grupos (p<0,05). No Estudo B o desempenho no esforço supramáximo foi significativamente maior na condição PAP (p=0,05; Δ%=+7,44%). A contribuição glicolítica e a capacidade anaeróbia mensurada pelo AC[La-]+EPOCrápido foram maiores após a PAP (p=0,002; Δ%= +9,09% e p=0,04; Δ%= +7,75%, respectivamente), entretanto, a contribuição dos fosfagênios não apresentou diferenças significativas entre condições (p=0,35). Portanto, a PAP foi efetiva em melhorar o desempenho em um esforço supramáximo em ciclo ergômetro, tendo sua melhora acompanhada por um aumento da participação glicolítica e da capacidade anaeróbia, além de causar uma “preservação” do aparato neuromuscular durante o esforço para o vasto lateral e o glúteo máximo. |
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Efeitos da pós ativação neuromuscular induzida por saltos na capacidade anaeróbia em ciclo ergômetroEffects of postactivation potentiation induced by plyometrics on anaerobic capacity measured on cycle ergometerPotenciação pós ativaçãoDesempenhoFadigaPost activation potentiationPerformanceFatigueAnaerobic capacityO objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da potenciação pós ativação (PAP) induzida por drop jumps no tempo até a exaustão a 115% da intensidade associada ao consumo máximo de oxigênio (("iV" ) ̇"O" _"2max" ) em ciclo ergômetro, em aspectos neuromusculares da fadiga (central e periférica) e sobre as vias metabólicas não oxidativas (capacidade anaeróbia, via glicolítica e dos fosfagênios). Para isso, o projeto foi dividido em dois estudos independentes. No Estudo A, 14 ciclistas recreacionais do sexo masculino (34 ± 4 anos) foram submetidos a 5 sessões de avaliações. Na primeira sessão realizaram teste incremental até exaustão (TInc), na segunda e terceira avaliações realizaram familiarização ao esforço supramáximo a 115% da ("iV" ) ̇"O" _"2max" , enquanto que na quarta e quinta sessões os participantes realizaram de maneira randomizada o esforço supramáximo a 115% da ("iV" ) ̇"O" _"2max" com e sem PAP (controle). Como esforço indutor da PAP, foram realizados 5 drop jumps (15s de intervalo entre eles) antes do esforço supramáximo. Nas sessões 4 e 5, a fadiga neuromuscular foi avaliada por meio de contrações voluntárias máximas (CVM) de extensão do joelho e estimulação elétrica periférica (PNS) realizadas antes e após o esforço supramáximo. Além disso, a eletromiografia de superfície foi realizada durante o esforço supramáximo para mensuração da roots mean square (EMGRMS) e a frequência mediana (EMGFM) e analisadas de forma estratificada a cada 25% de tempo total de esforço (0-25%, 25-50%, 50-75% e 75-100%). No Estudo B, 16 ciclistas recreacionais do sexo masculino (33 ± 6 anos) realizaram desenho experimental semelhante ao estudo A, entretanto na quarta e quinta sessões, as contribuições dos sistemas metabólicos foram mensuradas pelo componente rápido do excesso de consumo de oxigênio pós exercício (EPOC) (via dos fosfagênios) e pelo delta de lactato (via glicolítica), assumindo a soma das contribuições dessas vias como capacidade anaeróbia (AC[La-]+EPOCrápido), além disso a capacidade anaeróbia também foi mensurada pelo déficit máximo de oxigênio acumulado. Como resultados, no estudo A foi verificado uma melhora do significativa desempenho no esforço supramáximo após a realização da PAP (p=0,02; Δ%=+9,85%). Ambas condições (controle e PAP) apresentaram quedas significativas na força pico medidas durante a CVM e na força evocada pelo estímulo elétrico duplo na musculatura em repouso (p<0,01 e p<0,01, respectivamente) quando comparado o momento pré e pós esforço, indicando uma fadiga periférica causada pelo esforço. Entretanto não houve interação entre as condições (F=4,19; p=0,06 e F=3,03; p=0,09, respectivamente). A EMGRMS e a EMGFM do último quarto de esforço (75-100%) foi significativamente maior que os momentos 0-25%, 25-50%, 50-75%, para ambas as condições (p<0,02), entretanto não houve interação entre grupos (p<0,05). No Estudo B o desempenho no esforço supramáximo foi significativamente maior na condição PAP (p=0,05; Δ%=+7,44%). A contribuição glicolítica e a capacidade anaeróbia mensurada pelo AC[La-]+EPOCrápido foram maiores após a PAP (p=0,002; Δ%= +9,09% e p=0,04; Δ%= +7,75%, respectivamente), entretanto, a contribuição dos fosfagênios não apresentou diferenças significativas entre condições (p=0,35). Portanto, a PAP foi efetiva em melhorar o desempenho em um esforço supramáximo em ciclo ergômetro, tendo sua melhora acompanhada por um aumento da participação glicolítica e da capacidade anaeróbia, além de causar uma “preservação” do aparato neuromuscular durante o esforço para o vasto lateral e o glúteo máximo.The aim of the present study was investigating the effects of post activation potentiation (PAP) induced by drop jumps in performance during a supramaximal effort at 115% of the intensity associated with maximal oxygen uptake (iV̇ O2max) on a cycle ergometer, also investigating the influence of PAP on neuromuscular fatigue (central and peripheral) and, on the non-oxidative metabolic pathways (anaerobic capacity, glycolytic pathway and phosphagen). Therefore, the project was divided in two independent studies. In Study A, 14 recreational male cyclists (34 ± 4 years) underwent 5 sessions of evaluations, in the first session they performed a graded exercise test (GXT), in the second and third evaluations they performed familiarization to the supramaximal effort to 115% of the iV̇ O2max. In the fourth and fifth sessions, the participants randomly performed the supramaximal effort at 115% of the iV̇ O2max with PAP and without PAP (control). To induce PAP, the volunteers performed 5 drop jumps (15s interval between them) 2 minutes before the supramaximal effort. In sessions 4 and 5, neuromuscular fatigue was assessed by maximal voluntary contractions (CVM) of knee extension with peripheral electrical stimulation (SNP) performed before and after the supramaximal effort. In addition, surface electromyography was performed during the supramaximal effort to measure roots mean square (EMGRMS) and the median frequency (EMGFM) for every 25% of total effort time (0-25%, 25-50%, 50-75% and 75-100% %). In Study B, 14 male recreational cyclists (33 ± 6 years) performed experimental design similar to study A, however in the fourth and fifth session, the contributions of the non-oxydative metabolic systems were measured by the fast component of the excess post-exercise oxygen consumption (EPOC) and the lactate delta (glycolytic pathway), assuming the sum of the contributions of these pathways as anaerobic capacity (AC[La -] + EPOCfast). In addition, the anaerobic capacity was also measured by the maximum accumulated oxygen deficit (MAOD). In study A, an improvement in the supramaximal effort was observed after PAP (p=0.02, Δ%=+9.85%). Both conditions (control and PAP) showed significant decrease in the peak force measured during the CVM and in the force evoked by the double electric stimulus in the resting muscles (p<0.01 and p <0.01, respectively) when compared to the pre and post moments, indicating peripheral fatigue caused by the supramaximal effort. However, ere was no interaction between the conditions (F=4.19, p=0.06 and F=3.03, p=0.09, respectively). The EMGRMS and EMGFM of the last quarter of effort (75- 100%) was significantly higher than the 0-25%, 25-50%, 50-75%, moments for both conditions (p <0.02), however there was no interaction between groups (p<0.05). In Study B, performance on supramaximal effort was significantly higher in the PAP condition (p=0.05, Δ%=+7.44%). The glycolytic contribution and the anaerobic capacity measured by AC[La -] + EPOCfast was higher after PAP (p=0,002; Δ%= +9,09% e p=0,04; Δ%= +7,75%, respectively), however, the contribution of the phosphagen pathway did not show significant differences between conditions (p = 0.35). Therefore, the PAP was effective in improving the performance in a supramáximo effort in cycle ergometer, having its improvement accompanied by an increase in the glycolytic participation and in anaerobic capacity, in addition to causing a "preservation" of the neuromuscular apparatus during the effort for the vastus lateralis and gluteus maximusFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2016/17836-2Universidade Estadual Paulista (Unesp)Zagatto, Alessandro Moura [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Poli, Rodrigo de Araujo Bonetti de2018-10-04T17:34:41Z2018-10-04T17:34:41Z2018-08-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15723300090868033004137062P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-13T06:08:41Zoai:repositorio.unesp.br:11449/157233Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:32:39.398710Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da potenciação pós ativação (PAP) induzida por drop jumps no tempo até a exaustão a 115% da intensidade associada ao consumo máximo de oxigênio (("iV" ) ̇"O" _"2max" ) em ciclo ergômetro, em aspectos neuromusculares da fadiga (central e periférica) e sobre as vias metabólicas não oxidativas (capacidade anaeróbia, via glicolítica e dos fosfagênios). Para isso, o projeto foi dividido em dois estudos independentes. No Estudo A, 14 ciclistas recreacionais do sexo masculino (34 ± 4 anos) foram submetidos a 5 sessões de avaliações. Na primeira sessão realizaram teste incremental até exaustão (TInc), na segunda e terceira avaliações realizaram familiarização ao esforço supramáximo a 115% da ("iV" ) ̇"O" _"2max" , enquanto que na quarta e quinta sessões os participantes realizaram de maneira randomizada o esforço supramáximo a 115% da ("iV" ) ̇"O" _"2max" com e sem PAP (controle). Como esforço indutor da PAP, foram realizados 5 drop jumps (15s de intervalo entre eles) antes do esforço supramáximo. Nas sessões 4 e 5, a fadiga neuromuscular foi avaliada por meio de contrações voluntárias máximas (CVM) de extensão do joelho e estimulação elétrica periférica (PNS) realizadas antes e após o esforço supramáximo. Além disso, a eletromiografia de superfície foi realizada durante o esforço supramáximo para mensuração da roots mean square (EMGRMS) e a frequência mediana (EMGFM) e analisadas de forma estratificada a cada 25% de tempo total de esforço (0-25%, 25-50%, 50-75% e 75-100%). No Estudo B, 16 ciclistas recreacionais do sexo masculino (33 ± 6 anos) realizaram desenho experimental semelhante ao estudo A, entretanto na quarta e quinta sessões, as contribuições dos sistemas metabólicos foram mensuradas pelo componente rápido do excesso de consumo de oxigênio pós exercício (EPOC) (via dos fosfagênios) e pelo delta de lactato (via glicolítica), assumindo a soma das contribuições dessas vias como capacidade anaeróbia (AC[La-]+EPOCrápido), além disso a capacidade anaeróbia também foi mensurada pelo déficit máximo de oxigênio acumulado. Como resultados, no estudo A foi verificado uma melhora do significativa desempenho no esforço supramáximo após a realização da PAP (p=0,02; Δ%=+9,85%). Ambas condições (controle e PAP) apresentaram quedas significativas na força pico medidas durante a CVM e na força evocada pelo estímulo elétrico duplo na musculatura em repouso (p<0,01 e p<0,01, respectivamente) quando comparado o momento pré e pós esforço, indicando uma fadiga periférica causada pelo esforço. Entretanto não houve interação entre as condições (F=4,19; p=0,06 e F=3,03; p=0,09, respectivamente). A EMGRMS e a EMGFM do último quarto de esforço (75-100%) foi significativamente maior que os momentos 0-25%, 25-50%, 50-75%, para ambas as condições (p<0,02), entretanto não houve interação entre grupos (p<0,05). No Estudo B o desempenho no esforço supramáximo foi significativamente maior na condição PAP (p=0,05; Δ%=+7,44%). A contribuição glicolítica e a capacidade anaeróbia mensurada pelo AC[La-]+EPOCrápido foram maiores após a PAP (p=0,002; Δ%= +9,09% e p=0,04; Δ%= +7,75%, respectivamente), entretanto, a contribuição dos fosfagênios não apresentou diferenças significativas entre condições (p=0,35). Portanto, a PAP foi efetiva em melhorar o desempenho em um esforço supramáximo em ciclo ergômetro, tendo sua melhora acompanhada por um aumento da participação glicolítica e da capacidade anaeróbia, além de causar uma “preservação” do aparato neuromuscular durante o esforço para o vasto lateral e o glúteo máximo. |
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