Segregação sócio-espacial: uma experiência de educação em direitos humanos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costola, Gabriela Aparecida [UNESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/244499
Resumo: A presente pesquisa buscou analisar a temática da segregação sócio-espacial abordada nas oficinas de educação em direitos humanos realizadas através do projeto de extensão em interface com a pesquisa “Educação em Direitos Humanos na Escola: investigação em intervenção propositiva”, sucedida no ano de 2019 em duas escolas de um município do interior paulista. Esse recorte teórico parte do pressuposto de que a condição sócio-espacial de um indivíduo influencia diretamente sua existência e sua formação como um ser social e político, compreendido por suas relações e interações com o meio geográfico, sendo o espaço agente condicionante e condutor de produções e reproduções sociais. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa que se utilizou dos seguintes instrumentos de coleta de dados: análise dos questionários individuais aplicados ao final do ano letivo de 2019 com os professores de duas escolas, leitura do Diário de Campo e relatório das oficinas realizadas, além de revisão bibliográfica do tema. Mediante às respostas disponibilizadas no questionário e aos relatos registrados no Diário de Campo, percebeu-se que as violências e violações de direitos dos estudantes não eram atribuídas ao fenômeno da segregação sócio-espacial. Contrariamente, havia excessiva culpabilização individual e familiar, fundamentada em comparações individuais da vida pessoal de cada professor. Percebeu-se uma linha de pensamento individualizante entre os professores, situados em um ambiente que acaba transformando problemas sociais em problemas individuais, dificultando um real enfrentamento das dificuldades e imprimindo uma culpa ao sujeito por sua condição econômica, social e espacial. Esse impasse faz com que a solução efetiva de conflitos escolares esteja longe de se concretizar, uma vez que os esforços estão voltados à moralização das famílias e não à reivindicação de políticas públicas de qualidade.
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