Programa de orientação holística para obesos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Sa_de_e_Qualidade_de_Vida/Trabalho28.htm http://hdl.handle.net/11449/148092 |
Resumo: | O Grupo Interdisciplinar em Educação Saúde, foi formado no ano de 1996, por alguns profissionais ligados às áreas de Educação e Saúde, com objetivo de promover pesquisa e extensão, dentro de uma proposta de interação entre as várias áreas do conhecimento. O primeiro trabalho, desenvolvido em 1996, foi a organização de um programa interdisciplinar, para o atendimento de pessoas com excesso de peso, da comunidade unespiana, especificamente professores e funcionários. Este trabalho, com uma abordagem holística, em grupo, visou lidar não só com os aspectos orgânicos da obesidade, como nutricionais e psicológicos, porque entendemos que este é um problema que deve ser tratado de uma forma global. Também visávamos com este atendimento,. a conscientização dos sintomas e das causas do problema da obesidade, assim como a mudança do estilo de vida de cada uma das pessoas envolvidas. À partir de 1997, desenvolvemos o mesmo trabalho, porém, tendo acesso não só a comunidade unespiana, como a comunidade em geral. Já em 1999, procuramos intervir diretamente na comunidade carente, desenvolvendo este atendimento numa associação de bairro da cidade de Rio Claro. Este programa, portanto, é desenvolvido através de um acompanhamento de pessoas obesas, por um equipe de profissionais, durante um período de aproximadamente 6 meses. Inicia-se com uma palestra com todos os profissionais para apresentação do trabalho e depois de feita a seleção das pessoas interessadas (em torno de 10), priorizando os casos mais comprometidos (tomando-se como referência suas condições de saúde), damos início a avaliação clínica e a anamnese e a partir daí, começam as orientações da parte psicológica, de atividade física e nutricional, através de reuniões semanais, que embora ocorram em grupo, são feitas em momentos diferentes com cada área. As avalições clínicas são realizadas mensalmente, ou quando houver necessidade. O programa diferencia dos procedimentos mais conhecidos e adotados pelos profissionais ou pessoas leigas, por visar a saúde, mais do que a estética, e por possibilitar um acompanhamento individualizado, podendo interferir em todos os aspectos envolvidos neste tipo de problemática, como os de natureza psicológica, social, biológica e nutricional. Dentro deste processo, queremos ressaltar as nossas dificuldades: 1) a aderência dos pacientes após a avaliação clínica, uma vez que exige um envolvimento no trabalho de forma ativa. Muitas vezes, o tempo gasto com a avaliação é perdido pela falta de compromisso das pessoas; 2) a falta de recursos para a aquisição de equipamentos, como uma balança ergométrica e um micro-computador; 3) a falta de recursos humanos, como uma pessoa que auxilie a equipe técnica na elaboração do material didático, cronogramas, correção de testes, etc; 4) a morosidade na viabilização dos exames médicos quando os pacientes são do SUS, que demoram as vezes meses para a execução dos mesmos, impossibilitando a prescrição da dieta e da atividade física; 5) a falta de disponibilidade de tempo dos profissionais que tem envolvimento com a docência, para uma maior dedicação ao programa, já que dispõe de uma quantidade excessiva de aulas e outros compromissos com a universidade; 6) a dificuldade de integração entre as áreas, dificuldade esta inerente à todo trabalho de natureza interdisciplinar. Quanto à motivação e ao envolvimento dos profissionais, podemos dizer que estão totalmente envolvidos neste trabalho, porque através dele é possível criar uma relação entre a teoria e a prática, o próprio envolvimento com a pesquisa aplicada, o compromisso de todos com a devolução da nossa produção de conhecimentos para a comunidade, principalmente àquelas pessoas que não têm condições econômicas para procurarem um atendimento neste nível. Quanto aos resultados alcançados, podemos dizer que estão sendo muito positivos: para a universidade que cumpre com seu papel de atuar na sociedade, podendo mostrar concretamente sua produção e auxiliando no bem estar da comunidade. Por outro lado, permite que este movimento de duas mãos entre a universidade e a comunidade, não só alimente sua produção de conhecimentos, como auxilia na formação de docentes mais próximos da realidade do seu país, podendo contribuir para uma sociedade melhor e mais saudável. Em termos de saúde, nossa intervenção está favorecendo o controle de uma das doenças que mais vem aumentando, passando hoje a ser considerada um problema de saúde pública. Verificamos que a mudança alcançada com o programa, muitas vezes demora com relação ao emagrecimento ideal, mas tem um bom resultado na conscientização do problema e na mudança comportamental que mobiliza. |
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À partir de 1997, desenvolvemos o mesmo trabalho, porém, tendo acesso não só a comunidade unespiana, como a comunidade em geral. Já em 1999, procuramos intervir diretamente na comunidade carente, desenvolvendo este atendimento numa associação de bairro da cidade de Rio Claro. Este programa, portanto, é desenvolvido através de um acompanhamento de pessoas obesas, por um equipe de profissionais, durante um período de aproximadamente 6 meses. Inicia-se com uma palestra com todos os profissionais para apresentação do trabalho e depois de feita a seleção das pessoas interessadas (em torno de 10), priorizando os casos mais comprometidos (tomando-se como referência suas condições de saúde), damos início a avaliação clínica e a anamnese e a partir daí, começam as orientações da parte psicológica, de atividade física e nutricional, através de reuniões semanais, que embora ocorram em grupo, são feitas em momentos diferentes com cada área. As avalições clínicas são realizadas mensalmente, ou quando houver necessidade. O programa diferencia dos procedimentos mais conhecidos e adotados pelos profissionais ou pessoas leigas, por visar a saúde, mais do que a estética, e por possibilitar um acompanhamento individualizado, podendo interferir em todos os aspectos envolvidos neste tipo de problemática, como os de natureza psicológica, social, biológica e nutricional. Dentro deste processo, queremos ressaltar as nossas dificuldades: 1) a aderência dos pacientes após a avaliação clínica, uma vez que exige um envolvimento no trabalho de forma ativa. Muitas vezes, o tempo gasto com a avaliação é perdido pela falta de compromisso das pessoas; 2) a falta de recursos para a aquisição de equipamentos, como uma balança ergométrica e um micro-computador; 3) a falta de recursos humanos, como uma pessoa que auxilie a equipe técnica na elaboração do material didático, cronogramas, correção de testes, etc; 4) a morosidade na viabilização dos exames médicos quando os pacientes são do SUS, que demoram as vezes meses para a execução dos mesmos, impossibilitando a prescrição da dieta e da atividade física; 5) a falta de disponibilidade de tempo dos profissionais que tem envolvimento com a docência, para uma maior dedicação ao programa, já que dispõe de uma quantidade excessiva de aulas e outros compromissos com a universidade; 6) a dificuldade de integração entre as áreas, dificuldade esta inerente à todo trabalho de natureza interdisciplinar. Quanto à motivação e ao envolvimento dos profissionais, podemos dizer que estão totalmente envolvidos neste trabalho, porque através dele é possível criar uma relação entre a teoria e a prática, o próprio envolvimento com a pesquisa aplicada, o compromisso de todos com a devolução da nossa produção de conhecimentos para a comunidade, principalmente àquelas pessoas que não têm condições econômicas para procurarem um atendimento neste nível. Quanto aos resultados alcançados, podemos dizer que estão sendo muito positivos: para a universidade que cumpre com seu papel de atuar na sociedade, podendo mostrar concretamente sua produção e auxiliando no bem estar da comunidade. Por outro lado, permite que este movimento de duas mãos entre a universidade e a comunidade, não só alimente sua produção de conhecimentos, como auxilia na formação de docentes mais próximos da realidade do seu país, podendo contribuir para uma sociedade melhor e mais saudável. Em termos de saúde, nossa intervenção está favorecendo o controle de uma das doenças que mais vem aumentando, passando hoje a ser considerada um problema de saúde pública. Verificamos que a mudança alcançada com o programa, muitas vezes demora com relação ao emagrecimento ideal, mas tem um bom resultado na conscientização do problema e na mudança comportamental que mobiliza.Universidade Estadual Paulista (UNESP)Universidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Biociências (IBRC), Departamento de Educação, Rio Claro, SPUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Instituto de Biociências (IBRC), Departamento de Educação, Rio Claro, SPUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Anaruma, Silvia Marina [UNESP]2017-01-18T15:22:19Z2017-01-18T15:22:19Z2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Sa_de_e_Qualidade_de_Vida/Trabalho28.htmhttp://hdl.handle.net/11449/1480920867713879212166PROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCongresso de Extensão Universitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-10-23T08:24:47Zoai:repositorio.unesp.br:11449/148092Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T22:34:20.353171Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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