Efeitos do estrógeno sobre a microbiota oral e sua relação com a doença periodontal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Agra, Amanda Francioli [UNESP]
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/217838
Resumo: O objetivo deste estudo foi relatar os efeitos do estrógeno na microbiota oral, na susceptibilidade do hospedeiro e na densidade óssea, estabelecendo uma relação entre os níveis de estrógeno com a doença periodontal. A etiologia da doença periodontal considera três fatores como determinantes: iniciada por patógenos invasivos; é dependente de um hospedeiro suscetível; e é modulado pela presença de “bactérias benéficas” que têm papel significante na contenção da doença, limitando a progressão do patógeno. A suscetibilidade do hospedeiro é dependente de fatores locais e sistêmicos, hereditários, ambientais ou comportamentais, portanto, sistemas endócrinos em desequilíbrio podem ter um impacto importante na periodontopatogênese. O estrógeno é um hormônio sexual feminino, responsável por alterações fisiológicas, em fases especificas da vida, induzindo crescimento, desenvolvimento e ações biológicas sobre sistemas orgânicos, incluindo a cavidade oral. A literatura relata presença considerável de estrógeno nos tecidos e bolsas periodontais, além de receptores para este hormônio dentro dos tecidos gengivais. Sua presença foi relacionada às mudanças na colonização bacteriana, densidade óssea, alteração da resposta inflamatória e do conteúdo da placa subgengival. A partir da relação entre produção de prostaglandina e da densidade óssea com níveis de estrógeno, especula-se que níveis circulantes normais deste hormônio podem ser essenciais para a proteção periodontal. A influência do estrógeno na microbiota expressa sua relação direta com a proporção de periodontopatógenos, tais como Prevotella intermédia e espécies de Capnocytophaga e em variáveis menores sobre Porphyromonas gingivalis e A.actinomycetemcomitans, favorecendo a progressão e agravando a doença periodontal pré-existente. Esses efeitos variam de acordo com períodos da vida e com as respostas individuais dos periodontos, e tornam-se secundários à saúde periodontal frente a um bom controle de placa.
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