De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Aline Aparecida dos [UNESP]
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/115919
Resumo: A semiótica greimasiana iniciou seu percurso teórico com a proposição de uma semântica gerativa, geral e discursiva. Logo desenvolveu a sua base inicial: o percurso gerativo de sentido. No âmbito do percurso, o nível narrativo se tornou o mais desenvolvido, até a década de 1980, momento em que os estudos se voltaram para o desenvolvimento da semiótica das paixões e do nível discursivo. Neste trabalho, empreendemos um estudo desse desenvolvimento que se inicia com as influências estruturais e formalistas, passa pela consolidação do modelo de aplicação da semiótica narrativa e, então, culmina com as mudanças que fazem com que a semiótica dos anos 1980 não seja mais a mesma da década de 1960. Buscamos na Historiografia Linguística a metodologia para nos respaldar nesse percurso que foi traçado em três etapas: a primeira, sobre as origens da semiótica narrativa, com a retomada dos estudos de V. Propp e de Lévi-Strauss; a segunda etapa, sobre a cronologia das obras greimasianas partindo da Sémantique structurale (1966) até Du Sens II (1983); e a terceira etapa, na qual buscamos compreender os impasses da teoria em pelo menos três questões levantadas e discutidas pelo filósofo P. Ricoeur: (1) sobre a lógica das conversões entre os níveis profundo e superficial, (2) a questão da temporalidade e (3) sobre a semiótica ser uma teoria interpretativa, ou seja, não somente explicativa, mas também compreensiva. Dessa forma, compreendemos que Greimas partiu dos estudos narratológicos de Propp e dos estudos do mito de Lévi-Strauss e definiu os elementos que tornaram a semiótica narrativa um paradigma científico. Esse paradigma, no entanto, não permanece restrito às suas características iniciais. E é a partir das questões ricoeurianas que correspondem a alguns dos impasses que o paradigma apresentou que pudemos compreender seu percurso de desenvolvimento e mudança
id UNSP_5cba787363f444c204c3275ad448b7c6
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/115919
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativaRicoeur, Paul 1913-2005Greimas, Algirdas Julien 1917Propp, V. Ia. (Vladimir Iakovlevich), 1895-1970LinguísticaSemióticaNarrativa (Retórica)LinguisticsA semiótica greimasiana iniciou seu percurso teórico com a proposição de uma semântica gerativa, geral e discursiva. Logo desenvolveu a sua base inicial: o percurso gerativo de sentido. No âmbito do percurso, o nível narrativo se tornou o mais desenvolvido, até a década de 1980, momento em que os estudos se voltaram para o desenvolvimento da semiótica das paixões e do nível discursivo. Neste trabalho, empreendemos um estudo desse desenvolvimento que se inicia com as influências estruturais e formalistas, passa pela consolidação do modelo de aplicação da semiótica narrativa e, então, culmina com as mudanças que fazem com que a semiótica dos anos 1980 não seja mais a mesma da década de 1960. Buscamos na Historiografia Linguística a metodologia para nos respaldar nesse percurso que foi traçado em três etapas: a primeira, sobre as origens da semiótica narrativa, com a retomada dos estudos de V. Propp e de Lévi-Strauss; a segunda etapa, sobre a cronologia das obras greimasianas partindo da Sémantique structurale (1966) até Du Sens II (1983); e a terceira etapa, na qual buscamos compreender os impasses da teoria em pelo menos três questões levantadas e discutidas pelo filósofo P. Ricoeur: (1) sobre a lógica das conversões entre os níveis profundo e superficial, (2) a questão da temporalidade e (3) sobre a semiótica ser uma teoria interpretativa, ou seja, não somente explicativa, mas também compreensiva. Dessa forma, compreendemos que Greimas partiu dos estudos narratológicos de Propp e dos estudos do mito de Lévi-Strauss e definiu os elementos que tornaram a semiótica narrativa um paradigma científico. Esse paradigma, no entanto, não permanece restrito às suas características iniciais. E é a partir das questões ricoeurianas que correspondem a alguns dos impasses que o paradigma apresentou que pudemos compreender seu percurso de desenvolvimento e mudançaGenerative Greimassian semiotics began its theoretical path with the proposal of a generative, general and discursive semantics. Its pillar was soon developed: the generative trajectory of meaning. With its complexification, the narrative level became the most developed, until the 1980s, when the focus of study shifted to the development of the Semiotics of passions and of the discursive level, and beyond the trajectory. We carried out a study of this path of development, which begins with the structural and formalist influences, taking in the consolidation of the model of application of narrative semiotics, and culminating with the changes that have led to Semiotics of the 1980s being different from what it was in the 1960s. We adopted the Linguistic Historiography and methodology as bases of this path, outlined in three stages: the first one, on the origins of narrative semiotics, with the return to the studies of V. Propp and Lévi-Strauss; the second stage about the chronology of the Greimassian works, starting with Sémantique structurale (1966) until Du Sens II (1983); and the third stage, in which we sought to understand the impasses of the theory in at least three questions raised and discussed by the philosopher P. Ricoeur: (1) the logic of the conversions among the deep and the surface levels; (2) the “temporalization” and (3) Semiotics as an interpretive theory, i.e. not merely explanatory, but also comprehensive. Thus, we understand that Greimas started from Propp’s narratological studies and the studies on the myth, by Lévi-Strauss, defining the elements that made the narrative semiotics one scientific paradigm. This paradigm, however, does not remain restrict to its initial characteristics. Therefore, from the ricoeurian questions, which correspond to some impasses showed by the paradigm, we could understand its path of development and changeFundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 12/21220-6Universidade Estadual Paulista (Unesp)Portela, Jean Cristtus [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Santos, Aline Aparecida dos [UNESP]2015-03-03T11:52:42Z2015-03-03T11:52:42Z2014-09-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis84 f. : il.application/pdfSANTOS, Aline Aparecida dos. De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa. 2014. 84 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciencias e Letras (Campus de Araraquara), 2014.http://hdl.handle.net/11449/115919000809585000809585.pdf33004030009P4Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-13T14:06:45Zoai:repositorio.unesp.br:11449/115919Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:20:03.390048Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa
title De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa
spellingShingle De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa
Santos, Aline Aparecida dos [UNESP]
Ricoeur, Paul 1913-2005
Greimas, Algirdas Julien 1917
Propp, V. Ia. (Vladimir Iakovlevich), 1895-1970
Linguística
Semiótica
Narrativa (Retórica)
Linguistics
title_short De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa
title_full De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa
title_fullStr De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa
title_full_unstemmed De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa
title_sort De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa
author Santos, Aline Aparecida dos [UNESP]
author_facet Santos, Aline Aparecida dos [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Portela, Jean Cristtus [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Aline Aparecida dos [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Ricoeur, Paul 1913-2005
Greimas, Algirdas Julien 1917
Propp, V. Ia. (Vladimir Iakovlevich), 1895-1970
Linguística
Semiótica
Narrativa (Retórica)
Linguistics
topic Ricoeur, Paul 1913-2005
Greimas, Algirdas Julien 1917
Propp, V. Ia. (Vladimir Iakovlevich), 1895-1970
Linguística
Semiótica
Narrativa (Retórica)
Linguistics
description A semiótica greimasiana iniciou seu percurso teórico com a proposição de uma semântica gerativa, geral e discursiva. Logo desenvolveu a sua base inicial: o percurso gerativo de sentido. No âmbito do percurso, o nível narrativo se tornou o mais desenvolvido, até a década de 1980, momento em que os estudos se voltaram para o desenvolvimento da semiótica das paixões e do nível discursivo. Neste trabalho, empreendemos um estudo desse desenvolvimento que se inicia com as influências estruturais e formalistas, passa pela consolidação do modelo de aplicação da semiótica narrativa e, então, culmina com as mudanças que fazem com que a semiótica dos anos 1980 não seja mais a mesma da década de 1960. Buscamos na Historiografia Linguística a metodologia para nos respaldar nesse percurso que foi traçado em três etapas: a primeira, sobre as origens da semiótica narrativa, com a retomada dos estudos de V. Propp e de Lévi-Strauss; a segunda etapa, sobre a cronologia das obras greimasianas partindo da Sémantique structurale (1966) até Du Sens II (1983); e a terceira etapa, na qual buscamos compreender os impasses da teoria em pelo menos três questões levantadas e discutidas pelo filósofo P. Ricoeur: (1) sobre a lógica das conversões entre os níveis profundo e superficial, (2) a questão da temporalidade e (3) sobre a semiótica ser uma teoria interpretativa, ou seja, não somente explicativa, mas também compreensiva. Dessa forma, compreendemos que Greimas partiu dos estudos narratológicos de Propp e dos estudos do mito de Lévi-Strauss e definiu os elementos que tornaram a semiótica narrativa um paradigma científico. Esse paradigma, no entanto, não permanece restrito às suas características iniciais. E é a partir das questões ricoeurianas que correspondem a alguns dos impasses que o paradigma apresentou que pudemos compreender seu percurso de desenvolvimento e mudança
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-09-25
2015-03-03T11:52:42Z
2015-03-03T11:52:42Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv SANTOS, Aline Aparecida dos. De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa. 2014. 84 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciencias e Letras (Campus de Araraquara), 2014.
http://hdl.handle.net/11449/115919
000809585
000809585.pdf
33004030009P4
identifier_str_mv SANTOS, Aline Aparecida dos. De Propp a Ricoeur: origens e impasses da semiótica narrativa. 2014. 84 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciencias e Letras (Campus de Araraquara), 2014.
000809585
000809585.pdf
33004030009P4
url http://hdl.handle.net/11449/115919
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 84 f. : il.
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128791599382528