Pressão arterial e freqüência cardíaca avaliadas pela MAPA em primigestas durante o trabalho de parto e puerpério imediato

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marchioli, Milton [UNESP]
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Abbade, Joelcio Francisco [UNESP], Peraçoli, José Carlos [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032004000500008
http://hdl.handle.net/11449/12290
Resumo: OBJETIVO: analisar os valores da pressão arterial e da freqüência cardíaca durante o trabalho de parto e puerpério imediato de primigestas normais. MÉTODOS: foram incluídas no estudo 60 parturientes, às quais foi aplicada a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) com uso do aparelho modelo SpaceLabs 90207, durante o trabalho de parto e nas primeiras 12 horas após o mesmo. A pressão arterial e a freqüência cardíaca foram registradas a cada 15 minutos durante o trabalho de parto e na primeira hora após o parto, e a cada 30 minutos até a 12ª hora após o parto. Esses parâmetros foram avaliados em três momentos do trabalho de parto (com dilatação cervical até 7 cm, entre 8 cm e dilatação total e durante o período expulsivo) e em dois momentos do puerpério (na primeira e décima segunda hora). Primeiramente os resultados foram analisados sem levar em consideração o tipo de procedimento anestésico, e depois, dividindo-os em grupos conforme o tipo de procedimento realizado: anestesia local, analgesia peridural lombar e anestesia subaracnóidea. Para comparação dentro de cada grupo foram realizados análise de variância (ANOVA) e teste t de Student pareado e, entre os grupos, o teste t não-pareado. Foi considerado o limite de significância estatística de 5%. RESULTADOS: quando os resultados foram avaliados sem levar em consideração o procedimento anestésico, os valores médios da pressão arterial sistólica, registrados durante o trabalho de parto, foram significativamente mais elevados que no puerpério. Durante o trabalho de parto esses valores foram significativamente mais elevados nos períodos de dilatação final e expulsivo que no período de dilatação inicial e, na 12ª hora, inferiores ao da primeira hora após o parto. Os valores médios da pressão arterial diastólica registrados durante o trabalho de parto foram significativamente mais altos que no puerpério. Estes valores não apresentaram alteração durante os diferentes períodos do trabalho de parto ou durante as primeiras doze horas do puerpério. A freqüência cardíaca aumentou progressivamente durante o trabalho de parto, diminuindo nas primeiras 12 horas após o parto. Quando a pressão arterial e a freqüência cardíaca foram avaliadas conforme o tipo de procedimento anestésico empregado, ambas mostraram-se com mesmo comportamento na anestesia local e peridural, embora naquelas submetidas à anestesia subaracnóidea, tanto a pressão arterial sistólica como a diastólica não apresentaram alteração durante o trabalho de parto. CONCLUSÕES: o trabalho de parto determinou aumento da pressão arterial sistólica e da freqüência cardíaca. Durante o trabalho de parto os valores das pressões arteriais sistólica e diastólica foram mais altos que nas primeiras 12 horas do puerpério, havendo queda significativa entre a primeira e a décima segunda hora do mesmo. Diferentes procedimentos anestésicos não interferiram nos valores das pressões arteriais sistólica e diastólica ou da freqüência cardíaca, durante o trabalho de parto e nas primeiras doze horas após o parto.
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Esses parâmetros foram avaliados em três momentos do trabalho de parto (com dilatação cervical até 7 cm, entre 8 cm e dilatação total e durante o período expulsivo) e em dois momentos do puerpério (na primeira e décima segunda hora). Primeiramente os resultados foram analisados sem levar em consideração o tipo de procedimento anestésico, e depois, dividindo-os em grupos conforme o tipo de procedimento realizado: anestesia local, analgesia peridural lombar e anestesia subaracnóidea. Para comparação dentro de cada grupo foram realizados análise de variância (ANOVA) e teste t de Student pareado e, entre os grupos, o teste t não-pareado. Foi considerado o limite de significância estatística de 5%. RESULTADOS: quando os resultados foram avaliados sem levar em consideração o procedimento anestésico, os valores médios da pressão arterial sistólica, registrados durante o trabalho de parto, foram significativamente mais elevados que no puerpério. Durante o trabalho de parto esses valores foram significativamente mais elevados nos períodos de dilatação final e expulsivo que no período de dilatação inicial e, na 12ª hora, inferiores ao da primeira hora após o parto. Os valores médios da pressão arterial diastólica registrados durante o trabalho de parto foram significativamente mais altos que no puerpério. Estes valores não apresentaram alteração durante os diferentes períodos do trabalho de parto ou durante as primeiras doze horas do puerpério. A freqüência cardíaca aumentou progressivamente durante o trabalho de parto, diminuindo nas primeiras 12 horas após o parto. Quando a pressão arterial e a freqüência cardíaca foram avaliadas conforme o tipo de procedimento anestésico empregado, ambas mostraram-se com mesmo comportamento na anestesia local e peridural, embora naquelas submetidas à anestesia subaracnóidea, tanto a pressão arterial sistólica como a diastólica não apresentaram alteração durante o trabalho de parto. CONCLUSÕES: o trabalho de parto determinou aumento da pressão arterial sistólica e da freqüência cardíaca. Durante o trabalho de parto os valores das pressões arteriais sistólica e diastólica foram mais altos que nas primeiras 12 horas do puerpério, havendo queda significativa entre a primeira e a décima segunda hora do mesmo. Diferentes procedimentos anestésicos não interferiram nos valores das pressões arteriais sistólica e diastólica ou da freqüência cardíaca, durante o trabalho de parto e nas primeiras doze horas após o parto.OBJECTIVE: to analyze the maternal blood pressure and heart rate variation of primigravid women during labor and early puerperium. METHODS: sixty primigravid women were included in the study, and submitted to ambulatory blood pressure monitoring (ABPM) with SpaceLabs 90207 monitor during labor and the first 12 h of puerperium. The records of blood pressure and heart rate were done every 15 min during labor and every 30 min during the first 12 h of puerperium. Three periods during labor (until cervix dilated 7 cm, cervix dilated between 8 cm and total dilatation, and delivery period) and two during puerperium (first and twelfth hours), were analyzed. First of all the results were analyzed without considering the kind of analgesia used and then the patients were divided into three groups, according to the anesthetic technique: local, lumbar extradural or subarachnoid. Results were analyzed by one-way analysis of variance (ANOVA) and paired Student's t-test for blood pressure and heart rate in each group during labor and puerperium. The nonpaired Student's t-test was used to compare different groups. A p value < 0.05 was regarded as statistically significant. RESULTS: when the results were analyzed without considering the analgesic procedure, the values of systolic blood pressure during labor were significantly higher than in early puerperium. During labor, systolic blood pressure values were higher in the periods of later cervical dilatation and delivery than during early cervical dilatation. In the 12th h of puerperium the systolic blood pressure was lower than in the first hour. Diastolic blood pressure did not change during labor and was higher than in early puerperium. Heart rate increased during labor and decreased during puerperium. The systolic and diastolic blood pressure and heart rate were the same both in local or lumbar extradural anesthesia groups; however, in the subarachnoid group the systolic and diastolic blood pressure did not change during labor. CONCLUSIONS: labor increased systolic blood pressure and heart rate. During labor, systolic and diastolic blood pressure were higher than in early puerperium. Both blood pressure and heart rate significantly fell from the first to the 12th hour of puerperium. The different anesthetic techniques did not affect blood pressure or heart rate, as compared with the primigravid group when the anesthetic technique was not taken into consideration.UNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Ginecologia e ObstetríciaUNESP Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Ginecologia e ObstetríciaFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Marchioli, Milton [UNESP]Abbade, Joelcio Francisco [UNESP]Peraçoli, José Carlos [UNESP]2014-05-20T13:35:42Z2014-05-20T13:35:42Z2004-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article391-398application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032004000500008Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 26, n. 5, p. 391-398, 2004.0100-7203http://hdl.handle.net/11449/1229010.1590/S0100-72032004000500008S0100-72032004000500008S0100-72032004000500008.pdf84994373815956149515154029370788SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia0,292info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-16T14:12:50Zoai:repositorio.unesp.br:11449/12290Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-16T14:12:50Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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