Encontros vocálicos em português arcaico: uma interpretação fonológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Zucarelli, Fernanda Elias [UNESP]
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4254
http://hdl.handle.net/11449/107796
Resumo: Este trabalho estuda os encontros de vogais na escrita do Português Arcaico (de agora em diante PA), no seu período trovadoresco, em busca de seus status fonológicos. Foram focalizados os encontros entre vogais no interior de palavras, como objetivo de definir se se está diante de ditongos ou hiatos. Utilizando a Fonologia Não-Linear, em especial, o modelo métrico, que trata da estrutura da sílaba, foi possível chegar a conclusões sobre a estruturação silábica do português da época e organizar hipóteses para interpretar os encontros vocálicos no nível fonológico. Finalmente, foi possível concluir que o tipo de encontro vocálico mais comum em PA, não por coincidência, é ditongo (foram constatados no corpus 722 ditongos e 123 hiatos), também o mais comum no Português Brasileiro atual. Mas é preciso ressaltar que o PA tolera os hiatos (inclusive não aceita outra solução, em alguns casos) enquanto o Português Brasileiro os evita. A conclusão a que se chega, a partir das análises empreendidas neste trabalho, é que, no PA, no nível fonológico, existem, no máximo, ditongos (os tritongos só são possíveis no nível fonético). E, mesmo no caso dos ditongos, o glide está posicionado na coda da sílaba (e não no núcleo).
id UNSP_5ddf7cedb1a90e53d40bd5c1399f7468
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/107796
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Encontros vocálicos em português arcaico: uma interpretação fonológicaPortuguês arcaicosílabaditongoshiatospoesia mediaval galego-portuguesafonologia não-linearEste trabalho estuda os encontros de vogais na escrita do Português Arcaico (de agora em diante PA), no seu período trovadoresco, em busca de seus status fonológicos. Foram focalizados os encontros entre vogais no interior de palavras, como objetivo de definir se se está diante de ditongos ou hiatos. Utilizando a Fonologia Não-Linear, em especial, o modelo métrico, que trata da estrutura da sílaba, foi possível chegar a conclusões sobre a estruturação silábica do português da época e organizar hipóteses para interpretar os encontros vocálicos no nível fonológico. Finalmente, foi possível concluir que o tipo de encontro vocálico mais comum em PA, não por coincidência, é ditongo (foram constatados no corpus 722 ditongos e 123 hiatos), também o mais comum no Português Brasileiro atual. Mas é preciso ressaltar que o PA tolera os hiatos (inclusive não aceita outra solução, em alguns casos) enquanto o Português Brasileiro os evita. A conclusão a que se chega, a partir das análises empreendidas neste trabalho, é que, no PA, no nível fonológico, existem, no máximo, ditongos (os tritongos só são possíveis no nível fonético). E, mesmo no caso dos ditongos, o glide está posicionado na coda da sílaba (e não no núcleo).Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Lingüística e Língua Portuguesa - Faculdadede Ciências e Letras - UNESP - 14800-9001 - Araraquara - SPDoutoranda do Programa de Pós-graduação em Lingüística e Língua Portuguesa - Faculdadede Ciências e Letras - UNESP - 14800-9001 - Araraquara - SPUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Zucarelli, Fernanda Elias [UNESP]2014-06-24T19:54:46Z2014-06-24T19:54:46Z2004info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4254ALFA: Revista de Linguística, v. 48, n. 1, 2004.1981-57940002-5216http://hdl.handle.net/11449/107796ISSN1981-5794-2004-48-1-29-48.pdfALFA: Revista de Linguísticareponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporAlfa: Revista de Linguísticainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-06-11T12:55:29Zoai:repositorio.unesp.br:11449/107796Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:45:57.112559Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Encontros vocálicos em português arcaico: uma interpretação fonológica
title Encontros vocálicos em português arcaico: uma interpretação fonológica
spellingShingle Encontros vocálicos em português arcaico: uma interpretação fonológica
Zucarelli, Fernanda Elias [UNESP]
Português arcaico
sílaba
ditongos
hiatos
poesia mediaval galego-portuguesa
fonologia não-linear
title_short Encontros vocálicos em português arcaico: uma interpretação fonológica
title_full Encontros vocálicos em português arcaico: uma interpretação fonológica
title_fullStr Encontros vocálicos em português arcaico: uma interpretação fonológica
title_full_unstemmed Encontros vocálicos em português arcaico: uma interpretação fonológica
title_sort Encontros vocálicos em português arcaico: uma interpretação fonológica
author Zucarelli, Fernanda Elias [UNESP]
author_facet Zucarelli, Fernanda Elias [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Zucarelli, Fernanda Elias [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Português arcaico
sílaba
ditongos
hiatos
poesia mediaval galego-portuguesa
fonologia não-linear
topic Português arcaico
sílaba
ditongos
hiatos
poesia mediaval galego-portuguesa
fonologia não-linear
description Este trabalho estuda os encontros de vogais na escrita do Português Arcaico (de agora em diante PA), no seu período trovadoresco, em busca de seus status fonológicos. Foram focalizados os encontros entre vogais no interior de palavras, como objetivo de definir se se está diante de ditongos ou hiatos. Utilizando a Fonologia Não-Linear, em especial, o modelo métrico, que trata da estrutura da sílaba, foi possível chegar a conclusões sobre a estruturação silábica do português da época e organizar hipóteses para interpretar os encontros vocálicos no nível fonológico. Finalmente, foi possível concluir que o tipo de encontro vocálico mais comum em PA, não por coincidência, é ditongo (foram constatados no corpus 722 ditongos e 123 hiatos), também o mais comum no Português Brasileiro atual. Mas é preciso ressaltar que o PA tolera os hiatos (inclusive não aceita outra solução, em alguns casos) enquanto o Português Brasileiro os evita. A conclusão a que se chega, a partir das análises empreendidas neste trabalho, é que, no PA, no nível fonológico, existem, no máximo, ditongos (os tritongos só são possíveis no nível fonético). E, mesmo no caso dos ditongos, o glide está posicionado na coda da sílaba (e não no núcleo).
publishDate 2004
dc.date.none.fl_str_mv 2004
2014-06-24T19:54:46Z
2014-06-24T19:54:46Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4254
ALFA: Revista de Linguística, v. 48, n. 1, 2004.
1981-5794
0002-5216
http://hdl.handle.net/11449/107796
ISSN1981-5794-2004-48-1-29-48.pdf
url http://seer.fclar.unesp.br/alfa/article/view/4254
http://hdl.handle.net/11449/107796
identifier_str_mv ALFA: Revista de Linguística, v. 48, n. 1, 2004.
1981-5794
0002-5216
ISSN1981-5794-2004-48-1-29-48.pdf
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Alfa: Revista de Linguística
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv ALFA: Revista de Linguística
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808129244488794112