Impactos das mudanças climáticas na distribuição geográfica dos vetores das leishmanioses: uma revisão da literatura
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | https://hdl.handle.net/11449/256099 |
Resumo: | Os vários cenários de mudanças climáticas globais para os próximos 100 anos indicam possibilidades de impactos significativos, devido às emissões de gases do efeito estufa (GEE), tais como: dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, CO2, CH4 e N2O, respectivamente. Dentre estes impactos, podem ser citados o aumento da temperatura, modificações nos padrões de chuvas e alterações na distribuição de extremos climáticos (exemplo: secas, inundações, penetração de frentes frias e tempestades severas). Nesse sentido, doenças transmitidas por vetores são particularmente suscetíveis às mudanças ambientais e climáticas, uma vez que sua ocorrência depende do balanço ecológico entre diferentes espécies envolvidas nos ciclos de transmissão. No caso das leishmanioses, os flebotomíneos, que podem agir como vetores da doença, são afetados especialmente pelas precipitações, umidade e temperatura. Um dos impactos das mudanças climáticas na ecoepidemiologia das leishmanioses é a expansão da distribuição geográfica dos vetores. Dessa forma, o projeto teve como objetivo analisar como as mudanças climáticas estão ampliando a distribuição geográfica dos vetores das leishmanioses, através de uma revisão sistemática da literatura. Foram também considerados diferentes aspectos dos vetores, diferentes formas da doença e seus sintomas, além dos ciclos de vida dos protozoários. O corpo amostral do trabalho foi composto por 31 artigos, mas somente 18 foram analisados. Artigos que não tinham nenhuma relação com o tema “Leishmanioses” ou “Mudanças Climáticas” foram descartados. Foi dada preferência para os artigos de 2020 a 2024 e a grande maioria foi selecionada no banco de dados Athena Unesp, pois em outras plataformas poucos artigos foram encontrados. Os resultados mostraram que a temperatura e umidade são variáveis importantes na ecologia dos vetores das leishmanioses e o aquecimento global pode expandir as áreas de ocorrência dos flebotomíneos, aumentando a prevalência da doença. |
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Impactos das mudanças climáticas na distribuição geográfica dos vetores das leishmanioses: uma revisão da literaturaImpacts of climate change on the geographic distribution of leishmaniasis vectors: a literature reviewMudanças climáticasLeishmaniosesFlebotomíneosTransmissãoClimate changesLeishmaniasisPhlebotomine sandfliesTransmissionOs vários cenários de mudanças climáticas globais para os próximos 100 anos indicam possibilidades de impactos significativos, devido às emissões de gases do efeito estufa (GEE), tais como: dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, CO2, CH4 e N2O, respectivamente. Dentre estes impactos, podem ser citados o aumento da temperatura, modificações nos padrões de chuvas e alterações na distribuição de extremos climáticos (exemplo: secas, inundações, penetração de frentes frias e tempestades severas). Nesse sentido, doenças transmitidas por vetores são particularmente suscetíveis às mudanças ambientais e climáticas, uma vez que sua ocorrência depende do balanço ecológico entre diferentes espécies envolvidas nos ciclos de transmissão. No caso das leishmanioses, os flebotomíneos, que podem agir como vetores da doença, são afetados especialmente pelas precipitações, umidade e temperatura. Um dos impactos das mudanças climáticas na ecoepidemiologia das leishmanioses é a expansão da distribuição geográfica dos vetores. Dessa forma, o projeto teve como objetivo analisar como as mudanças climáticas estão ampliando a distribuição geográfica dos vetores das leishmanioses, através de uma revisão sistemática da literatura. Foram também considerados diferentes aspectos dos vetores, diferentes formas da doença e seus sintomas, além dos ciclos de vida dos protozoários. O corpo amostral do trabalho foi composto por 31 artigos, mas somente 18 foram analisados. Artigos que não tinham nenhuma relação com o tema “Leishmanioses” ou “Mudanças Climáticas” foram descartados. Foi dada preferência para os artigos de 2020 a 2024 e a grande maioria foi selecionada no banco de dados Athena Unesp, pois em outras plataformas poucos artigos foram encontrados. Os resultados mostraram que a temperatura e umidade são variáveis importantes na ecologia dos vetores das leishmanioses e o aquecimento global pode expandir as áreas de ocorrência dos flebotomíneos, aumentando a prevalência da doença.The various scenarios of global climate change for the next 100 years indicate possibilities of significant impacts, due to greenhouse gas emissions (GHGs) such as carbon dioxide, methane, and nitrous oxide, CO2, CH4, and N2O, respectively. Among these impacts, we can cite temperature increase, changes in rainfall patterns, and alterations in the distribution of climate extremes (e.g., droughts, floods, cold fronts penetration, and severe storms). In this sense, vector-borne diseases are particularly susceptible to environmental and climatic changes since their occurrence depends on the ecological balance between different species involved in transmission cycles. In the case of leishmaniasis, phlebotomine sandflies, which can act as disease vectors, are especially affected by precipitation, humidity, and temperature. One of the impacts of climate change on the ecoepidemiology of leishmaniasis is the expansion of the geographic distribution of vectors. Thus, the project aimed to analyze how climate change is expanding the geographic distribution of leishmaniasis vectors through a systematic literature review. Different aspects of vectors, different forms of the disease and its symptoms, as well as the life cycles of protozoa were also considered. The sample of the study consisted of 31 articles, but only 18 were analyzed. Articles that had no relevance to the themes of "Leishmaniasis" or "Climate Changes" were discarded. Preference was given to articles published between 2020 and 2024, and the vast majority were selected from the Athena Unesp database, as few articles were found on other platforms. The results showed that temperature and humidity are important variables in the ecology of leishmaniasis vectors, and global warming could expand the occurrence areas of sandflies, increasing the prevalence of the disease.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Zuben, Claudio José Von [UNESP]Ferraz, Luana MartinsLucas, Caroline Luiza2024-06-25T13:33:55Z2024-06-25T13:33:55Z2024-06-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/11449/256099porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-26T06:13:58Zoai:repositorio.unesp.br:11449/256099Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:01:40.993859Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Os vários cenários de mudanças climáticas globais para os próximos 100 anos indicam possibilidades de impactos significativos, devido às emissões de gases do efeito estufa (GEE), tais como: dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, CO2, CH4 e N2O, respectivamente. Dentre estes impactos, podem ser citados o aumento da temperatura, modificações nos padrões de chuvas e alterações na distribuição de extremos climáticos (exemplo: secas, inundações, penetração de frentes frias e tempestades severas). Nesse sentido, doenças transmitidas por vetores são particularmente suscetíveis às mudanças ambientais e climáticas, uma vez que sua ocorrência depende do balanço ecológico entre diferentes espécies envolvidas nos ciclos de transmissão. No caso das leishmanioses, os flebotomíneos, que podem agir como vetores da doença, são afetados especialmente pelas precipitações, umidade e temperatura. Um dos impactos das mudanças climáticas na ecoepidemiologia das leishmanioses é a expansão da distribuição geográfica dos vetores. Dessa forma, o projeto teve como objetivo analisar como as mudanças climáticas estão ampliando a distribuição geográfica dos vetores das leishmanioses, através de uma revisão sistemática da literatura. Foram também considerados diferentes aspectos dos vetores, diferentes formas da doença e seus sintomas, além dos ciclos de vida dos protozoários. O corpo amostral do trabalho foi composto por 31 artigos, mas somente 18 foram analisados. Artigos que não tinham nenhuma relação com o tema “Leishmanioses” ou “Mudanças Climáticas” foram descartados. Foi dada preferência para os artigos de 2020 a 2024 e a grande maioria foi selecionada no banco de dados Athena Unesp, pois em outras plataformas poucos artigos foram encontrados. Os resultados mostraram que a temperatura e umidade são variáveis importantes na ecologia dos vetores das leishmanioses e o aquecimento global pode expandir as áreas de ocorrência dos flebotomíneos, aumentando a prevalência da doença. |
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