Avaliação da atividade da unidade epidermo-melânica e do dano dérmico no melasma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brianezi, Gabrielli [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/134352
Resumo: A patogênese do melasma, especialmente o papel dos queratinócitos e fibroblastos no desenvolvimento e manutenção da doença não é bem compreendida. Alterações dérmicas como dano estrutural à zona de membrana basal, melanócitos em pêndulo, elastose solar, celularidade, proliferação vascular, além da expressão de mediadores inflamatórios, fatores de crescimento, expressão epitelial de melanocortina e receptores dos hormônios sexuais; sugerem interação entre a unidade epidermo-melânica e a derme na fisiopatologia do melasma. A pigmentação melânica da pele pode ser estimulada por diferentes vias de sinalização, sendo a radiação ultravioleta, citocinas dérmicas e inflamação epidérmica, os modelos mais usuais. Neste estudo, objetivamos comparar a morfologia nuclear e a textura da cromatina entre queratinócitos basais no melasma facial e pele adjacente, investigar a ativação das diferentes vias de estímulo à pigmentação, além do envolvimento da derme, com foco na zona de membrana basal e colágeno, no melasma facial. Para a sua execução, foram coletados pares de biópsias faciais (2mm) de mulheres adultas com melasma e de pele adjacente (<2 cm). Processaram-se para coloração de PAS e picrosirius red; imunofluorescência para p53, p38, IL- 1α, αMSH, MC1R e COX2; imunoistoquímica para Melan-Acontracorada com PAS; Microscopia Eletrônica de Transmissão, além de cultura primária de fibroblastos para real-timePCR array e marcação para SA-β-gal. Foram avaliados: núcleos de queratinócitos da camada basal quanto à morfometria nuclear e textura da cromatina; quantificada a intensidade de fluorescência nos compartimentos da epiderme e derme; avaliadas organelas citoplasmáticas e zona de membrana basal; além do colágeno dérmico e densidade de melanócitos: totais e em pêndulo. Em relação à pele adjacente sem melasma: núcleos de queratinócitos basais da epiderme com melasma facial apresentaram índices morfométricos e textura da cromatina alterados; houve aumento da expressão epitelial de αMSH e MC1R, sem diferença quanto ao p53, p38, IL1α e COX2; houve maior número de organelas citoplasmáticas e melanossomas em estágios de maturação maiores nos queratinócitos e melanócitos; áreas danificadas na zona de membrana basal com presença de microvesículas adjacentes à membrana basal; maior número de melanócitos em pêndulo; colágeno dérmico desestruturado. Entre os fibroblastos, houve maior marcação para SA-β-gal e expressão alterada dos genes COL4A1, IL6, ESR2, DKK3, CCL2, WIF1, WNT3A, HGF, IL1B, MMPs 1-7-9 no melasma. As alterações encontradas nos queratinócitos, na derme e zona de membrana basal, sugerem que o fenótipo do melasma pode resultar de alterações em toda unidade epidermo-melânica, não somente de uma hipertrofia dos melanócitos, as vias inflamatórias da epiderme e dependentes de p53 não se mostraram proeminentes, além de ser identificado um possível papel do processo de reparo/dano da derme e da senescência de fibroblastos na patogênese da doença.
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Alterações dérmicas como dano estrutural à zona de membrana basal, melanócitos em pêndulo, elastose solar, celularidade, proliferação vascular, além da expressão de mediadores inflamatórios, fatores de crescimento, expressão epitelial de melanocortina e receptores dos hormônios sexuais; sugerem interação entre a unidade epidermo-melânica e a derme na fisiopatologia do melasma. A pigmentação melânica da pele pode ser estimulada por diferentes vias de sinalização, sendo a radiação ultravioleta, citocinas dérmicas e inflamação epidérmica, os modelos mais usuais. Neste estudo, objetivamos comparar a morfologia nuclear e a textura da cromatina entre queratinócitos basais no melasma facial e pele adjacente, investigar a ativação das diferentes vias de estímulo à pigmentação, além do envolvimento da derme, com foco na zona de membrana basal e colágeno, no melasma facial. Para a sua execução, foram coletados pares de biópsias faciais (2mm) de mulheres adultas com melasma e de pele adjacente (<2 cm). Processaram-se para coloração de PAS e picrosirius red; imunofluorescência para p53, p38, IL- 1α, αMSH, MC1R e COX2; imunoistoquímica para Melan-Acontracorada com PAS; Microscopia Eletrônica de Transmissão, além de cultura primária de fibroblastos para real-timePCR array e marcação para SA-β-gal. Foram avaliados: núcleos de queratinócitos da camada basal quanto à morfometria nuclear e textura da cromatina; quantificada a intensidade de fluorescência nos compartimentos da epiderme e derme; avaliadas organelas citoplasmáticas e zona de membrana basal; além do colágeno dérmico e densidade de melanócitos: totais e em pêndulo. Em relação à pele adjacente sem melasma: núcleos de queratinócitos basais da epiderme com melasma facial apresentaram índices morfométricos e textura da cromatina alterados; houve aumento da expressão epitelial de αMSH e MC1R, sem diferença quanto ao p53, p38, IL1α e COX2; houve maior número de organelas citoplasmáticas e melanossomas em estágios de maturação maiores nos queratinócitos e melanócitos; áreas danificadas na zona de membrana basal com presença de microvesículas adjacentes à membrana basal; maior número de melanócitos em pêndulo; colágeno dérmico desestruturado. Entre os fibroblastos, houve maior marcação para SA-β-gal e expressão alterada dos genes COL4A1, IL6, ESR2, DKK3, CCL2, WIF1, WNT3A, HGF, IL1B, MMPs 1-7-9 no melasma. As alterações encontradas nos queratinócitos, na derme e zona de membrana basal, sugerem que o fenótipo do melasma pode resultar de alterações em toda unidade epidermo-melânica, não somente de uma hipertrofia dos melanócitos, as vias inflamatórias da epiderme e dependentes de p53 não se mostraram proeminentes, além de ser identificado um possível papel do processo de reparo/dano da derme e da senescência de fibroblastos na patogênese da doença.The melasma pathogenesis, specially the role of keratinocytes and fibroblast in the disease development and maintenance are not completely understood. Dermal alterations such as basal membrane structural damage, pendulous melanocytes, solar elastosis, cellularity, vascular proliferation, in addition to the expression of inflammatory mediators, grow factors, epithelial melanocortin and sexual hormones receptors, suggest there is an interaction between the epidermal melanin unit and dermis in melasma physiopathology. The melanin skin pigmentation can be stimulated by different signaling pathways. UVR, dermal cytokines and epidermal inflammation are the most common models. These study aims to compare the nuclear morphology and chromatin texture in basal keratinocytes between melasma and adjacent skin, to investigate the activation of different pigmentation signaling pathways, and the dermal involvement, focusing on basal membrane zone and collagen. Therefore, facial skin biopsies (2 mm) from women were taken from melasma and normal skin (<2 cm apart) and processed for PAS and picrosirius red; immunofluorescence for p53, p38, IL-1α, αMSH, MC1R and COX2, immunohistochemistry for Melan-A counterstaining with PAS, and transmission electronic microscopy. Furthermore, primary fibroblast culture for real-timePCRarray and SA-β-gal staining. The nuclei of basal keratinocytes were evaluated as nuclear morphometry and chromatin texture; the fluorescence intensity was quantified in the epidermis and dermis; cytoplasm organelles and basal membrane zone were evaluated; in addition to dermal collagen and melanocytes density: total and pendulous. Regarding adjacent healthy skin, the melasma skin showed alterations in morphometric index and chromatin texture; there was greater epithelial expression of αMSH and MC1R, but without difference for p53, p38, IL1α and COX2; cytoplasm organelles and melanossomas in higher maturity were in greater number in keratinocytes and melanocytes; there were commoner damaged areas in basal membrane zone, presence of microvesicules adjacent to basal membrane; and higher number of pendulous melanocyte; dermal collagen was less structured. There were greater SA-β-gal staining and altered expression of COL4A1, IL6, ESR2, DKK3, CCL2, WIF1, WNT3A, HGF, IL1B, MMPs 1-7-9 genes in melasma fibroblasts.The alterations presented in keratinocytes, dermis and basal membrane zone suggest the melasma phenotype can result from alteration in entire epidermal melanin unit, not just hypertrophic melanocytes, the epidermal inflammatory pathways and p53 dependents do not show prominence, in addition to the possible role of the repair/ damage process identified at dermis and fibroblast senescence in the melasma pathogenesis.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 12/09233-5FAPESP: 12/05004-1Universidade Estadual Paulista (Unesp)Miot, Hélio Amante [UNESP]Marques, Mariângela Esther Alenca [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Brianezi, Gabrielli [UNESP]2016-02-26T20:04:11Z2016-02-26T20:04:11Z2016-01-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/13435200087032333004064056P525436330509410057528116925519142porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-21T06:08:36Zoai:repositorio.unesp.br:11449/134352Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-11-21T06:08:36Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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