Famílias em situação de risco em Birigui SP
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2001 |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Sa_de_e_Qualidade_de_Vida/Trabalho19.htm http://hdl.handle.net/11449/148059 |
Resumo: | Desde o início de 1998 o programa Famílias em situação de risco coordenado pela UNESP - Faculdade de Odontologia do Câmpus de Araçatuba - Departamento de Ciências Básicas, discute com a comunidade de Birigui projetos objetivando: a sobrevivência infantil e desenvolvimento integral da criança, a operacionalização do Estatuto da Criança e do Adolescente, a criação de alternativas de geração de renda para o adolescente e sua família, o desenvolvimento de programas de orientação e apoio familiar, o combate às drogas, às doenças sexualmente transmissíveis e à gravidez precoce, a formação para a cidadania, a inserção positiva na sociedade através da educação e do trabalho, a qualificação de jovens portadores de deficiências físicas, a reintegração familiar, a orientação e tratamento de dependentes químicos, o reforço do ensino regular, o resgate da identidade de gênero e raça e da auto-estima, o fortalecimento da pequena propriedade e do trabalho autônomo/microempresa, a formação de lideranças concentradas, a definição de novas tecnologias, a provisão de assistência jurídico-social, o desenvolvimento de habilidades de gestão e a desmonopolização do saber e do fazer médico e odontológico através da prevenção. O público alvo constitui-se de: famílias e/ou adolescentes que vivem, perambulando e/ou trabalham na rua, adolescentes de camadas populares em geral, adolescentes infratores, adolescentes ligados a organizações culturais, religiosas e rede de escolas, crianças e adolescentes órfãos ou abandonados, adolescentes dependentes de drogas, adolescentes de famílias de bóia-frias, crianças de camadas populares. Nesse espaço democrático, comunitário, as diversas atividades são realizadas após ampla discussão de projetos em rede a saber: (alguns exemplos). Pastoral da Criança: elaborou-se projeto de ação odontológica, para complementar as ações básicas de saúde. Após o projeto piloto, espera-se atender a médio prazo as crianças de 0-3 anos assistidas pela Pastoral na Diocese de Araçatuba (A Pastoral tem convênio com a UNICEF e foi indicada para o Nobel da Paz). 2ª Vara de Justiça: projeto para encarcerados, egressos e suas famílias. Corpo de Bombeiros: assistência à infância e capacitação de adolescentes. Ave Cristo: recuperação de dependentes químicos. Escola de 1º Grau: informatização de sala de aula. Sindicato de cargas: curso de motorista profissional, com recursos do FAT, para adolescentes desempregados. Sindicato de Indústrias do Vestuário: cursos de capacitação na área calçadista (recursos das indústrias e do FAT). Há também voluntários que prestam serviços na área de rastreamento das fontes financiadoras e estão em andamento parcerias com o SESC, SENAC, SENAI e indústrias. Estratégia para a formalização dos diversos projetos: em reuniões conjuntas com líderes comunitários, são discutidas amplamente as diversas idéias. Para cada idéia, levantam-se dezenas de hipóteses iniciais. A seguir, em reuniões subsequentes apresenta-se um anteprojeto para análise, emendas, correções, aprovação ou rejeição. A universidade, na figura de seu representante, atua não propriamente como um coordenador, mas sim como um catalisador ou alavancador. O público é heterogêneo: juizes, bombeiros, líderes comunitárias de Pastorias, professores, industriais, sindicalistas, odontolandos, operários, aposentados, filantropos, etc... A cada reunião o grupo cresce e deve haver sempre abertura para a inclusão de novos membros. Pode haver em certos casos, a divisão em grupos temáticos, porém todos são cientificados do que acontece. Universitários, idealistas e camadas populares são geralmente entusiastas, porém grandes obstáculos para a operacionalização encontram-se em diversos departamentos-feudos. Benefícios: a Universidade apenas gasta o tempo do docente e a comunidade pode dar forma e vida a dezenas de projetos que podem melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas que estão fora do processo produtivo. |
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O público alvo constitui-se de: famílias e/ou adolescentes que vivem, perambulando e/ou trabalham na rua, adolescentes de camadas populares em geral, adolescentes infratores, adolescentes ligados a organizações culturais, religiosas e rede de escolas, crianças e adolescentes órfãos ou abandonados, adolescentes dependentes de drogas, adolescentes de famílias de bóia-frias, crianças de camadas populares. Nesse espaço democrático, comunitário, as diversas atividades são realizadas após ampla discussão de projetos em rede a saber: (alguns exemplos). Pastoral da Criança: elaborou-se projeto de ação odontológica, para complementar as ações básicas de saúde. Após o projeto piloto, espera-se atender a médio prazo as crianças de 0-3 anos assistidas pela Pastoral na Diocese de Araçatuba (A Pastoral tem convênio com a UNICEF e foi indicada para o Nobel da Paz). 2ª Vara de Justiça: projeto para encarcerados, egressos e suas famílias. Corpo de Bombeiros: assistência à infância e capacitação de adolescentes. Ave Cristo: recuperação de dependentes químicos. Escola de 1º Grau: informatização de sala de aula. Sindicato de cargas: curso de motorista profissional, com recursos do FAT, para adolescentes desempregados. Sindicato de Indústrias do Vestuário: cursos de capacitação na área calçadista (recursos das indústrias e do FAT). Há também voluntários que prestam serviços na área de rastreamento das fontes financiadoras e estão em andamento parcerias com o SESC, SENAC, SENAI e indústrias. Estratégia para a formalização dos diversos projetos: em reuniões conjuntas com líderes comunitários, são discutidas amplamente as diversas idéias. Para cada idéia, levantam-se dezenas de hipóteses iniciais. A seguir, em reuniões subsequentes apresenta-se um anteprojeto para análise, emendas, correções, aprovação ou rejeição. A universidade, na figura de seu representante, atua não propriamente como um coordenador, mas sim como um catalisador ou alavancador. O público é heterogêneo: juizes, bombeiros, líderes comunitárias de Pastorias, professores, industriais, sindicalistas, odontolandos, operários, aposentados, filantropos, etc... A cada reunião o grupo cresce e deve haver sempre abertura para a inclusão de novos membros. Pode haver em certos casos, a divisão em grupos temáticos, porém todos são cientificados do que acontece. Universitários, idealistas e camadas populares são geralmente entusiastas, porém grandes obstáculos para a operacionalização encontram-se em diversos departamentos-feudos. Benefícios: a Universidade apenas gasta o tempo do docente e a comunidade pode dar forma e vida a dezenas de projetos que podem melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas que estão fora do processo produtivo.Universidade Estadual Paulista (UNESP)Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia (FOA), Departamento de Ciências Básicas, Araçatuba, SPUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Odontologia (FOA), Departamento de Ciências Básicas, Araçatuba, SPUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Garcia, Wilson Galhego [UNESP]2017-01-18T15:22:14Z2017-01-18T15:22:14Z2001info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjecthttp://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/1__Congresso/Sa_de_e_Qualidade_de_Vida/Trabalho19.htmhttp://hdl.handle.net/11449/1480597844658853315755PROEXreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCongresso de Extensão Universitáriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-19T14:03:24Zoai:repositorio.unesp.br:11449/148059Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-19T14:03:24Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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