Centralidades segmentadas: os shopping centers da cidade de São José do Rio Preto/SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Luiz Henrique Mateus [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/136445
Resumo: Passando a fazer parte das cidades brasileiras entre as décadas de 1960 e 1970, os shopping centers se tornaram comuns no país com o passar dos anos, representando uma forma de afastamento das classes que dispõem de um maior poder aquisitivo visando manter à distância os “indesejados”, ou seja, das classes que vivem de uma renda inferior e com isso não tem condições de consumir em espaços de consumo com estrutura semelhante. Esses empreendimentos cercados por muros e constantemente vigiados por seguranças treinados ou por câmeras passam a sensação de segurança que as pessoas necessitam dia a dia, e isso resulta da exclusão dos desprivilegiados, a quem eles consideram como perigosos para o convívio. Os shopping representam também, após a sua instalação, o surgimento de novas centralidades nas cidades, sendo que atraem a atenção de novos comerciantes para áreas das cidades. Porém, com o tempo eles podem representar a desvalorização dos centros tradicionais, que perdem o seu valor, bem como o surgimento espaços de consumo orientados e que orientam a segmentação social. Nesta dissertação, analisamos a centralidade gerada a partir dos cinco shopping centers – Riopreto Shopping, Praça Shopping, Plaza Avenida Shopping, Shopping Cidade Norte e Iguatemi Rio Preto – de São José do Rio Preto/SP, revelando as articulações entre as escalas geográficas no âmbito da produção do espaço urbano, assim como as lógicas locacionais que orientam a implantação desses empreendimentos em cidades médias, buscando identificar sua relação com o segmento socioeconômico a que se direcionam e os impactos gerados inclusive na escala intraurbana. Com o primeiro shopping center sendo inaugurado em 1988, esse modelo de empreendimento impulsionou, em São José do Rio Preto, o desenvolvimento de novas centralidades na cidade, atraindo para o seu interior, consumidores não só locais, mas também oriundos de outras cidades inclusive de estados vizinhos a São Paulo.
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