Desenvolvimento pós-seminal de espécies de Poaceae (Poales)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nakamura, Adriana Tiemi [UNESP]
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Scatena, Vera Lucia [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062009000100023
http://hdl.handle.net/11449/20260
Resumo: O presente estudo objetivou verificar a existência de um padrão do desenvolvimento pós-seminal em Poaceae. Para tanto, foram estudadas as seguintes espécies: Olyra humilis Nees (Bambusoideae); Axonopus aureus P. Beauv. e Paspalum polyphyllum Nees ex Trin. (Panicoideae); Chloris elata Nees e Eragrostis solida Desv. (Chloridoideae). Procurou-se também comparar as estruturas da plântula de Poaceae com as demais monocotiledôneas. As espécies estudadas são plantas perenes, rizomatosas, cespitosas e apresentam cariopses de tamanhos diferentes. Apresentam sementes albuminosas; embrião lateral, diferenciado, com raiz endógena (adventícia); cotilédone dividido em hiperfilo (escutelo), bainha reduzida e hipofilo (coleóptilo); coleorriza (raiz primária reduzida) e mesocótilo (eixo localizado entre o escutelo e coleóptilo). A presença de epiblasto (folha embrionária) foi observada em Olyra humilis, Chloris elata e Eragrostis solida. O desenvolvimento pós-seminal é semelhante nas espécies estudadas e forma um padrão em Poaceae. Primeiramente, observa-se a emissão da coleorriza, que cresce no sentido geotrópico positivo, seguida do coleóptilo e plúmula que crescem em sentido contrário, a partir do desenvolvimento do mesocótilo. As primeiras folhas são semelhantes às folhas definitivas (metafilos) das espécies, exceto em Olyra humilis, que são modificadas em catafilos e podem ser interpretadas como caráter basal em Bambusoideae. Raiz primária reduzida (coleorriza) e hipofilo modificado em coleóptilo são considerados caracteres derivados em Poaceae, quando comparados com as demais monocotiledôneas.
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