Tenoplastia experimental do calcâneo em cães com peritônio bovino conservado em glicerina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0103-84781999000400021 http://hdl.handle.net/11449/2904 |
Resumo: | No presente estudo, avaliou-se a eficácia do emprego do peritônio bovino, conservado em glicerina a 98%, no reparo de lesões induzidas no tendão calcâneo (TC) de cães, quando um fragmento de aproximadamente 1cm do TC foi excisado e o espaço resultante preenchido por um fragmento de peritônio. Foram utilizados 21 cães, pesando entre 10 e 15kg, divididos em 7 grupos de 3, sacrificados aos 02, 07, 15, 30, 60, 90 e 120 dias de pós-operatório. Analisaram-se os aspectos clínico-cirúrgicos referentes à recuperação funcional motora, bem como, a integração do peritônio com o tecido tendíneo mediante avaliação macroscópica, por microscopia óptica e por microscopia eletrônica de varredura. Clinicamente, verificou-se que, por volta do 55º dia de pós-operatório, os animais já apresentavam deambulação normal e que o neotendão apresentou resistência suficiente para suportar o estresse normalmente aplicado ao TC. Microscopicamente, o peritônio implantado esteve presente em todos os períodos de observação. Proliferação fibroblástica e neoformação vascular foram observadas de forma incipiente no segundo dia; entretanto, no sétimo dia de pós-operatório, esta condição foi exacerbada. Com a evolução, as fibras de peritônio tendiam a se dissociar, entrando em estreita associação com fibras conjuntivas, fibroblastos e colágeno. Aos 30, 60, 90 e 120 dias de pós-operatório, notava-se maior presença de colágeno que se tornava cada vez mais organizado. Concluiu-se que o peritônio estimulou uma rápida deposição de tecido conjuntivo com mínima reação inflamatória, sendo incorporado ao tecido cicatricial e servindo como alicerce para o desenvolvimento de um novo tecido, restabelecendo assim a estrutura do tendão. |
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Tenoplastia experimental do calcâneo em cães com peritônio bovino conservado em glicerinaExperimental calcaneal tenoplasty in dogs with bovine peritoneum conserved in glycerolSurgerycalcaneal tendonDogPeritoneumCirurgiatendão calcâneoCãoPeritônioNo presente estudo, avaliou-se a eficácia do emprego do peritônio bovino, conservado em glicerina a 98%, no reparo de lesões induzidas no tendão calcâneo (TC) de cães, quando um fragmento de aproximadamente 1cm do TC foi excisado e o espaço resultante preenchido por um fragmento de peritônio. Foram utilizados 21 cães, pesando entre 10 e 15kg, divididos em 7 grupos de 3, sacrificados aos 02, 07, 15, 30, 60, 90 e 120 dias de pós-operatório. Analisaram-se os aspectos clínico-cirúrgicos referentes à recuperação funcional motora, bem como, a integração do peritônio com o tecido tendíneo mediante avaliação macroscópica, por microscopia óptica e por microscopia eletrônica de varredura. Clinicamente, verificou-se que, por volta do 55º dia de pós-operatório, os animais já apresentavam deambulação normal e que o neotendão apresentou resistência suficiente para suportar o estresse normalmente aplicado ao TC. Microscopicamente, o peritônio implantado esteve presente em todos os períodos de observação. Proliferação fibroblástica e neoformação vascular foram observadas de forma incipiente no segundo dia; entretanto, no sétimo dia de pós-operatório, esta condição foi exacerbada. Com a evolução, as fibras de peritônio tendiam a se dissociar, entrando em estreita associação com fibras conjuntivas, fibroblastos e colágeno. Aos 30, 60, 90 e 120 dias de pós-operatório, notava-se maior presença de colágeno que se tornava cada vez mais organizado. Concluiu-se que o peritônio estimulou uma rápida deposição de tecido conjuntivo com mínima reação inflamatória, sendo incorporado ao tecido cicatricial e servindo como alicerce para o desenvolvimento de um novo tecido, restabelecendo assim a estrutura do tendão.The purpose of this study was to evaluate experimentally the efficacy of the use of bovine peritoneum conserved in 98% glycerin to reconstruct calcaneal tendon lesions induced in dogs. Twenty one mongrel dogs, weighing between 10-15kg were used and divided in seven diferents groups, Post-.mortem evaluation was made on days 02, 07, 15, 30, 60, 90 and 120 after surgery. The animals had a 1cm segmental defect created on the calcaneal tendon which was then repaired with the graft. After removal of the segment of the calcaneal tendon the resultant gap was filled with the graft wrapped around the edges in a circunferencial manner then sutured into place with 4-0 mononylon. Fifty five days later animals were presenting weight bearing on the operated limb and with no signs of lammenes. Microscopical findings revealed the presence of the bovine peritoneum graft during the whole experiment. Mininal capillary and fibroblastic proliferation was observed on the second day post-op which was increased after seven days. By the 15º day post-op, fibroblastic proliferation, colagen and connective tissue fibres were observed in the graft. At the final stage, the graft appeared as a relatively mature tendon characterized by connective tissue organization orienteded longitudinaly. The graft stimulated a fast local inflammation and deposit of connective tissue and served as a scaffold for a new tendon-like tissue formation.Universidade Federal da Paraíba Centro de Saúde e Tecnologia Rural Departamento de Clínicas VeterináriasUniversidade Estadual de São Paulo Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária de Jaboticabal Departamento de Clínica e Cirurgia VeterináriaUniversidade Estadual de São Paulo Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária de Jaboticabal Departamento de Patologia VeterináriaUniversidade de Marília Departamento de Clínica e Cirurgia VeterináriaUniversidade Federal de Santa Maria (UFSM)Universidade Federal da Paraíba (UFPB)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade de Marília (UNIMAR)Costa Neto, João Moreira daDaleck, Carlos Roberto [UNESP]Alessi, Antonio Carlos [UNESP]Braccialli, Celso Sanches2014-05-20T13:15:52Z2014-05-20T13:15:52Z1999-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article697-703application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0103-84781999000400021Ciência Rural. Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), v. 29, n. 4, p. 697-703, 1999.0103-8478http://hdl.handle.net/11449/290410.1590/S0103-84781999000400021S0103-84781999000400021S0103-84781999000400021.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporCiência Rural0.5250,337info:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-22T06:23:01Zoai:repositorio.unesp.br:11449/2904Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-22T06:23:01Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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No presente estudo, avaliou-se a eficácia do emprego do peritônio bovino, conservado em glicerina a 98%, no reparo de lesões induzidas no tendão calcâneo (TC) de cães, quando um fragmento de aproximadamente 1cm do TC foi excisado e o espaço resultante preenchido por um fragmento de peritônio. Foram utilizados 21 cães, pesando entre 10 e 15kg, divididos em 7 grupos de 3, sacrificados aos 02, 07, 15, 30, 60, 90 e 120 dias de pós-operatório. Analisaram-se os aspectos clínico-cirúrgicos referentes à recuperação funcional motora, bem como, a integração do peritônio com o tecido tendíneo mediante avaliação macroscópica, por microscopia óptica e por microscopia eletrônica de varredura. Clinicamente, verificou-se que, por volta do 55º dia de pós-operatório, os animais já apresentavam deambulação normal e que o neotendão apresentou resistência suficiente para suportar o estresse normalmente aplicado ao TC. Microscopicamente, o peritônio implantado esteve presente em todos os períodos de observação. Proliferação fibroblástica e neoformação vascular foram observadas de forma incipiente no segundo dia; entretanto, no sétimo dia de pós-operatório, esta condição foi exacerbada. Com a evolução, as fibras de peritônio tendiam a se dissociar, entrando em estreita associação com fibras conjuntivas, fibroblastos e colágeno. Aos 30, 60, 90 e 120 dias de pós-operatório, notava-se maior presença de colágeno que se tornava cada vez mais organizado. Concluiu-se que o peritônio estimulou uma rápida deposição de tecido conjuntivo com mínima reação inflamatória, sendo incorporado ao tecido cicatricial e servindo como alicerce para o desenvolvimento de um novo tecido, restabelecendo assim a estrutura do tendão. |
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