Avaliação da qualidade do transporte inter-hospitalar e o perfil dos recém-nascidos transportados
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/157324 |
Resumo: | Introdução: O transporte inter-hospitalar de recém-nascidos (RN) para centros terciários muitas vezes é inevitável e está associado a maior o risco para morbidades e para o óbito. A hipótese deste estudo é de que os transportes realizados na região estejam ocorrendo de forma inadequada, piorando o prognóstico dos RN transportados. Objetivos: Determinar o perfil dos RN transportados, avaliar a adequação dos transportes e calcular os escores de risco TRIPS e Ca-TRIPS, correlacionando-os com o risco de óbito e hemorragia peri-intraventricular (HPIV), na primeira semana pós-transporte. Metodologia: Estudo prospectivo de corte transversal, realizado de junho 2014 a dezembro de 2017, incluindo todos os RN submetidos a transporte e internados na Unidade Neonatal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, sem exclusão. As variáveis avaliadas foram: peso ao nascer (PN), idade gestacional (IG), sexo, tipo de parto, apgar, necessidade de reanimação em sala de parto, indicação da transferência, utilização de incubadora apropriada, presença de acesso venoso, drogas e fluidos utilizados, suporte respiratório, tempo de vida à internação, temperatura axilar, padrão respiratório, pressão arterial, uso de drogas vasoativas, estado neurológico e valores dos escores de risco à internação. Os pacientes foram acompanhados na primeira semana pós-transporte em relação à evolução para HPIV ou óbito. Resultados apresentados em tabelas de frequência, com cálculo das médias e desvio padrão ou medianas e percentis; calculados os valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo para os escores. Teste do qui-quadrado foi utilizado no estudo das associações e realizado cálculo do risco relativo para análise dos desfechos (α=0,05). Resultados: Foram estudados 271 RN, a maioria nascidos a termo (medianas de peso: 2975g e IG: 38 semanas). Quase 30% dos pacientes foram transportados da própria cidade de Botucatu, porém 7,7% percorreram distâncias maiores que 150km. O transporte foi inadequado em 86% dos casos: sem incubadora de transporte: 26%; sem acesso venoso: 38%; sem infusão de fluidos: 40%; distermia: 53%; hipo ou hiperglicemia: 33%; hipoxemia: 20%; hipotensão: 19%; bradicardia: 3%. Os valores do TRIPS variaram de 0-65 (mediana: 6) e Ca-TRIPS de 0-60 (mediana: 20) e 31% dos RN apresentaram TRIPS ≥ 10. Valores de TRIPS ≥ 10 foram observados em 27% dos recém-nascidos a termo (RNT) vs 40% dos prematuros (PT) (P=0,04). TRIPS ≥ 10 aumentou o risco de HPIV entre os PT (R.R. = 4,04 - IC95%: 1,23-13,29 – P = 0,023) e o risco de morte entre todos os RN (R.R. = 7,45 - IC95%: 2,87-19,52 - P < 0,001). RN com Ca-TRIPS ≥ 20,5, apresentaram maior risco de morte (R.R. = 13,3 - IC95%: 4,05-43,81 - P < 0,001). Ambos os escores apresentaram valores preditivos positivos e negativos semelhantes. Conclusão: O transporte foi inadequado na maioria dos casos. Embora apenas 30% dos RN tenham sido PT, estes apresentaram valores mais altos de TRIPS e Ca-TRIPS, em comparação aos RNT. Pacientes com escores de risco mais elevados apresentaram maior riscos de óbito e HPIV. |
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Avaliação da qualidade do transporte inter-hospitalar e o perfil dos recém-nascidos transportadosAssessment of inter-hospital transport quality and the profile of transportes newbornstransporte de pacientesrecém-nascidoescore de riscomortalidade neonataltransport of patientsnewbornrisk scoreneonatal mortalityIntrodução: O transporte inter-hospitalar de recém-nascidos (RN) para centros terciários muitas vezes é inevitável e está associado a maior o risco para morbidades e para o óbito. A hipótese deste estudo é de que os transportes realizados na região estejam ocorrendo de forma inadequada, piorando o prognóstico dos RN transportados. Objetivos: Determinar o perfil dos RN transportados, avaliar a adequação dos transportes e calcular os escores de risco TRIPS e Ca-TRIPS, correlacionando-os com o risco de óbito e hemorragia peri-intraventricular (HPIV), na primeira semana pós-transporte. Metodologia: Estudo prospectivo de corte transversal, realizado de junho 2014 a dezembro de 2017, incluindo todos os RN submetidos a transporte e internados na Unidade Neonatal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, sem exclusão. As variáveis avaliadas foram: peso ao nascer (PN), idade gestacional (IG), sexo, tipo de parto, apgar, necessidade de reanimação em sala de parto, indicação da transferência, utilização de incubadora apropriada, presença de acesso venoso, drogas e fluidos utilizados, suporte respiratório, tempo de vida à internação, temperatura axilar, padrão respiratório, pressão arterial, uso de drogas vasoativas, estado neurológico e valores dos escores de risco à internação. Os pacientes foram acompanhados na primeira semana pós-transporte em relação à evolução para HPIV ou óbito. Resultados apresentados em tabelas de frequência, com cálculo das médias e desvio padrão ou medianas e percentis; calculados os valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo para os escores. Teste do qui-quadrado foi utilizado no estudo das associações e realizado cálculo do risco relativo para análise dos desfechos (α=0,05). Resultados: Foram estudados 271 RN, a maioria nascidos a termo (medianas de peso: 2975g e IG: 38 semanas). Quase 30% dos pacientes foram transportados da própria cidade de Botucatu, porém 7,7% percorreram distâncias maiores que 150km. O transporte foi inadequado em 86% dos casos: sem incubadora de transporte: 26%; sem acesso venoso: 38%; sem infusão de fluidos: 40%; distermia: 53%; hipo ou hiperglicemia: 33%; hipoxemia: 20%; hipotensão: 19%; bradicardia: 3%. Os valores do TRIPS variaram de 0-65 (mediana: 6) e Ca-TRIPS de 0-60 (mediana: 20) e 31% dos RN apresentaram TRIPS ≥ 10. Valores de TRIPS ≥ 10 foram observados em 27% dos recém-nascidos a termo (RNT) vs 40% dos prematuros (PT) (P=0,04). TRIPS ≥ 10 aumentou o risco de HPIV entre os PT (R.R. = 4,04 - IC95%: 1,23-13,29 – P = 0,023) e o risco de morte entre todos os RN (R.R. = 7,45 - IC95%: 2,87-19,52 - P < 0,001). RN com Ca-TRIPS ≥ 20,5, apresentaram maior risco de morte (R.R. = 13,3 - IC95%: 4,05-43,81 - P < 0,001). Ambos os escores apresentaram valores preditivos positivos e negativos semelhantes. Conclusão: O transporte foi inadequado na maioria dos casos. Embora apenas 30% dos RN tenham sido PT, estes apresentaram valores mais altos de TRIPS e Ca-TRIPS, em comparação aos RNT. Pacientes com escores de risco mais elevados apresentaram maior riscos de óbito e HPIV.Introduction: Interhospital transport of newborns (NB) to tertiary centers is often unavoidable and associated with greater risk for morbidity and death. The hypothesis of this study is that transport in the region is occurring inadequately, worsening the prognosis of the transported NB. Objectives: To determine the profile of the transported NB, to assess the adequacy of the transports and to calculate the TRIPS and Ca-TRIPS risk scores, correlating them with the risk of death and peri-intraventricular hemorrhage (PIVH) in the first week after transport. Methods: Prospective cross-sectional study, carried out from June 2014 to December 2017, including all NB submitted to transportation and hospitalized at the Neonatal Unit of the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, without exclusion. The variables evaluated were: birth weight, gestational age, sex, type of delivery, apgar, need for resuscitation in the delivery room, indication of transference, use of appropriate incubator, presence of venous access, drugs and blood flow used, respiratory support, age at admission, axillary temperature, breathing pattern, blood pressure, use of vasoactive drugs, neurological status, and values of risk scores at the time of admission. Patients were followed in the first post-transport week in relation to the progression to PIVH or death. Results presented in frequency tables, with calculation of means and standard deviation or medians and percentiles; values of sensitivity, specificity, positive predictive value and negative predictive value were calculated for the scores. Chi-square test was used in the study of associations and relative risk (RR) was calculated for the analysis of the outcomes (α=0.05). Results: We studied 271 newborns most born at term (medians weight: 2975g and gestacional age: 38 weeks). Almost 30% of the patients were transported from the city of Botucatu, but 7,7% traveled more than 150km. Transport was inadequate in 86% of cases: without transport incubator: 26%; without venous access: 38%; without fluid infusion: 40%; dysthermia: 53%; hypo or hyperglycemia: 33%; hypoxemia: 20%; hypotension: 19%; bradycardia: 3%. The TRIPS values ranged from 0-65 (median: 6) and Ca-TRIPS from 0-60 (median: 20) and 31% from the NB presented TRIPS ≥10. TRIPS values ≥ 10 were observed in 27% of the full-term newborn vs. 40% of preterm (P = 0.04). TRIPS ≥ 10 increased the risk of PIVH among premature infants (RR = 4.04 - 95% CI: 1.23-13.29 - P = 0.023) and the risk of death among all NB (RR=7,45 – IC95%: 2.87-19.52 - P <0.001). NB with Ca-TRIPS ≥ 20.5 presented higher risk of death (RR=13.3 - 95% CI: 4.05-43.81 - P <0.001). Both scores had similar positive and negative predictive values. Conclusion: Transportation was inadequate in most cases. Although only 30% of the newborns were preterm infants, they presented higher values of TRIPS and Ca-TRIPS compared to the full-term newborns. Patients with higher risk scores had a higher risk of death and PIVH.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lyra, João Cesar [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Nogueira, Marina Lucchini Pontes2018-10-16T12:58:11Z2018-10-16T12:58:11Z2018-09-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15732400090902433004064088P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-03T18:52:11Zoai:repositorio.unesp.br:11449/157324Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T18:52:11Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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