Comparação das avaliações histológica, clínica e por meio de exames de imagens da qualidade óssea da região maxilomandibular para a instalação de implantes dentários
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/149994 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade óssea das diferentes regiões alveolares da maxila e da mandíbula por meio da classificação óssea proposta por Leckholm e Zarb (1985) (L & Z), radiografias panorâmicas e periapicais, quociente de estabilidade do implante (ISQ), torque de inserção (TI), microtomografia computadorizada (micro-CT) e histomorfometria. Como objetivo secundário, foi avaliada a correlação entre os diversos métodos citados acima. Foram avaliadas 60 áreas edêntulas, sendo 15 áreas de cada quadrante da maxila e da mandíbula. A qualidade óssea tipo III foi a mais frequente na maxila posterior (73,33%) e anterior (73,33%), já a tipo II foi mais frequente na mandíbula posterior (53,33%) e anterior (60,00%). Foi observada uma diferença estatisticamente significante na densidade óssea óptica avaliada por meio de radiografias periapicais na região posterior da maxila (2,38±1,06) e posterior da mandíbula (3,84±0,68), em relação às demais regiões alveolares avaliadas (p≤0,015). Nas radiografias panorâmicas não foram observadas diferenças entre a densidade óptica das regiões alveolares (p=0,6322). A estabilidade inicial dos implantes instalados na região posterior da maxila foi estatisticamente diferente dos instalados na região posterior da mandíbula, tanto na avaliação por meio do TI como por meio do ISQ (p<0,05). Também foi possível detectar diferenças na qualidade óssea das regiões alveolares da maxila e da mandíbula por meio de vários parâmetros da micro-CT (BV, p≤0,002; BV/BT, p≤0,044; BS, p<0,027; BS/BV, p<0,05; BS/TV, p<0,05; Tb.N, p<0,01 e Tb.Sp, p<0,05). Por meio da histometria foi verificada diferença estatística na quantidade de tecido ósseo da região posterior da maxila em relação a região anterior e posterior da mandíbula (p≤0,043). Entretanto, não houve diferenças na contagem de osteócitos entre as regiões alveolares (p=0,2946). Quanto à análise de correlação, a densidade óssea óptica avaliada por meio das radiografias periapicais correlacionou-se com o TI, com o ISQ e com vários parâmetros da micro-CT (BV, BV/BT, Tb.Th, Tb.N, BS/BV, Tb.Pf e ISM) (rho≤0,471; p≤0,028). Entretanto, a radiografia panorâmica apresentou apenas correlação com a BS e a BS/TV (rho≤0,290; p≤0,031). O TI apresentou correlação com o ISQ, histometria e vários parâmetros da micro-CT (BV, BS/TV, Tb.Th, Tb.N, BS/BV, Tb.Pf, Tb.Sp, BV/BT) (rho≤0,550; p≤0,022). Em contrapartida, o ISQ não apresentou correlação com nenhum parâmetro da micro-CT. A classificação de L & Z mostrou correlação com a densidade óptica avaliada por meio das radiografias periapicais, histometria, contagem de osteócitos, TI e vários parâmetros da micro-CT (BS/BV, Tb.Sp, Tb.Pf, BV, BS/TV, Tb.Th, Tb.N) (rho≤0,344; p≤0,042). Esses resultados sugerem que a classificação óssea de L & Z e o TI podem ser considerados métodos confiáveis na avaliação da qualidade óssea. As radiografias periapicais são um método aceitável na avaliação da qualidade óssea. A radiografia panorâmica, por sua vez, não se mostrou um método confiável para a avaliação da qualidade óssea. |
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Comparação das avaliações histológica, clínica e por meio de exames de imagens da qualidade óssea da região maxilomandibular para a instalação de implantes dentáriosComparison of histological, clinical and imaging evaluations of the bone quality of different maxillomandibular regions for placement of dental implantsImplantes dentáriosOsso e ossosDensidade ósseaO presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade óssea das diferentes regiões alveolares da maxila e da mandíbula por meio da classificação óssea proposta por Leckholm e Zarb (1985) (L & Z), radiografias panorâmicas e periapicais, quociente de estabilidade do implante (ISQ), torque de inserção (TI), microtomografia computadorizada (micro-CT) e histomorfometria. Como objetivo secundário, foi avaliada a correlação entre os diversos métodos citados acima. Foram avaliadas 60 áreas edêntulas, sendo 15 áreas de cada quadrante da maxila e da mandíbula. A qualidade óssea tipo III foi a mais frequente na maxila posterior (73,33%) e anterior (73,33%), já a tipo II foi mais frequente na mandíbula posterior (53,33%) e anterior (60,00%). Foi observada uma diferença estatisticamente significante na densidade óssea óptica avaliada por meio de radiografias periapicais na região posterior da maxila (2,38±1,06) e posterior da mandíbula (3,84±0,68), em relação às demais regiões alveolares avaliadas (p≤0,015). Nas radiografias panorâmicas não foram observadas diferenças entre a densidade óptica das regiões alveolares (p=0,6322). A estabilidade inicial dos implantes instalados na região posterior da maxila foi estatisticamente diferente dos instalados na região posterior da mandíbula, tanto na avaliação por meio do TI como por meio do ISQ (p<0,05). Também foi possível detectar diferenças na qualidade óssea das regiões alveolares da maxila e da mandíbula por meio de vários parâmetros da micro-CT (BV, p≤0,002; BV/BT, p≤0,044; BS, p<0,027; BS/BV, p<0,05; BS/TV, p<0,05; Tb.N, p<0,01 e Tb.Sp, p<0,05). Por meio da histometria foi verificada diferença estatística na quantidade de tecido ósseo da região posterior da maxila em relação a região anterior e posterior da mandíbula (p≤0,043). Entretanto, não houve diferenças na contagem de osteócitos entre as regiões alveolares (p=0,2946). Quanto à análise de correlação, a densidade óssea óptica avaliada por meio das radiografias periapicais correlacionou-se com o TI, com o ISQ e com vários parâmetros da micro-CT (BV, BV/BT, Tb.Th, Tb.N, BS/BV, Tb.Pf e ISM) (rho≤0,471; p≤0,028). Entretanto, a radiografia panorâmica apresentou apenas correlação com a BS e a BS/TV (rho≤0,290; p≤0,031). O TI apresentou correlação com o ISQ, histometria e vários parâmetros da micro-CT (BV, BS/TV, Tb.Th, Tb.N, BS/BV, Tb.Pf, Tb.Sp, BV/BT) (rho≤0,550; p≤0,022). Em contrapartida, o ISQ não apresentou correlação com nenhum parâmetro da micro-CT. A classificação de L & Z mostrou correlação com a densidade óptica avaliada por meio das radiografias periapicais, histometria, contagem de osteócitos, TI e vários parâmetros da micro-CT (BS/BV, Tb.Sp, Tb.Pf, BV, BS/TV, Tb.Th, Tb.N) (rho≤0,344; p≤0,042). Esses resultados sugerem que a classificação óssea de L & Z e o TI podem ser considerados métodos confiáveis na avaliação da qualidade óssea. As radiografias periapicais são um método aceitável na avaliação da qualidade óssea. A radiografia panorâmica, por sua vez, não se mostrou um método confiável para a avaliação da qualidade óssea.This study aimed to evaluate the bone quality of the different alveolar regions of the maxilla and mandible through of the classification proposed by Leckholm e Zarb (1985) (L & Z), panoramic and periapical radiographs, implant stability quotient (ISQ), insertion torque (IT), microcomputed tomography (micro-CT) and histomorphometric analysis. The secondary objective was to evaluate the correlation between the several methods mentioned above. Sixty edentulous areas were evaluated, being 15 areas from each quadrant of the maxilla and mandible. The bone quality III was the most frequent in the posterior (73.33%) and anterior maxilla (73.33%) and quality II was the most frequent in the posterior (53.33%) and anterior (60.00%) mandible. A significant statistical difference was observed in the optical bone density evaluated through periapical radiographs of the posterior maxilla (2.38 ± 1.06) and posterior mandible (3.84 ± 0.68), in relation to the other alveolar regions (p≤0.015). With the panoramic radiograph no differences were observed between the optical density of the alveolar regions (p= 0.6322). The primary stability of the implants in the posterior maxilla was different from the posterior mandible, both in the evaluation through the TI and ISQ (p<0.05). It was possible to detect differences in the bone quality of the alveolar regions using several micro-CT parameters (BV, p≤0.002; BV/BT, p≤0.044; BS/TV, p <0.05; Tb.N, p<0.01 and Tb.Sp, p <0.05). With the histometry it was possible to detect difference in the amount of bone of the posterior maxilla in relation to the anterior and posterior mandible (p≤0,043). However, there were no differences in osteocyte counts between the alveolar regions (p=0.2946). Concerning the correlation analysis, the optical bone density evaluated by the periapical radiographs correlated with the TI, ISQ and various parameters of the micro-CT (BV, BV/BT, Tb.Th, Tb.N, BS/BV, Tb.Pf and ISM) (rho≤0.471, p≤0.028). In contrast, the ISQ did not correlate with any of the micro-CT parameters. The L & Z classification showed correlation with the optical density evaluated by periapical radiographs, histometry, osteocyte count, TI and several microCT parameters (BS/BV, Tb.Sp, Tb.Pf, BV, BS/TV, Tb.Th, Tb.N) (rho≤0.344; p≤0.042). Those results suggest that the L & Z bone classification and TI can be considered reliable methods for evaluating bone quality. Periapical radiographs are an acceptable method for assessing bone quality. The panoramic radiograph, on the other hand, is not a reliable method for evaluating bone quality.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2014/25253-1Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pereira Filho, Valfrido Antonio [UNESP]Gonçalves, Andréa [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Oliveira, Marina Reis [UNESP]2017-03-29T18:49:21Z2017-03-29T18:49:21Z2017-03-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/14999400088315233004030010P239339402578081823373230215078349porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-30T14:22:09Zoai:repositorio.unesp.br:11449/149994Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-30T14:22:09Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade óssea das diferentes regiões alveolares da maxila e da mandíbula por meio da classificação óssea proposta por Leckholm e Zarb (1985) (L & Z), radiografias panorâmicas e periapicais, quociente de estabilidade do implante (ISQ), torque de inserção (TI), microtomografia computadorizada (micro-CT) e histomorfometria. Como objetivo secundário, foi avaliada a correlação entre os diversos métodos citados acima. Foram avaliadas 60 áreas edêntulas, sendo 15 áreas de cada quadrante da maxila e da mandíbula. A qualidade óssea tipo III foi a mais frequente na maxila posterior (73,33%) e anterior (73,33%), já a tipo II foi mais frequente na mandíbula posterior (53,33%) e anterior (60,00%). Foi observada uma diferença estatisticamente significante na densidade óssea óptica avaliada por meio de radiografias periapicais na região posterior da maxila (2,38±1,06) e posterior da mandíbula (3,84±0,68), em relação às demais regiões alveolares avaliadas (p≤0,015). Nas radiografias panorâmicas não foram observadas diferenças entre a densidade óptica das regiões alveolares (p=0,6322). A estabilidade inicial dos implantes instalados na região posterior da maxila foi estatisticamente diferente dos instalados na região posterior da mandíbula, tanto na avaliação por meio do TI como por meio do ISQ (p<0,05). Também foi possível detectar diferenças na qualidade óssea das regiões alveolares da maxila e da mandíbula por meio de vários parâmetros da micro-CT (BV, p≤0,002; BV/BT, p≤0,044; BS, p<0,027; BS/BV, p<0,05; BS/TV, p<0,05; Tb.N, p<0,01 e Tb.Sp, p<0,05). Por meio da histometria foi verificada diferença estatística na quantidade de tecido ósseo da região posterior da maxila em relação a região anterior e posterior da mandíbula (p≤0,043). Entretanto, não houve diferenças na contagem de osteócitos entre as regiões alveolares (p=0,2946). Quanto à análise de correlação, a densidade óssea óptica avaliada por meio das radiografias periapicais correlacionou-se com o TI, com o ISQ e com vários parâmetros da micro-CT (BV, BV/BT, Tb.Th, Tb.N, BS/BV, Tb.Pf e ISM) (rho≤0,471; p≤0,028). Entretanto, a radiografia panorâmica apresentou apenas correlação com a BS e a BS/TV (rho≤0,290; p≤0,031). O TI apresentou correlação com o ISQ, histometria e vários parâmetros da micro-CT (BV, BS/TV, Tb.Th, Tb.N, BS/BV, Tb.Pf, Tb.Sp, BV/BT) (rho≤0,550; p≤0,022). Em contrapartida, o ISQ não apresentou correlação com nenhum parâmetro da micro-CT. A classificação de L & Z mostrou correlação com a densidade óptica avaliada por meio das radiografias periapicais, histometria, contagem de osteócitos, TI e vários parâmetros da micro-CT (BS/BV, Tb.Sp, Tb.Pf, BV, BS/TV, Tb.Th, Tb.N) (rho≤0,344; p≤0,042). Esses resultados sugerem que a classificação óssea de L & Z e o TI podem ser considerados métodos confiáveis na avaliação da qualidade óssea. As radiografias periapicais são um método aceitável na avaliação da qualidade óssea. A radiografia panorâmica, por sua vez, não se mostrou um método confiável para a avaliação da qualidade óssea. |
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