Duração da eclosão e temperatura de incubação sobre a qualidade dos pintos, seu desempenho e qualidade de carne

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Autor(a) principal: Matos Junior, João Batista [UNESP]
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/136435
Resumo: No presente estudo foi investigado se a duração da eclosão (período entre bicagem externa e saída da casca, DBE-SC), associado à temperatura de incubação (37,5 e 39ºC) na fase de desenvolvimento fetal, influencia: (i) a temperatura e espessura da casca e a perda de massa dos ovos, a qualidade e características sanguíneas dos pintos de corte machos na eclosão, (ii) a preferência térmica e resposta ao estresse por calor ao longo da criação, e (iii) e o desempenho e qualidade de carne, o que originou os Capítulos 2, 3, 4 e 5, respectivamente. No Capítulo 2, ovos férteis de matrizes de corte (Cobb® 500) foram utilizados em um delineamento experimental 2x2 (intervalo de tempo entre a bicagem externa e a saída da casca: curto e longo; temperatura de incubação: 37,5 e 39ºC, a partir do 13º dia de incubação). Alta temperatura diminuiu a duração da incubação, mas não alterou a taxa de eclosão e a qualidade dos pintos. Os valores de PvCO2, PvO2, TvCO2, SvO2, pH, BEecf, HCO3-, íons Na+, K+, glicose colesterol total, ureia, ácido úrico, triglicérides e proteína total no sangue não foram alterados pela incubação à 39ºC, mas o Hct, a HCM e a concentração de iCa foram maiores nos pintos de incubação à 39ºC do que à 37,5ºC. Os dados mostram que os pintos de corte respondem à alta temperatura de incubação e à longa duração do período de eclosão com ajustes hematológicos que aumentam seu potencial de troca gasosa, possibilitando a manutenção da taxa de eclosão e da sua qualidade. No capítulo 3 investigou se a duração do período entre bicagem externa e saída da casca (DBE-SC, curto e longo Cap 2) influencia o desempenho, rendimento e qualidade de carne dos frangos. A duração do período de eclosão não influenciou o ganho de peso, o consumo de ração e a conversão alimentar de 1-42 dias de idade, o peso corporal e o rendimento de carcaça e partes à idade de abate, exceção feita ao rendimento do dorso que foi maior nos frangos com curto do que longo período de eclosão. No que se refere à qualidade de carne, a DBE-SC não influenciou a perda por cocção, força de cisalhamento, pH, capacidade de perda água, índices de cor (L*, a* e b*) e tamanho das fibras musculares do peito dos frangos. Também não houve efeito da duração do período de eclosão sobre a força de cisalhamento, pH, índices de cor e tamanho das fibras musculares oxidativas de contração lenta e glicolíticas de contração rápida da sobre-coxa. Entretanto, pintos com longo DBE-SC apresentaram maior perda por cocção, capacidade de perda de água e tamanho das fibras oxidativas-glicolíticas de contração rápida. Os resultados mostram que duração do período de eclosão interfere na qualidade da carne da sobre-coxa, e que frangos com curto DBE-SC apresentam carne da sobrecoxa mais macia e suculenta que os frangos com longo DBE-SC. No Capítulo 4, também foi utilizado delineamento experimental similar ao do Capítulo 2. Pintos de ovos incubados à 37,5ºC e com curta DBE-SC preferiram temperatura ambiente mais baixa em todas as idades analisadas ao longo da criação (1, 7, 14, 21, 28, 35 dias), enquanto que os pintos oriundos de incubação à 39ºC e longa DBE-SC preferiram temperaturas mais elevadas a partir dos 21 dias de idade. Independentemente da DBE-SC e da temperatura de incubação, os frangos apresentaram aumento da frequência de movimentos respiratórios quando expostos à alta temperatura ambiente (2, 8, 15, 22, 29 e 36 dias de idade), conseguindo manter sua temperatura corporal em todas as idades. Tais resultados mostram que a DBE-SC associados ou não à alta temperatura de incubação influencia a preferência térmica dos frangos durante todo o período de criação, mas não sua resposta ao calor. No Capítulo 5 analisou se a duração do período entre bicagem externa e saída da casca (DBE-SC, curto e longo Cap 2), e a temperatura de criação (recomendada para a linhagem e preferida pelas aves no teste de preferência Cap 4) interferem no desempenho, rendimento e qualidade de carne de frangos de corte. Frangos com curta e longa DBE-SC criados na temperatura recomendada para a linhagem apresentaram peso corporal, ganho de peso e conversão alimentar similares aos 42 dias de idade; todavia, frangos com longa DBE-SC criados na temperatura recomendada e de preferência consumiram menos ração do que os frangos com curta DBE-SC o que resultou um menor ganho de peso e peso corporal aos 42 dias de idade. O melhor desempenho dos frangos com curta DBE-SC sob temperatura de preferência resultou em maior peso do peito do que nos frangos com longa DBE-SC também criados na preferência térmica. A perda por cocção, força de cisalhamento, pH, índices L*, a* e b* e tamanho das fibras musculares da carne do peito dos frangos não influenciadas pela DBE-SC e a TC, contudo, a capacidade de retenção de água foi menor nos frangos com curta DBE-SC criados na temperatura recomendada para a linhagem do que nos frangos com longa DBE-SC criados na mesma condição térmica e do que nos frangos com curta DBE-SC criados na temperatura de preferência. No que se refere à qualidade da carne da sobrecoxa entre frangos com a mesma DBE-SC criados em temperaturas diferentes, verifica-se aumento da rigidez e diminuição da maciez da carne dos frangos com curta DBE-SC quando estes são criados na temperatura de preferência. Os dados do presente relatório mostram que duração do período de eclosão interfere no desempenho, rendimento de carcaça e cortes, e na qualidade da carne do peito e sobrecoxa dos frangos.
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spelling Duração da eclosão e temperatura de incubação sobre a qualidade dos pintos, seu desempenho e qualidade de carneHatching duration and incubation temperature on the quality of chicks, its performance and meat qualityDesempenhoDuração da incubaçãoEstresse por calorFrangos de corteSangueBloodBroilerHeat stressIncubation durationPerformanceNo presente estudo foi investigado se a duração da eclosão (período entre bicagem externa e saída da casca, DBE-SC), associado à temperatura de incubação (37,5 e 39ºC) na fase de desenvolvimento fetal, influencia: (i) a temperatura e espessura da casca e a perda de massa dos ovos, a qualidade e características sanguíneas dos pintos de corte machos na eclosão, (ii) a preferência térmica e resposta ao estresse por calor ao longo da criação, e (iii) e o desempenho e qualidade de carne, o que originou os Capítulos 2, 3, 4 e 5, respectivamente. No Capítulo 2, ovos férteis de matrizes de corte (Cobb® 500) foram utilizados em um delineamento experimental 2x2 (intervalo de tempo entre a bicagem externa e a saída da casca: curto e longo; temperatura de incubação: 37,5 e 39ºC, a partir do 13º dia de incubação). Alta temperatura diminuiu a duração da incubação, mas não alterou a taxa de eclosão e a qualidade dos pintos. Os valores de PvCO2, PvO2, TvCO2, SvO2, pH, BEecf, HCO3-, íons Na+, K+, glicose colesterol total, ureia, ácido úrico, triglicérides e proteína total no sangue não foram alterados pela incubação à 39ºC, mas o Hct, a HCM e a concentração de iCa foram maiores nos pintos de incubação à 39ºC do que à 37,5ºC. Os dados mostram que os pintos de corte respondem à alta temperatura de incubação e à longa duração do período de eclosão com ajustes hematológicos que aumentam seu potencial de troca gasosa, possibilitando a manutenção da taxa de eclosão e da sua qualidade. No capítulo 3 investigou se a duração do período entre bicagem externa e saída da casca (DBE-SC, curto e longo Cap 2) influencia o desempenho, rendimento e qualidade de carne dos frangos. A duração do período de eclosão não influenciou o ganho de peso, o consumo de ração e a conversão alimentar de 1-42 dias de idade, o peso corporal e o rendimento de carcaça e partes à idade de abate, exceção feita ao rendimento do dorso que foi maior nos frangos com curto do que longo período de eclosão. No que se refere à qualidade de carne, a DBE-SC não influenciou a perda por cocção, força de cisalhamento, pH, capacidade de perda água, índices de cor (L*, a* e b*) e tamanho das fibras musculares do peito dos frangos. Também não houve efeito da duração do período de eclosão sobre a força de cisalhamento, pH, índices de cor e tamanho das fibras musculares oxidativas de contração lenta e glicolíticas de contração rápida da sobre-coxa. Entretanto, pintos com longo DBE-SC apresentaram maior perda por cocção, capacidade de perda de água e tamanho das fibras oxidativas-glicolíticas de contração rápida. Os resultados mostram que duração do período de eclosão interfere na qualidade da carne da sobre-coxa, e que frangos com curto DBE-SC apresentam carne da sobrecoxa mais macia e suculenta que os frangos com longo DBE-SC. No Capítulo 4, também foi utilizado delineamento experimental similar ao do Capítulo 2. Pintos de ovos incubados à 37,5ºC e com curta DBE-SC preferiram temperatura ambiente mais baixa em todas as idades analisadas ao longo da criação (1, 7, 14, 21, 28, 35 dias), enquanto que os pintos oriundos de incubação à 39ºC e longa DBE-SC preferiram temperaturas mais elevadas a partir dos 21 dias de idade. Independentemente da DBE-SC e da temperatura de incubação, os frangos apresentaram aumento da frequência de movimentos respiratórios quando expostos à alta temperatura ambiente (2, 8, 15, 22, 29 e 36 dias de idade), conseguindo manter sua temperatura corporal em todas as idades. Tais resultados mostram que a DBE-SC associados ou não à alta temperatura de incubação influencia a preferência térmica dos frangos durante todo o período de criação, mas não sua resposta ao calor. No Capítulo 5 analisou se a duração do período entre bicagem externa e saída da casca (DBE-SC, curto e longo Cap 2), e a temperatura de criação (recomendada para a linhagem e preferida pelas aves no teste de preferência Cap 4) interferem no desempenho, rendimento e qualidade de carne de frangos de corte. Frangos com curta e longa DBE-SC criados na temperatura recomendada para a linhagem apresentaram peso corporal, ganho de peso e conversão alimentar similares aos 42 dias de idade; todavia, frangos com longa DBE-SC criados na temperatura recomendada e de preferência consumiram menos ração do que os frangos com curta DBE-SC o que resultou um menor ganho de peso e peso corporal aos 42 dias de idade. O melhor desempenho dos frangos com curta DBE-SC sob temperatura de preferência resultou em maior peso do peito do que nos frangos com longa DBE-SC também criados na preferência térmica. A perda por cocção, força de cisalhamento, pH, índices L*, a* e b* e tamanho das fibras musculares da carne do peito dos frangos não influenciadas pela DBE-SC e a TC, contudo, a capacidade de retenção de água foi menor nos frangos com curta DBE-SC criados na temperatura recomendada para a linhagem do que nos frangos com longa DBE-SC criados na mesma condição térmica e do que nos frangos com curta DBE-SC criados na temperatura de preferência. No que se refere à qualidade da carne da sobrecoxa entre frangos com a mesma DBE-SC criados em temperaturas diferentes, verifica-se aumento da rigidez e diminuição da maciez da carne dos frangos com curta DBE-SC quando estes são criados na temperatura de preferência. Os dados do presente relatório mostram que duração do período de eclosão interfere no desempenho, rendimento de carcaça e cortes, e na qualidade da carne do peito e sobrecoxa dos frangos.The present study investigated if the duration of emergence (time period between external pipping and the actual hatching (DEP-H) associated to incubation temperature (37.5 and 39°C) during fetal development phase, influences: (i) the eggshell temperature and thickness and the weight loss of eggs, quality and blood characteristics of broiler chicks at hatching, (ii) thermal preference and response to heat stress throughout grow out phase, and (iii) and performance and quality of meat, in Chapters 2, 3, 4 and 5, respectively. Chapter 2, fertile eggs from broilers hans (Cobb® 500) were used in a 2x2 experiment (time between external piping and actual hactching: short and long, incubation temperature: 39°C and 37.5, from the 13th day of incubation). High temperature decreased the duration of incubation, but did not alter the hatching rate and the quality of the chicks. The values of PvCO2, PvO2, TvCO2, SvO2, pH, BEecf, HCO3-, Na+, K+, glucose, total cholesterol, urea, uric acid, triglycerides, and total protein in blood were not altered by incubation at 39°C, but the Hct, the HCM and the concentration of iCa were higher in hatching chicks to 39°C than at 37.5°C. The data show that broiler respond to the high incubation temperature and the length of the hatching period with hematological adjustments that increase their potential for gas exchange, enabling the maintenance of hatching rate and its quality. In chapter 3 we investigated whether the time between external piping and actual hactching (DEP-H, short- and long-Cap 2) influences the performance, yield and meat quality of broilers. The duration of the hatching period did not influence weight gain, feed intake and feed conversion of 1-42 days of age, body weight and carcass yield and slaughtering age, except for the of the back yield which was higher in broilers from shorter than long period of hatching. As regards the quality of the meat, DEP-H did not influence the cooking loss, shear force, pH, water capacity loss, color indices (L*, a* and b*) and the size of muscle breast fibers of broilers. There was no effect of the duration of the hatching period on the shear strength, pH, color and size indices of oxidative muscle fibers slow and glycolytic and fast over-thigh contraction. However, broilers with long DEP-H showed higher cooking loss, water loss of capacity and size of oxidative-glycolytic fast twitch fiber. The results show that hatching period influences with the quality of the meat on the thigh-, and short DEP-H broilers present meat more tender and juicy over-thigh broilers with long DEP-H. In Chapter 4, the experimental design was similar to the Chapter 2. Chicks from eggs incubated at 37.5°C and short DEP-H preferred lower temperature at all ages analyzed during the creation (1, 7, 14, 21, 28, 35 days), whereas the chicks from incubation at 39°C and long DEP-H preferred DEP-H higher temperatures from 21 days of age. Regardless of DEP-H and incubation temperature, broilers showed increased frequency of breathing movements when exposed to high ambient temperature (2, 8, 15, 22, 29 and 36 days of age), able to maintain their body temperature in all ages. These results show that DEP-H associated or not with high incubation temperature influences the thermal preference of broilers during the rearing period, but not their response to heat. In Chapter 5 examined whether the length of time time period between external pipping and the actual hatching (DEP-H, short-and long-Cap 2), and the rearing of temperature (recommended for lineage and preferred by birds in preference in the test in Cap 4) interfere performance, yield and quality of broiler meat. Broilers with short and long DEP-H reared at the recommended temperature for the strain showed similar body weight, weight gain and feed conversion at 42 days of age; however, broilers with long DEP-H reared at the recommended temperature and preferred temperature consumed less feed than broilers with short DEP-H which resulted in a lower weight gain and body weight at 42 days old. The best performance of the broilerss with short DEP-H in preferred temperature resulted in higher breast weight than in broilers with long DEP-H also raised in the thermal preference. The cooking loss, shear force, pH, L* indexes a* and b* and muscle fiber size of the chicken breast meat were not influenced by DEP-H and CT, however, the water retention capacity was lower in broiles with short DEP-H raised at the recommended temperature for the lineage than in broilers with long DEP-H reared in the same thermal condition and that in chickens with short DEP-H reared in temperature preference. As regards the quality of the meat of the thigh of broiler with the same DEP-H reared at different temperatures, there has been increased stiffness and decreased tenderness of the meat of broilers with short DEP-H when these are raised in preferred temperature.The study data show that length of hatching period influences with the performance, carcass yield and cuts, and breast meat quality and on-thigh of broilers.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2012/14428-0Universidade Estadual Paulista (Unesp)Boleli, Isabel Cristina [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Matos Junior, João Batista [UNESP]2016-03-29T16:21:35Z2016-03-29T16:21:35Z2016-02-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/13643500086733933004102002P06898054718775223porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-05T18:56:48Zoai:repositorio.unesp.br:11449/136435Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T18:59:07.354831Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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Os valores de PvCO2, PvO2, TvCO2, SvO2, pH, BEecf, HCO3-, íons Na+, K+, glicose colesterol total, ureia, ácido úrico, triglicérides e proteína total no sangue não foram alterados pela incubação à 39ºC, mas o Hct, a HCM e a concentração de iCa foram maiores nos pintos de incubação à 39ºC do que à 37,5ºC. Os dados mostram que os pintos de corte respondem à alta temperatura de incubação e à longa duração do período de eclosão com ajustes hematológicos que aumentam seu potencial de troca gasosa, possibilitando a manutenção da taxa de eclosão e da sua qualidade. No capítulo 3 investigou se a duração do período entre bicagem externa e saída da casca (DBE-SC, curto e longo Cap 2) influencia o desempenho, rendimento e qualidade de carne dos frangos. A duração do período de eclosão não influenciou o ganho de peso, o consumo de ração e a conversão alimentar de 1-42 dias de idade, o peso corporal e o rendimento de carcaça e partes à idade de abate, exceção feita ao rendimento do dorso que foi maior nos frangos com curto do que longo período de eclosão. No que se refere à qualidade de carne, a DBE-SC não influenciou a perda por cocção, força de cisalhamento, pH, capacidade de perda água, índices de cor (L*, a* e b*) e tamanho das fibras musculares do peito dos frangos. Também não houve efeito da duração do período de eclosão sobre a força de cisalhamento, pH, índices de cor e tamanho das fibras musculares oxidativas de contração lenta e glicolíticas de contração rápida da sobre-coxa. Entretanto, pintos com longo DBE-SC apresentaram maior perda por cocção, capacidade de perda de água e tamanho das fibras oxidativas-glicolíticas de contração rápida. Os resultados mostram que duração do período de eclosão interfere na qualidade da carne da sobre-coxa, e que frangos com curto DBE-SC apresentam carne da sobrecoxa mais macia e suculenta que os frangos com longo DBE-SC. No Capítulo 4, também foi utilizado delineamento experimental similar ao do Capítulo 2. Pintos de ovos incubados à 37,5ºC e com curta DBE-SC preferiram temperatura ambiente mais baixa em todas as idades analisadas ao longo da criação (1, 7, 14, 21, 28, 35 dias), enquanto que os pintos oriundos de incubação à 39ºC e longa DBE-SC preferiram temperaturas mais elevadas a partir dos 21 dias de idade. Independentemente da DBE-SC e da temperatura de incubação, os frangos apresentaram aumento da frequência de movimentos respiratórios quando expostos à alta temperatura ambiente (2, 8, 15, 22, 29 e 36 dias de idade), conseguindo manter sua temperatura corporal em todas as idades. Tais resultados mostram que a DBE-SC associados ou não à alta temperatura de incubação influencia a preferência térmica dos frangos durante todo o período de criação, mas não sua resposta ao calor. No Capítulo 5 analisou se a duração do período entre bicagem externa e saída da casca (DBE-SC, curto e longo Cap 2), e a temperatura de criação (recomendada para a linhagem e preferida pelas aves no teste de preferência Cap 4) interferem no desempenho, rendimento e qualidade de carne de frangos de corte. Frangos com curta e longa DBE-SC criados na temperatura recomendada para a linhagem apresentaram peso corporal, ganho de peso e conversão alimentar similares aos 42 dias de idade; todavia, frangos com longa DBE-SC criados na temperatura recomendada e de preferência consumiram menos ração do que os frangos com curta DBE-SC o que resultou um menor ganho de peso e peso corporal aos 42 dias de idade. O melhor desempenho dos frangos com curta DBE-SC sob temperatura de preferência resultou em maior peso do peito do que nos frangos com longa DBE-SC também criados na preferência térmica. A perda por cocção, força de cisalhamento, pH, índices L*, a* e b* e tamanho das fibras musculares da carne do peito dos frangos não influenciadas pela DBE-SC e a TC, contudo, a capacidade de retenção de água foi menor nos frangos com curta DBE-SC criados na temperatura recomendada para a linhagem do que nos frangos com longa DBE-SC criados na mesma condição térmica e do que nos frangos com curta DBE-SC criados na temperatura de preferência. No que se refere à qualidade da carne da sobrecoxa entre frangos com a mesma DBE-SC criados em temperaturas diferentes, verifica-se aumento da rigidez e diminuição da maciez da carne dos frangos com curta DBE-SC quando estes são criados na temperatura de preferência. 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