Estrutura populacional e biologia reprodutiva da raia-elétrica-cega, Benthobatis kreffti (Chondrichthyes, Narcinidae) no talude continental do estado de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/181307 |
Resumo: | A raia elétrica cega Benthobatis kreffti é endêmica do Altântico Sul Ociedental e apresenta distribuição restrita desde o sul até o sudeste Brasileiros, ocorrendo em profundidades entre 400 e 600 m. Apesar de seu extremo endemismo, sua biologia é virtualmente desconhecida, especialmente no que diz respeito à porção norte de sua distribuição. O objetivo deste trabalho foi estudar a estrutura populacional e biologia reprodutiva desta espécie, no talude continental do estado de São Paulo. Os indivíduos foram capturados em julho e agosto de 2003 e dezembro de 2007 no cruzeiro científico Soloncy Moura, o qual operou em 492-501 m de profundidade entre os municípios de Santos e Cananéia. Quanto à composição de captura, B. kreffti foi o condricte mais capturado, seguido por Gurgesiella dorsalifera. Os demais foram Hydrolagus matallanasi, Dipturus sp. e Torpedo, sp. Quanto à estrutura em tamanho, fêmeas diferem de machos por apresentarem maiores comprimentos (máximo de 299 mm em fêmeas e 256 mm em machos). A razão sexual total foi diferente de 1:1, bem como para indivíduos adultos. Nos outros estágios de maturidade considerados (imaturo e em desenvolvimento), não houve diferença significativa. A relação comprimento-peso e o tamanho onde 50% da população encontra-se maduro (LT50) também foram diferentes entre os sexos, em favor das fêmeas. Fêmeas apresentaram LT50 de 191 mm enquanto machos maturam em 176 mm. A fecundidade uterina foi de três embriões por fêmea, com embriões nascendo entre 90 e 100 mm de comprimento (cerca de 1/3 do máximo comprimento registrado para a espécie). |
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Estrutura populacional e biologia reprodutiva da raia-elétrica-cega, Benthobatis kreffti (Chondrichthyes, Narcinidae) no talude continental do estado de São PauloPopulation structure and reproductive biology of the blind electric ray Benthobatis kreffti (Chondrichthyes, Narcinidae) in the continental slope of São Paulo StateEstrutura em tamanhoFecundidadeMaturidadeRazão sexualRazão comprimento-pesoTalude continentalContinental slopeFecundityLength-weight relationshipMaturitySex-ratioSize structureA raia elétrica cega Benthobatis kreffti é endêmica do Altântico Sul Ociedental e apresenta distribuição restrita desde o sul até o sudeste Brasileiros, ocorrendo em profundidades entre 400 e 600 m. Apesar de seu extremo endemismo, sua biologia é virtualmente desconhecida, especialmente no que diz respeito à porção norte de sua distribuição. O objetivo deste trabalho foi estudar a estrutura populacional e biologia reprodutiva desta espécie, no talude continental do estado de São Paulo. Os indivíduos foram capturados em julho e agosto de 2003 e dezembro de 2007 no cruzeiro científico Soloncy Moura, o qual operou em 492-501 m de profundidade entre os municípios de Santos e Cananéia. Quanto à composição de captura, B. kreffti foi o condricte mais capturado, seguido por Gurgesiella dorsalifera. Os demais foram Hydrolagus matallanasi, Dipturus sp. e Torpedo, sp. Quanto à estrutura em tamanho, fêmeas diferem de machos por apresentarem maiores comprimentos (máximo de 299 mm em fêmeas e 256 mm em machos). A razão sexual total foi diferente de 1:1, bem como para indivíduos adultos. Nos outros estágios de maturidade considerados (imaturo e em desenvolvimento), não houve diferença significativa. A relação comprimento-peso e o tamanho onde 50% da população encontra-se maduro (LT50) também foram diferentes entre os sexos, em favor das fêmeas. Fêmeas apresentaram LT50 de 191 mm enquanto machos maturam em 176 mm. A fecundidade uterina foi de três embriões por fêmea, com embriões nascendo entre 90 e 100 mm de comprimento (cerca de 1/3 do máximo comprimento registrado para a espécie).The blind electric ray Benthobatis kreffti is endemic to the South West Atlantic and has a restricted distribution, from south and southeast Brazil, occurring in 400-600 m depth. Despite its endemism, its biology is virtually unknown, especially concerning the north extreme of its distribution. For this reason, the aim of this work was to study the population structure and reproductive biology of B. kreffti off São Paulo State continental slope. Individuals were captured in July and August of 2003 and December 2007 during the scientific cruise Soloncy Moura, operating in 492-501 m depth between Santos and Cananéia municipalities. Benthobatis kreffti was the most captured chondrichthyan, followed by Gurgesiella dorsalifera. Other chondrichthyan captured were: Hydrolagus matallanasi, Dipturus sp and Torpedo sp.. Concerning size structure, females were larger than males (females: 299 mm; males: 256 mm total length). Total sex ratio was different from 1:1, as well as for adult individuals. At other maturity stages considered (immature and developing), no differences were observed. The length-weight relationship and size at 50 % maturity (LT50) were also different between sexes, biased toward females. Female´s LT50 was 191 mm, while in males, LT50 was 176 mm total length. Uterine fecundity was three embryos/ female, with size at birth estimated in 90-100 mm total length (about1/3 of the total length recorded for this species).Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Gadig, Otto Bismarck Fazzano [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Martins, Mariana da Fontoura2019-04-01T16:46:20Z2019-04-01T16:46:20Z2017-03-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18130700091447333004137003P321615515755815230000-0001-8423-7299enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-12T06:12:58Zoai:repositorio.unesp.br:11449/181307Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:28:53.086519Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A raia elétrica cega Benthobatis kreffti é endêmica do Altântico Sul Ociedental e apresenta distribuição restrita desde o sul até o sudeste Brasileiros, ocorrendo em profundidades entre 400 e 600 m. Apesar de seu extremo endemismo, sua biologia é virtualmente desconhecida, especialmente no que diz respeito à porção norte de sua distribuição. O objetivo deste trabalho foi estudar a estrutura populacional e biologia reprodutiva desta espécie, no talude continental do estado de São Paulo. Os indivíduos foram capturados em julho e agosto de 2003 e dezembro de 2007 no cruzeiro científico Soloncy Moura, o qual operou em 492-501 m de profundidade entre os municípios de Santos e Cananéia. Quanto à composição de captura, B. kreffti foi o condricte mais capturado, seguido por Gurgesiella dorsalifera. Os demais foram Hydrolagus matallanasi, Dipturus sp. e Torpedo, sp. Quanto à estrutura em tamanho, fêmeas diferem de machos por apresentarem maiores comprimentos (máximo de 299 mm em fêmeas e 256 mm em machos). A razão sexual total foi diferente de 1:1, bem como para indivíduos adultos. Nos outros estágios de maturidade considerados (imaturo e em desenvolvimento), não houve diferença significativa. A relação comprimento-peso e o tamanho onde 50% da população encontra-se maduro (LT50) também foram diferentes entre os sexos, em favor das fêmeas. Fêmeas apresentaram LT50 de 191 mm enquanto machos maturam em 176 mm. A fecundidade uterina foi de três embriões por fêmea, com embriões nascendo entre 90 e 100 mm de comprimento (cerca de 1/3 do máximo comprimento registrado para a espécie). |
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