Avaliação da taxa de recidiva de carcinoma basocelular entre diferentes técnicas de cirurgia micrográfica: revisão sistemática com metanálise

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lacerda, Priscila Neri
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/215027
Resumo: Introdução: Em carcinomas basocelulares (CBC) de alto risco, a cirurgia micrográfica (CM) é terapêutica com elevada preservação de tecido e baixas taxas de recidiva. A técnica de Mohs é a mais utilizada, com limitada utilização das demais técnicas de CM. Não há estudos desenhados para comparação entre os métodos de CM. O objetivo desta revisão foi avaliar a taxa de recidiva de CBC entre as diferentes técnicas de CM. Métodos: Revisão sistemática e metanálise, com busca de artigos na PUBMED, LILACS, EMBASE, SCOPUS, WEB OF SCIENCE, CINHAL e COCHRANE até março de 2021. Incluídos ensaios clínicos randomizados (ECR) e estudos observacionais envolvendo pacientes com CBC e indicação de diferentes técnicas de CM. A seleção dos estudos e extração de dados foram realizadas de forma independente por três revisores em pares, assim como a avaliação do risco de viés pela ferramenta da Joanna Briggs Institute. Estimativas combinadas foram avaliadas por modelo de efeitos aleatórios (Logit) e a heterogeneidade avaliada pelo teste qui-quadrado (2). Foi utilizado o Software Stata versão 17.0. Resultados: Foram incluídos 18 estudos, sendo 2 ECR’s e 16 estudos observacionais. A taxa de recidiva geral foi de 2% (IC 95% 1,0 – 3,0%; 2= 46,2; p = 0,00; 18 estudos, 10.424 CBC’s). Nos estudos com a técnica de Mohs, a taxa de recidiva foi de de 3,0% (IC 95% 1,0 – 5,0%; 2 = 11,0; p=0,00; 6 estudos; 1.582 CBC’s), com técnica de Munique de 3,0% (IC 95% 2,0 – 5,0%; 2= 0,0; sem heterogeneidade; 3 estudos; 404 CBC’s), com a técnica de Tubingen de 1% (IC 95% 1,0 – 2,0%; 2 = 12,1; p=0,00; 8 estudos; 8.374 CBC’s) e com a técnica de Muffin de 0,0% (IC 95% 0,0 – 6,0%; 1 estudo; 64 CBC’s). Conclusão: As taxas de recidiva entre as técnicas de CM foram baixas e parecem ser semelhantes. Entretanto, o desenho dessa revisão e ausência de estudos primários que comparem diretamente as técnicas não permitem afirmar superioridade entre as mesmas.
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