Uso de bioestimulantes em feijoeiro cultivado sob deficiência hídrica

• Autor(a) principal: Galvão, Ícaro Monteiro
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/182200
• topic: Phaseolus vulgaris L.; Estresse por seca; Bactérias promotoras de crescimento; Metabolismo antioxidante; Manejo da irrigação

A deficiência hídrica (DH) constitui um dos graves problemas para agricultura resultando em perdas de produção. O entendimento do comportamento das culturas frente a esta condição se torna de grande importância para auxiliar no manejo. O feijoeiro é uma planta bastante sensível aos efeitos da deficiência hídrica, especialmente se a mesma for imposta nas fases reprodutivas, sendo observadas alterações principalmente de ordem morfológica, fisiológica, bioquímica, que culminam em redução na produção. A utilização de bioestimulantes tem se destacado por atuarem como promotores de crescimento vegetal e apresentar capacidade de atenuar os impactos da DH nas plantas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento morfológico, fisiológico, bioquímico e produtivo do feijoeiro submetido a deficiência hídrica no solo e o potencial de mitigação dessa condição pela inoculação de bioestimulantes a base de bactérias promotoras de crescimento, Bacillus amyloliquefaciens BV 03 e a associação com extratos de algas Ascophyllum nodosum. O ensaio foi conduzido em estufa agrícola em Botucatu-SP com feijoeiro comum cv. IAC Imperador, disposto em esquema parcela subdivididas em blocos casualisados e 4 repetições. Os tratamentos nas parcelas foram as lâminas de irrigação (10 kPa - Controle e 40 kPa - DH moderada) e nas subparcelas os bioestimulantes via tratamento de sementes (B1- controle; B2- Bacillus amyloliquefaciens BV; B3- Bacillus amyloliquefaciens BV 03 + extrato de algas- Ascophyllum nodosum). A irrigação foi por gotejamento e o monitoramento da umidade do solo foi feita por tensiometria. As variáveis analisadas foram diâmetro do caule; número de folhas; área foliar, biomassa seca das folhas, caule, raiz e total; comprimento, diâmetro e volume radicular; conteúdo relativo de água (CRA); teor de pigmentos foliares; trocas gasosas; proteínas solúveis totais; teor de L-prolina e atividade específica da enzima superóxido dismutase (SOD) e os parâmetros de produção. O feijoeiro foi afetado significativamente com a imposição da DH com reduções no crescimento, acumulo de biomassa e produção. Como mecanismo de resposta ao estresse o feijoeiro apresentou aumento no CRA e nos teores de prolina e SOD. Os bioestimulantes promoveram incremento na atividade fotossintética apenas em plantas com lâmina de irrigação controle (10 kPa). Nas demais avaliações e variáveis não foram observados resultados significativos em função da aplicação de bioestimulantes. A hipótese do trabalho não foi confirmada, uma vez que os tratamentos com bioestimulantes nas condições do presente estudo não foram eficientes em mitigar os efeitos da deficiência hídrica moderada em feijoeiro.