Oficina de imagem: o olhar construindo mundos e singularidades
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://proex.reitoria.unesp.br/congressos/Congressos/2__Congresso/Sa_de/Saude68.htm http://hdl.handle.net/11449/148420 |
Resumo: | Introdução: Em Assis/SP, desenvolve-se no CIAPS -Centro Integrado de Atenção Psicossocial, o Programa de Atenção Intensivo à pacientes de intenso sofrimento psíquico, destinado principalmente ao acolhimento e tratamento de seus usuários, onde se busca construir assim uma nova modalidade de tratamento: o modo psicossocial. O presente trabalho é o relato de uma oficina, coordenada por estagiários do curso de psicologia, como parte de um projeto de extensão junto aquele programa de saúde mental. A oficina de imagem, divide-se basicamente em duas partes: uma clínica e outra sócio-cultural. No plano clínico se almeja proporcionar uma maior compreensão desse universo existencial tão complexo e heterogêneo. A vivência em coletividade gera aproximação e contato com o outro, garantindo maior sociabilidade entre seus membros. O posicionamento de cada usuário dentro da oficina incentiva ao resgate de sua cidadania, pois agora o mesmo é sujeito de sua ação e não um mero objeto da mesma. Já o caráter sócio-cultural acontece a partir de um amplo e complexo processo construído nas vivências em grupo Objetivos: Através da demanda, do contato, da criação e da compreensão de distintas imagens expostas busca-se efetivar uma construção de si a partir do olhar no/do outro, ou seja, que o sujeito em questão (“o louco”) possa elaborar melhor sua imagem de corpo através da representação visual suscitando, dessa forma, um apelo à simbolização, uma vez que a imagem se torna palavra criando assim uma realidade habitável. Sobretudo, o sujeito constrói sua singularidade através da produção e criação de sentido. Método: Encontros semanais, nos quais são utilizados vídeos, filmagens, fotografias, pinturas e colagens, através dos quais os pacientes fazem comentários, elaboram impressões, produzem colagens, contam histórias de vida, discutem e programam os próximos encontros. Resultados: O desenrolar da oficina possibilita que os usuários re-signifiquem suas vivências pessoais ao trabalhar com as imagens. Os relatos obtidos ao final de cada oficina apontam para este importante efeito: o de construir novos sentidos para as experiências da vida e de compartilhar essa produção com o coletivo que oferece contornos e limites para o sofrimento.Finalmente, em consonância com outras oficinas, ambiciona-se a reinserção da loucura na cultura, imprimindo a marca de sua diferença em nossa sociedade. |
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