Painéis aglomerados produzidos com partículas de eucalipto e bagaço de cana, com adesivos ureia formaldeído e poliuretano à base de mamona

• Autor(a) principal: Sugahara, Estefani Suana
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/157141
• topic: Painéis de partículas; Estruturas; Resíduos; Cana-de-açúcar; Adesivo poliuretano; Resina uréica; Eucalyptus; Particle boards; Structures; Waste; Sugarcane; Polyurethane adhesive; Urea resin

Os painéis aglomerados vêm se consolidando no Brasil como um dos principais produtos derivados da madeira, sendo a madeira de eucalipto proveniente de reflorestamentos uma das principais matérias-primas utilizadas para sua produção. Entretanto, verifica-se a crescente demanda de produtos agroindustriais e geração de um volume considerável de resíduos lignocelulósicos, como o bagaço de cana-de-açúcar. Desta forma, este trabalho tem por objetivo produzir painéis aglomerados empregando-se partículas provenientes de resíduos de eucalipto da indústria de produção de celulose e de bagaço de cana-de-açúcar proveniente de usinas sucroalcooleiras. Foram produzidos painéis aglomerados e avaliadas suas propriedades comparando-se a eficiência do adesivo poliuretano à base de óleo de mamona e a resina ureia formaldeído, com base nos documentos normativos ABNT NBR 14810 - 1 e 2: 2013. Para confecção dos painéis foram propostas misturas de partículas com variações entre suas proporções, com adição de 10% adesivo em relação à massa seca das partículas. Os ensaios foram realizados para avaliação da Densidade, Umidade, Inchamento após 24h, Módulo de Resistência à Flexão Estática, Módulo de Elasticidade e Resistência à Tração Perpendicular. Os resultados obtidos evidenciaram o potencial de uso de resíduos de eucalipto associado a partículas de bagaço de cana na produção de painéis de partículas aglomeradas de alta densidade. Os painéis produzidos com adesivo poliuretano apresentaram maior eficiência, com valores médios de Densidade de 882 Kgf/m3, Módulo de Resistência à Flexão Estática de 31 MPa e Adesão Interna de 2,52 MPa. Os valores obtidos possibilitam classificar estes painéis, de acordo com o documento normativo brasileiro, como sendo do Tipo P4, ou seja, Painéis Estruturais para uso em condições secas, atingindo também valores próximos ou superiores aos definidos para painéis OSB na norma europeia.