Espaços de comercialização e perfis de consumo: impactos nas escolhas e estratégias produtivas de pequenos e médios produtores orgânicos do interior paulista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Troiano, Jéssica Aline [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/150741
Resumo: A pesquisa teve por objetivo entender e debater os espaços de comercialização dos produtos orgânicos como as feiras, as lojas especializadas, as cooperativas de consumo e os supermercados e as múltiplas influências de seus consumidores nas estratégias produtivas e de desenvolvimento de pequenos e médios produtores orgânicos do interior paulista. Em canais longos de comercialização como os supermercados as relações são distantes, individualizadas e mediadas pela obrigatoriedade do selo de certificação, por outra parte, em canais curtos como as feiras e as cooperativas de consumo o diálogo e as relações democráticas permitem compartilhar e difundir os valores de uma alimentação saudável e de qualidade, estabelecendo confiança por meio da proximidade. Em sua gênese a agricultura orgânica defende uma produção não somente livre do uso de agrotóxicos, mas um conjunto de práticas voltadas a preservação dos recursos naturais, ao respeito às demandas sociais e econômicas das comunidades locais, e ao cultivo de uma alimentação saudável e de qualidade que cumpra com a necessidade da segurança alimentar. A valorização desses produtos é projetada, portanto, por seus atributos subjetivos, trazendo à tona um processo em que as qualidades imateriais integram o valor econômico. Idealizada inicialmente para pequenas e médias propriedades, a agricultura orgânica começa a ser apropriada por impérios alimentares que se aproveitam desse mix de subjetividades na geração de mercadorias destinadas a mercados alternativos, complexificando o processo de comercialização de pequenos e médios produtores. É nessa medida que a proximidade ou distanciamento entre produtores e consumidores pode refletir e atuar na configuração de diferentes modelos de desenvolvimento para pequenos e médios produtores orgânicos, representando maior ou menor autonomia no gerenciamento de sua produção e comercialização.
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Em canais longos de comercialização como os supermercados as relações são distantes, individualizadas e mediadas pela obrigatoriedade do selo de certificação, por outra parte, em canais curtos como as feiras e as cooperativas de consumo o diálogo e as relações democráticas permitem compartilhar e difundir os valores de uma alimentação saudável e de qualidade, estabelecendo confiança por meio da proximidade. Em sua gênese a agricultura orgânica defende uma produção não somente livre do uso de agrotóxicos, mas um conjunto de práticas voltadas a preservação dos recursos naturais, ao respeito às demandas sociais e econômicas das comunidades locais, e ao cultivo de uma alimentação saudável e de qualidade que cumpra com a necessidade da segurança alimentar. A valorização desses produtos é projetada, portanto, por seus atributos subjetivos, trazendo à tona um processo em que as qualidades imateriais integram o valor econômico. Idealizada inicialmente para pequenas e médias propriedades, a agricultura orgânica começa a ser apropriada por impérios alimentares que se aproveitam desse mix de subjetividades na geração de mercadorias destinadas a mercados alternativos, complexificando o processo de comercialização de pequenos e médios produtores. É nessa medida que a proximidade ou distanciamento entre produtores e consumidores pode refletir e atuar na configuração de diferentes modelos de desenvolvimento para pequenos e médios produtores orgânicos, representando maior ou menor autonomia no gerenciamento de sua produção e comercialização.La investigación tuve como objetivo entender y debatir los espacios de comercialización de los productos ecológicos como las ferias, las tiendas especializadas, las cooperativas de consumo y los supermercados y las diversas influencias de sus consumidores en las estrategias productivas y de desarrollo de pequeños y medianos productores ecológicos del interior paulista. En los canales largos de comercialización como los supermercados las relaciones son distantes, individualizadas y mediadas por la obligatoriedad del sello de certificación, por otra parte, en los canales cortos como las ferias y las cooperativas de consumo el dialogo y las relaciones democráticas permiten compartir y difundir los valores de una alimentación sana y de calidad, estableciendo confianza mediante la proximidad. En su génesis la agricultura ecológica defiende una producción no solo libre de los pesticidas, pero envuelta por un conjunto de prácticas volteadas a la preservación de los recursos naturales, al respeto a las demandas sociales y económicas de las comunidades locales, y al cultivo de una alimentación sana y de calidad que cumpla con la necesidad de la seguridad alimentaria. La valorización de esos productos es proyectada, por lo tanto, por sus atributos subjetivos, aportando un proceso en que las calidades inmateriales forman parte del valor económico. Inicialmente idealizada para pequeñas y mediadas fincas, la agricultura ecológica empieza a ser apropiada por imperios alimentarios que se aprovechan de ese mix de subjetividades en la generación de mercancías destinadas a los mercados alternativos, volviendo complejo el proceso de comercialización de pequeños y medianos productores. En esa medida la proximidad o el distanciamiento entre productores y consumidores puede reflexionar y actuar en la configuración de diferentes modelos de desarrollo para los pequeños y medianos productores ecológicos, representando mayor o menor autonomía en la gestión de su producción y comercialización.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2014/24551-9Universidade Estadual Paulista (Unesp)Campos, Ricardo Luiz Sapia de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Troiano, Jéssica Aline [UNESP]2017-05-24T16:51:19Z2017-05-24T16:51:19Z2017-03-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15074100088641833004030017P7porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-11T18:47:43Zoai:repositorio.unesp.br:11449/150741Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T20:52:35.737222Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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