Relação entre gagueira do desenvolvimento e transtorno fonológico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alencar, Priscila Biaggi Alves de [UNESP]
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/154918
Resumo: Objetivo: comparar aspectos das disfluências presentes na fala, no que diz respeito à gagueira do desenvolvimento, o transtorno fonológico e as duas desordens em comorbidade, caracterizando as suas respectivas manifestações. Hipotetizou-se que crianças com gagueira apresentam uma maior frequência de ocorrência tanto em relação às outras disfluências quanto em relação às disfluências típicas da gagueira comparativamente às crianças com transtorno fonológico e crianças que apresentam ambos os distúrbios em comorbidade; crianças com transtorno fonológico se diferem daquelas que apresentam gagueira e daquelas que apresentam gagueira e transtorno fonológico em comorbidade no tocante à tipologia das disfluências. Método: Foram selecionados 30 sujeitos, entre 4 e 11 anos, 10 com diagnóstico de transtorno fonológico, 10 com diagnóstico de gagueira do desenvolvimento e 10 com os dois diagnósticos em comorbidade. Os procedimentos da pesquisa foram distribuídos em duas etapas: avaliação da fluência da fala e avaliação da fonologia. Para tal, foi realizada a coleta de uma amostra de fala espontânea com 200 sílabas fluentes. Os dados foram submetidos à análise estatística. Resultados: as crianças com diagnóstico de gagueira do desenvolvimento apresentaram maior ocorrência das outras disfluências comparadas às crianças com transtorno fonológico, porém não se diferiram das crianças com as duas desordens em comorbidade. No tocante à tipologia das disfluências, as crianças com transtorno fonológico se diferiram principalmente daquelas com os diagnósticos em comorbidade de gagueira do desenvolvimento e transtorno fonológico no que diz respeito às disfluências típicas da gagueira denominadas repetição de palavras monossilábicas, repetição de parte da palavra e prolongamentos. A diferença estatística relevante para as outras disfluências ocorreu apenas na tipologia “interjeição” com diferença entre crianças com transtorno fonológico e crianças com diagnóstico de gagueira do desenvolvimento. Quando comparadas às crianças com gagueira do desenvolvimento e com os distúrbios em comorbidade, as crianças com transtorno fonológico se diferenciaram na ocorrência da variável “bloqueio”. Conclusão: As duas hipóteses foram confirmadas parcialmente. Em relação à frequência de ocorrência, as crianças com transtorno fonológico apresentaram menor frequência de ocorrência de disfluências típicas da gagueira em comparação às crianças com gagueira e com as desordens em comorbidade, assim como não houve diferença quanto à frequência de ocorrência entre as disfluências típicas da gagueira e outras disfluências entre crianças que apresentam a gagueira do desenvolvimento e crianças com ambos os distúrbios em comorbidade. No que se refere à tipologia das disfluências, apenas determinadas tipologias das disfluências típicas da gagueira e outras disfluências apresentaram diferenças significantes entre os grupos conforme evidenciado nos resultados.
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Método: Foram selecionados 30 sujeitos, entre 4 e 11 anos, 10 com diagnóstico de transtorno fonológico, 10 com diagnóstico de gagueira do desenvolvimento e 10 com os dois diagnósticos em comorbidade. Os procedimentos da pesquisa foram distribuídos em duas etapas: avaliação da fluência da fala e avaliação da fonologia. Para tal, foi realizada a coleta de uma amostra de fala espontânea com 200 sílabas fluentes. Os dados foram submetidos à análise estatística. Resultados: as crianças com diagnóstico de gagueira do desenvolvimento apresentaram maior ocorrência das outras disfluências comparadas às crianças com transtorno fonológico, porém não se diferiram das crianças com as duas desordens em comorbidade. No tocante à tipologia das disfluências, as crianças com transtorno fonológico se diferiram principalmente daquelas com os diagnósticos em comorbidade de gagueira do desenvolvimento e transtorno fonológico no que diz respeito às disfluências típicas da gagueira denominadas repetição de palavras monossilábicas, repetição de parte da palavra e prolongamentos. A diferença estatística relevante para as outras disfluências ocorreu apenas na tipologia “interjeição” com diferença entre crianças com transtorno fonológico e crianças com diagnóstico de gagueira do desenvolvimento. Quando comparadas às crianças com gagueira do desenvolvimento e com os distúrbios em comorbidade, as crianças com transtorno fonológico se diferenciaram na ocorrência da variável “bloqueio”. Conclusão: As duas hipóteses foram confirmadas parcialmente. Em relação à frequência de ocorrência, as crianças com transtorno fonológico apresentaram menor frequência de ocorrência de disfluências típicas da gagueira em comparação às crianças com gagueira e com as desordens em comorbidade, assim como não houve diferença quanto à frequência de ocorrência entre as disfluências típicas da gagueira e outras disfluências entre crianças que apresentam a gagueira do desenvolvimento e crianças com ambos os distúrbios em comorbidade. No que se refere à tipologia das disfluências, apenas determinadas tipologias das disfluências típicas da gagueira e outras disfluências apresentaram diferenças significantes entre os grupos conforme evidenciado nos resultados.Objective: compare aspects of speech dysfluencies in terms of developmental stuttering, phonological disorder and the two disorders in comorbidity, characterizing their respective manifestations. It has been hypothesized that children with stuttering have a higher frequency of occurrence both in relation to the other disfluencies and in relation to the typical stuttering dysfluencies compared to children with speech sound disorder and children who present both disorders in comorbidity; children with speech sound disorder are different from those with stuttering and those with stuttering and speech sound disorder in comorbidity regarding the typology of disfluencies. Methods: A total of 30 subjects, aged between 4 and 11 years, 10 with diagnosis of speech sound disorder, 10 with diagnosis of developmental stuttering and 10 with both diagnoses in comorbidity were selected. The procedures of the research were distributed in two stages: speech fluency evaluation and phonology evaluation. For this, a sample of spontaneous speech with 200 fluent syllables was collected. The data were submitted to statistical analysis. Results: children with diagnosis of developmental stuttering had a higher occurrence of other dysfluencies compared to children with speech sound disorder, but did not differ from children with both disorders in comorbidity. Regarding the typology of disfluencies, children with speech sound disorder differed mainly from those with diagnoses of developmental stuttering comorbidity and phonological disorder with respect to stuttering-like disfluencies called repetition of monosyllabic words, repetition of part of the word and prolongations. The statistical difference relevant to the other disfluencies occurred only in the "interjection" typology with difference between children with phonological disorder and children with diagnosis of developmental stuttering. When compared to children with developmental stuttering and comorbid disorders, children with phonological disorder differed in the occurrence of the "blocking" variable. Conclusion: Both hypotheses were partially confirmed. Regarding the frequency of occurrence, children with phonological disorder had a lower frequency of stuttering-like disfluencies than did children with stuttering and comorbid disorders, as there was no difference in the frequency of stuttering-like disfluencies and other disfluencies among children who present developmental stuttering and children with both disorders in comorbidity. Regarding the typology of disfluencies, only certain typologies of stuttering-like disfluencies and other disfluencies presented significant differences between groups as evidenced in the results.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Berti, Larissa Cristina [UNESP]Oliveira, Cristiane Moço Canhetti de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Alencar, Priscila Biaggi Alves de [UNESP]2018-08-23T13:34:50Z2018-08-23T13:34:50Z2018-07-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15491800090712633004110045P7272874576433442005594836302506310000-0002-4144-28040000-0003-0321-5093porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-13T18:07:48Zoai:repositorio.unesp.br:11449/154918Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-13T18:07:48Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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