Prevalência e fatores de risco para transtornos mentais comuns entre estudantes de medicina
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102006000700011 http://hdl.handle.net/11449/12489 |
Resumo: | OBJETIVO: Estimar a prevalência de transtornos mentais comuns entre estudantes de medicina e respectivos fatores de risco. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 551 universitários de um curso de medicina de Botucatu, SP. Utilizou-se questionário auto-aplicável investigando aspectos sócio demográficos, relacionados ao curso e o Self Reporting Questionnaire. Para análise dos dados empregaram-se os testes de qui-quadrado e regressão logística. RESULTADOS: Participaram 82,6% dos alunos matriculados no curso, predominando mulheres (61%), jovens (60% 20-23 anos), procedentes de outros municípios (99%). A prevalência de transtornos mentais comuns foi de 44,7% associando-se independentemente a: dificuldade para fazer amigos (RC=2,0), avaliação ruim sobre desempenho escolar (RC=1,7), pensar em abandonar o curso (RC=5,0), não receber o apoio emocional de que necessita (RC=4,6). Embora na primeira análise a prevalência tenha se mostrado associada ao ano do curso, esta associação não se manteve na análise multivariada. CONCLUSÕES: A prevalência de transtornos mentais comuns mostrou-se elevada entre os estudantes de medicina, associando-se a variáveis relacionadas à rede de apoio. As experiências emocionalmente tensas como o contato com pacientes graves, formação de grupos, entre outras, vividas nos últimos anos do curso, são provavelmente potentes estressores, especialmente para sujeitos com uma rede de apoio considerada deficiente. Sugere-se que instituições formadoras estejam atentas a esse fato, estabelecendo intervenções voltadas ao acolhimento e ao cuidado com o sofrimento dos estudantes. |
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Prevalência e fatores de risco para transtornos mentais comuns entre estudantes de medicinaPrevalence and risk factors of common mental disorders among medical studentsEstudantes de medicinaTranstornos mentaisFatores de riscoStudents, medicalMental disordersRisk factorsOBJETIVO: Estimar a prevalência de transtornos mentais comuns entre estudantes de medicina e respectivos fatores de risco. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 551 universitários de um curso de medicina de Botucatu, SP. Utilizou-se questionário auto-aplicável investigando aspectos sócio demográficos, relacionados ao curso e o Self Reporting Questionnaire. Para análise dos dados empregaram-se os testes de qui-quadrado e regressão logística. RESULTADOS: Participaram 82,6% dos alunos matriculados no curso, predominando mulheres (61%), jovens (60% 20-23 anos), procedentes de outros municípios (99%). A prevalência de transtornos mentais comuns foi de 44,7% associando-se independentemente a: dificuldade para fazer amigos (RC=2,0), avaliação ruim sobre desempenho escolar (RC=1,7), pensar em abandonar o curso (RC=5,0), não receber o apoio emocional de que necessita (RC=4,6). Embora na primeira análise a prevalência tenha se mostrado associada ao ano do curso, esta associação não se manteve na análise multivariada. CONCLUSÕES: A prevalência de transtornos mentais comuns mostrou-se elevada entre os estudantes de medicina, associando-se a variáveis relacionadas à rede de apoio. As experiências emocionalmente tensas como o contato com pacientes graves, formação de grupos, entre outras, vividas nos últimos anos do curso, são provavelmente potentes estressores, especialmente para sujeitos com uma rede de apoio considerada deficiente. Sugere-se que instituições formadoras estejam atentas a esse fato, estabelecendo intervenções voltadas ao acolhimento e ao cuidado com o sofrimento dos estudantes.OBJECTIVE: To estimate the prevalence and assess risk factors of common mental disorders among medical students. METHODS: A cross-sectional study was carried out comprising 551 university medical students in the state of São Paulo, Southeastern Brazil. A self-administered questionnaire to collect sociodemographic and course-related data as well as the Self-Reporting Questionnaire were used. Both Chi-square test and logistic regression were used in data analyses. RESULTS: A total of 82.6% of the students enrolled in the course participated in the study. Most of them were women (61%), 60% aged between 20 and 23 years, and 99% were from other cities. The prevalence of common mental disorders was 44.7% and they were independently associated with: difficulty in making friends (OR=2.0), poor self-evaluation of academic performance (OR=1.7), thoughts of dropping out of the medical course (OR=5.0) and perceived lack of emotional support (OR=4.6). Although prevalence of these disorders was associated with the course period in the first analysis, this association was not maintained in the multivariate analysis. CONCLUSIONS: The prevalence of common mental disorders was shown to be high among medical students, associated with variables concerning support networks. Emotionally tense experiences such as dealing with seriously ill patients and peer group formation in the last years of the medical course are potentially strong stressors, especially for those with poor social support. It is suggested that educational institutions should be aware of that and make interventions aiming at treating and caring for the students' distress.Universidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Neurologia e PsiquiatriaUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Neurologia e PsiquiatriaUniversidade de São Paulo (USP), Faculdade de Saúde PúblicaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Lima, Maria Cristina Pereira [UNESP]Domingues, Mariana de Souza [UNESP]Cerqueira, Ana Teresa de Abreu Ramos [UNESP]2014-05-20T13:36:15Z2014-05-20T13:36:15Z2006-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article1035-1041application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102006000700011Revista de Saúde Pública. Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, v. 40, n. 6, p. 1035-1041, 2006.0034-8910http://hdl.handle.net/11449/1248910.1590/S0034-89102006000700011S0034-89102006000700011S0034-89102006000700011.pdf2169124595816290SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista de Saúde Pública1.9110,807info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-16T15:45:29Zoai:repositorio.unesp.br:11449/12489Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-16T15:45:29Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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