Estreptococose em tilápia (Oreochromis sp.): revisão da literatura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Willian Vichesi
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/251618
Resumo: As tilápias (Oreochromis sp.) são peixes de água doce originárias da África, com características que as tornam um dos peixes mais cultivados no mundo. Neste sentido, o objetivo da presente revisão é descrever sobre a tilapicultura e os desafios enfrentados devido às doenças bacterianas, bem como sobre a estreptococose em tilápia com ênfase na patogenia, transmissão, diagnóstico, tratamento, prevenção e controle. O Brasil é o quarto maior produtor de tilápias (Oreochromis niloticus) do mundo. Contudo, as doenças bacterianas se apresentam como um dos principais obstáculos para a tilapicultura, podendo causar a morte de pelo menos 5% dos peixes antes de atingirem o tamanho de mercado. As principais espécies de Streptococcus capazes de causar infecções em peixes são a S. agalactiae, S. iniae, S. dysgalactiae, S. ictaluri, S. phocae e S. parauberis, as quais são associadas com alta mortalidade de tilápias. Os mais isolados no Brasil são S. agalactie e S. iniae. O patógeno promove doença com rápida evolução e alta mortalidade, que ocorre de dois a três dias após o início dos sinais clínicos. Um dos fatores mais importantes para transmissão é a introdução de peixes doentes, ou que sejam reservatórios na produção. Para o diagnóstico, amostras de peixes doentes precisam ser avaliadas macroscopicamente e pelo exame histopatológico, bem como a cultura microbiológica deve ser feita para confirmação do diagnóstico, de órgãos como cérebro, rins, baço, fígado e olhos. O tratamento é realizado com antibióticos; todavia, no Brasil apenas a oxitetraciclina e o florfenicol são liberados para uso na aquicultura. Como os Streptococcus estão presentes na água e na lama do meio ambiente aquático, a prevenção da doença é um desafio. No entanto, algumas práticas de manejo podem ser aplicadas, assim como a vacinação.
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