Influência da posição do orifício de saída e do tipo da ponta do cateter sobre o risco de complicações mecânicas e infecciosas e sobrevida da técnica em pacientes em diálise peritoneal
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/150888 |
Resumo: | Introdução: As complicações mecânicas e infecciosas associadas ao cateter de dialise peritoneal representam as principais causas de falência da técnica. Tais complicações podem estar associadas às configurações intra e extraperitoneal do cateter. Objetivo: comparar complicações mecânicas e infecciosas, além de sobrevida da técnica entre cateteres de Tenckhoff implantados com Orifício de Saída (OS) voltado para baixo e OS voltado para cima e cateteres de Swan Neck (ponta reta e ponta coil). Metodologia: estudo prospectivo randomizado que comparou complicações mecânicas (translocações) e infecciosas (peritonites e infecções de orifício de saída) entre cateteres divididos de maneira randomizada em quatro grupos: Tenkhoff OS baixo, Tenckhoff OS cima, Swan Neck ponta reta e Swan Neck ponta coil. Os grupos foram seguidos pelo período de um ano. O implante foi realizado pela equipe da Nefrologia utilizando a técnica de Seldinger. Resultados: no período de agosto de 2013 a fevereiro de 2016 foram implantados 107 cateteres em 96 pacientes. As características clinicas e demográficas foram semelhantes entre os pacientes nos quatro grupos. A análise da curva de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier não mostrou diferenças para o tempo livre do primeiro episódio de infecção de OS (p=0,19) ou peritonite (p=0,29) entre os quatro grupos. Observamos no entanto, menor tempo livre até o primeiro episódio de translocação (p=0,03), menor sobrevida do cateter (p=0,001) e menor sobrevida da técnica (p=0,02) no grupo Tenckhoff OS baixo. A análise múltipla mostrou que o fator associado com falência do cateter foi a presença de translocações. Em um segundo modelo, quando excluído translocações, o cateter Tenckhoff OS baixo se associou com maior risco de falência do cateter. Conclusão: o cateter de Tenckhoff reto com OS voltado para baixo foi associado com menor tempo livre até o primeiro episódio de translocação, além de menor sobrevida do cateter e da técnica. É provável que a atuação da força de resiliência possa ter sido responsável pelos resultados observados nesse estudo. |
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Influência da posição do orifício de saída e do tipo da ponta do cateter sobre o risco de complicações mecânicas e infecciosas e sobrevida da técnica em pacientes em diálise peritonealInfluence of the position of the exit site and the type of catheter tip on the risk of mechanical and infectious complications and survival of the technique in patients on peritoneal dialysisDiálise peritonealCateter de diálise peritonealPeritoniteTenckhoffSwan neck catheterResilience forceExit site peritoneal catheterIntrodução: As complicações mecânicas e infecciosas associadas ao cateter de dialise peritoneal representam as principais causas de falência da técnica. Tais complicações podem estar associadas às configurações intra e extraperitoneal do cateter. Objetivo: comparar complicações mecânicas e infecciosas, além de sobrevida da técnica entre cateteres de Tenckhoff implantados com Orifício de Saída (OS) voltado para baixo e OS voltado para cima e cateteres de Swan Neck (ponta reta e ponta coil). Metodologia: estudo prospectivo randomizado que comparou complicações mecânicas (translocações) e infecciosas (peritonites e infecções de orifício de saída) entre cateteres divididos de maneira randomizada em quatro grupos: Tenkhoff OS baixo, Tenckhoff OS cima, Swan Neck ponta reta e Swan Neck ponta coil. Os grupos foram seguidos pelo período de um ano. O implante foi realizado pela equipe da Nefrologia utilizando a técnica de Seldinger. Resultados: no período de agosto de 2013 a fevereiro de 2016 foram implantados 107 cateteres em 96 pacientes. As características clinicas e demográficas foram semelhantes entre os pacientes nos quatro grupos. A análise da curva de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier não mostrou diferenças para o tempo livre do primeiro episódio de infecção de OS (p=0,19) ou peritonite (p=0,29) entre os quatro grupos. Observamos no entanto, menor tempo livre até o primeiro episódio de translocação (p=0,03), menor sobrevida do cateter (p=0,001) e menor sobrevida da técnica (p=0,02) no grupo Tenckhoff OS baixo. A análise múltipla mostrou que o fator associado com falência do cateter foi a presença de translocações. Em um segundo modelo, quando excluído translocações, o cateter Tenckhoff OS baixo se associou com maior risco de falência do cateter. Conclusão: o cateter de Tenckhoff reto com OS voltado para baixo foi associado com menor tempo livre até o primeiro episódio de translocação, além de menor sobrevida do cateter e da técnica. É provável que a atuação da força de resiliência possa ter sido responsável pelos resultados observados nesse estudo.Background: The mechanical and infectious complications associated with the peritoneal dialysis catheter represent the main causes of technique failure. Such complications may be associated with the intra- and extra-peritoneal configurations of the catheter. Purpose: The objectives of this study were to compare infectious and mechanical complications and technique survival among four randomized groups of PD catheters: straight Tenckhoff catheters implanted with downward Exit Site (ES), straight Tenckhoff implanted with upward ES, Swan-Neck coil tip and Swan-Neck straight tip. Methods: A prospective randomized trial comparing mechanical (translocations) and infectious (peritonitis and exit-site infection) complications between catheters randomly divided into four groups: Tenkhoff downward ES, Tenckhoff upward ES, Swan Neck straight tip and Swan Neck coil tip. The four groups were followed for one year. The implant was performed by the Nephrology team using the Seldinger technique. Results: In the period from August 2013 to February 2016, 107 catheters were implanted in 96 patients. The baseline demographics characteristics were similar among the groups. Analysis of the Kaplan-Meier survival curve showed no difference in the free time of the first episode of ES infection (p = 0.19) or peritonitis (p = 0.29) among the four groups. We observed, however, less free time for the first episode of translocation (p = 0.03), lower catheter survival (p = 0.001) and lower technique survival (p = 0.02) in the Tenckhoff downward ES group. Multiple analysis showed that the factor associated with catheter failure was the presence of translocations. When we excluded translocations from the model the Tenckhoff downward ES was associated with catheter failure. Conclusions: Straight Tenckhoff catheter implanted employing donward tunnel-tract and ES direction is associated with less free time until the first translocation episode, lower catheter and technique survival. It is likely that the performance of resilience force may have been responsible for the results observed in this study.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Barretti, Pasqual [UNESP]Ponce, Daniela [UNESP]Cuadrado Martin, Luis [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Banin, Vanessa Burgugi [UNESP]2017-06-13T14:48:58Z2017-06-13T14:48:58Z2017-05-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/150888Banin, Vanessa Burgugi33004064020P054964119838934790000-0003-4979-4836porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-03T17:26:42Zoai:repositorio.unesp.br:11449/150888Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T17:26:42Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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