Influência da empagliflosina na remodelação cardíaca induzida pela exposição à fumaça de cigarros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lo, Angelo Thompson Colombo
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/204380
Resumo: Introdução: A exposição à fumaça de cigarros aumenta o risco para doenças cardiovasculares, tais como hipertrofia e disfunção miocárdica, e entre outros problemas de saúde. A exposição a fumaça de cigarro também pode levar à resistência insulínica e alterações do metabolismo energético cardíaco. Frente a isso, justifica-se a investigação de terapia medicamentosa que possa atenuar esses danos. A literatura aponta que a empagliflosina (EMPA) tem se mostrado eficiente em atenuar a remodelação cardíaca, por meio de mecanismos ainda não conhecidos, mas que talvez possam se relacionar com vias metabólicas. O objetivo foi avaliar o papel desse medicamento na remodelação cardíaca induzida pela fumaça de cigarro, por meio da avaliação morfofuncional cardíaca e metabolismo energético. Metodologia: Foram utilizados 60 ratos wistar machos, com peso de 200-250 gramas, divididos C (controle) sem tratamento algum; grupo E (empagliflosina) que consumiram o medicamento; grupo F (exposto à fumaça de cigarros) composto por animais expostos a fumaça de cigarro e grupo FE (expostos ao fumo e receberam empagliflosina). As exposições ao fumo ocorriam 4 vezes ao dia, utilizados 10 cigarros para cada exposição, por 30 minutos e um intervalo de 10 minutos entre uma e outra, no total os animais passavam por 4 exposições diárias, por 60 dias. A administração de empagliflosina foi na dosagem de 10mg/kg peso corporal na ração produzida semanalmente. As análises in vivo foram pressão arterial e ecocardiograma; após foram feitas dosagens bioquímicas, como sódio, potássio, ácido úrico, lipoproteína de baixa densidade e triglicerídeos, análise histológica por hematoxilina, imunofluorescência e western blot para verificar a expressão da SIRT1, PCGα e PPARα. Os dados foram analisados por teste “t” de Student e corrigidos por Bonferroni, com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Os animais expostos a fumaça de cigarros tiveram danos no coração, como hipertrofia concêntrica. A disfunção sistólica apresentada pelo ecocardiograma, através da % encurtamento endocárdico foi significativamente diferente entre os grupos Controle (59,8±22) e Fumo (52,6±4,7), assim como entre grupo Fumo (59,9±2,1) e Fumo Empa (58,9±3,7). Quanto a fração de Ejeção também houve diferença estatística entre os mesmos grupos: Controle (0,93±0,01) e Fumo (0,93±0,0), assim como entre Fumo (0,89±0,03) e Fumo Empa (0,93±0,02). Também foram encontradas disfunção diastólica avaliada pelo Tempo de Relaxamento Isovolumétrico corrigido pela Frequência Cardíaca TRIV R-R (49,1±8,1 vs. 52±4,3 com p =0,004) e (64±11,4 vs. 52,3±6,4 p=0,008); e não foram encontradas diferenças entre nos valores da glicemia, HOMA-IR, expressão das proteínas por western blot, parâmetros bioquímicos e histologia cardíaca. Conclusão: Portanto, a empagliflosina atenuou os efeitos tóxicos do cigarro no coração dos animais, preservando em estrutura e função cardíaca dos animais, porém as vias metabólicas investigadas não participaram desse processo.
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spelling Influência da empagliflosina na remodelação cardíaca induzida pela exposição à fumaça de cigarrosInfluence of empagliflosin on cardiac remodeling induced by exposure to cigarette smokeFumoEmpagliflosinaRemodelação cardíacaSmokeEmpagliflozinCardiac remodelingIntrodução: A exposição à fumaça de cigarros aumenta o risco para doenças cardiovasculares, tais como hipertrofia e disfunção miocárdica, e entre outros problemas de saúde. A exposição a fumaça de cigarro também pode levar à resistência insulínica e alterações do metabolismo energético cardíaco. Frente a isso, justifica-se a investigação de terapia medicamentosa que possa atenuar esses danos. A literatura aponta que a empagliflosina (EMPA) tem se mostrado eficiente em atenuar a remodelação cardíaca, por meio de mecanismos ainda não conhecidos, mas que talvez possam se relacionar com vias metabólicas. O objetivo foi avaliar o papel desse medicamento na remodelação cardíaca induzida pela fumaça de cigarro, por meio da avaliação morfofuncional cardíaca e metabolismo energético. Metodologia: Foram utilizados 60 ratos wistar machos, com peso de 200-250 gramas, divididos C (controle) sem tratamento algum; grupo E (empagliflosina) que consumiram o medicamento; grupo F (exposto à fumaça de cigarros) composto por animais expostos a fumaça de cigarro e grupo FE (expostos ao fumo e receberam empagliflosina). As exposições ao fumo ocorriam 4 vezes ao dia, utilizados 10 cigarros para cada exposição, por 30 minutos e um intervalo de 10 minutos entre uma e outra, no total os animais passavam por 4 exposições diárias, por 60 dias. A administração de empagliflosina foi na dosagem de 10mg/kg peso corporal na ração produzida semanalmente. As análises in vivo foram pressão arterial e ecocardiograma; após foram feitas dosagens bioquímicas, como sódio, potássio, ácido úrico, lipoproteína de baixa densidade e triglicerídeos, análise histológica por hematoxilina, imunofluorescência e western blot para verificar a expressão da SIRT1, PCGα e PPARα. Os dados foram analisados por teste “t” de Student e corrigidos por Bonferroni, com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Os animais expostos a fumaça de cigarros tiveram danos no coração, como hipertrofia concêntrica. A disfunção sistólica apresentada pelo ecocardiograma, através da % encurtamento endocárdico foi significativamente diferente entre os grupos Controle (59,8±22) e Fumo (52,6±4,7), assim como entre grupo Fumo (59,9±2,1) e Fumo Empa (58,9±3,7). Quanto a fração de Ejeção também houve diferença estatística entre os mesmos grupos: Controle (0,93±0,01) e Fumo (0,93±0,0), assim como entre Fumo (0,89±0,03) e Fumo Empa (0,93±0,02). Também foram encontradas disfunção diastólica avaliada pelo Tempo de Relaxamento Isovolumétrico corrigido pela Frequência Cardíaca TRIV R-R (49,1±8,1 vs. 52±4,3 com p =0,004) e (64±11,4 vs. 52,3±6,4 p=0,008); e não foram encontradas diferenças entre nos valores da glicemia, HOMA-IR, expressão das proteínas por western blot, parâmetros bioquímicos e histologia cardíaca. Conclusão: Portanto, a empagliflosina atenuou os efeitos tóxicos do cigarro no coração dos animais, preservando em estrutura e função cardíaca dos animais, porém as vias metabólicas investigadas não participaram desse processo.Introduction: Exposure to cigarette smoke increases the risk for cardiovascular diseases, such as hypertrophy and myocardial dysfunction, among other systemic health problems. Besides, it may lead to insulin resistance and metabolic abnormalities. Therefore, it is relevant to investigate medication that may attenuate this damage. The literature has evidenced that empagliflozin (EMPA) is efficient in mitigating cardiac remodeling, possibly acting on energy metabolism. This study aimed to evaluate the role of empagliflozin in cardiac remodeling induced by cigarette smoke, cardiac morphofunctional assessment, and metabolic pathways. Methodology: 60 male Wistar rats weighing 200- 250 grams were used, divided between the Control, receiving empagliflozyn, exposed to cigarette smoke and exposed to cigarette smoke, and receiving empagliflozin groups. The exposure of smoking occurred four times a day, and ten cigarettes were used for each exposure, for 30 minutes and a 10-minute interval between each other, for times per day, for 60 days. Empagliflozin was administered at a dosage of 10 mg/kg body weight in the ration weekly. Blood pressure and echocardiogram were performed in vivo; after that, biochemical measurements such as sodium, potassium, uric acid, low-density lipoprotein and triglycerides, and histological analysis hematoxylin, immunofluorescence, and western blot to check the expression of the SIRT 1, PCGα e PPARα. The data were analyzed by the "t" test of Students and corrected by Bonferroni, with a significance level of 5% (p <0.05). Results: Animals exposed to cigarette smoke had heart damage, such as concentric hypertrophy. The systolic dysfunction presented by the echocardiogram, through the% endocardial shortening, was significantly different between the Control (59.8 ± 22) and smoking (52.6 ± 4.7) groups, as well as between the smoking (59.9 ± 2, 1) and Empa Smoke (58.9 ± 3.7). Ejection fraction was different between the groups: Control (0.93 ± 0.01) and Smoke (0.93 ± 0.0), as well as between Smoke (0.89 ± 0.03) and Empa smoke (0.93 ± 0.02). Diastolic dysfunction assessed by Isovolumetric Relaxation Time corrected by isovolumetric relaxing time adjusted by heart rate (49.1 ± 8.1 vs. 52 ± 4.3 with p = 0.004) and (64 ± 11.4 vs. 52.3 ± 6.4 p = 0.008); and no differences were found among glycemia, HOMA-IR, protein expression by western blot, biochemical parameters, and cardiac histology. Conclusion:. Therefore, empagliflozin attenuated cigarettes' toxic effects on the animals' hearts, preserving the animals' cardiac structure and function.OutraUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Gaiolla, Paula Schmidt Azevedo [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lo, Angelo Thompson Colombo2021-04-15T12:57:12Z2021-04-15T12:57:12Z2021-03-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/20438033004064020P0porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-03T17:18:12Zoai:repositorio.unesp.br:11449/204380Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T17:18:12Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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