Efeito da intensidade do exercício aeróbio na modulação do apetite e ingestão alimentar em indivíduos com excesso de gordura corporal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/182519 |
Resumo: | A obesidade é um problema de saúde pública mundial. O controle da ingestão alimentar e a prática de exercícios físicos são ferramentas recomendadas para regulação da massa corporal. Sugere-se o exercício aeróbio em alta intensidade como eficiente estratégia para redução da gordura corporal, promovendo efeito anorexígeno temporário, com supressão do apetite e diminuição da ingestão alimentar. Com a IL-6 e o lactato atuando como potenciais moléculas envolvidas nessa regulação. O objetivo foi avaliar o efeito de diferentes intensidades de exercício aeróbio sobre as modulações no apetite e ingestão alimentar de indivíduos com excesso de gordura corporal, correlacionando as concentrações de IL-6 e lactato sanguíneo. Foram recrutados 14 homens (idade: 30,2±4,1 anos; massa corporal: 92,4±11,1kg; estatura:1,78±0,1 m; IMC:29,2±2,4 kg/m2; VO2max:33,7±6,6 ml/kg/min). Após a obtenção dos dados antropométricos e determinação do VO2max e potencia aeróbia máxima (PAM), as três sessões experimentais seguintes foram aleatoriamente randomizadas e compreenderam exercício contínuo de intensidade moderada (ECIM-50%PAM), Exercício intermitente de alta intensidade (EIAI-30:30s a 100% PAM: repouso passivo) em cicloergômetro e controle. Ao final das sessões era ofertada uma refeição ad libitum. A Escala Analógica Visual (EAV), relacionada à percepção subjetiva do apetite, contribuição dos sistemas energéticos, gasto energético total foram avaliados durante as sessões, ingestão alimentar, energia relativa e macronutrientes da refeição ad libitum foram avaliados pós-exercício. IL-6 e Lactato sanguíneo foram avaliadas pré e pós-esforço. EIAI apresentou valores superiores a ECIM na contribuição dos sistemas energéticos, lactato e percepção subjetiva de esforço, assim como um gasto energético (288,91±29,66 kcal vs 254,51±27,37 kcal, respectivamente, p<0,001). EAV e ingestão alimentar não apresentaram diferenças entre as sessões experimentais. Para IL-6 foi identificado efeito do tempo em ECIM (11:45 maior 10:15, p<0,05). Dados de EAV e ingestão alimentar não se correlacionaram com as concentrações de IL-6 e lactato. Sendo assim, conclui-se que ECIM e EIAI não alteraram EAV e ingestão alimentar. Sem contribuição da IL-6 e lactato pós-exercício na ingestão alimentar Porém não exibem compensação energética. Tais achados sugerem que a intensidade do exercício físico aeróbio, de forma isolada, não é eficaz na supressão do apetite e diminuição do consumo alimentar, mesmo com aumento da IL-6 e lactato em indivíduos sedentários com excesso de gordura corporal. |
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Efeito da intensidade do exercício aeróbio na modulação do apetite e ingestão alimentar em indivíduos com excesso de gordura corporalEffect of aerobic exercise intensity on appetite modulation and food intake in individuals with excess body fatExercício físico aeróbioBalanço energéticoConsumo alimentarObesidadeAerobic exerciseEnergy balanceFood intakeObesityA obesidade é um problema de saúde pública mundial. O controle da ingestão alimentar e a prática de exercícios físicos são ferramentas recomendadas para regulação da massa corporal. Sugere-se o exercício aeróbio em alta intensidade como eficiente estratégia para redução da gordura corporal, promovendo efeito anorexígeno temporário, com supressão do apetite e diminuição da ingestão alimentar. Com a IL-6 e o lactato atuando como potenciais moléculas envolvidas nessa regulação. O objetivo foi avaliar o efeito de diferentes intensidades de exercício aeróbio sobre as modulações no apetite e ingestão alimentar de indivíduos com excesso de gordura corporal, correlacionando as concentrações de IL-6 e lactato sanguíneo. Foram recrutados 14 homens (idade: 30,2±4,1 anos; massa corporal: 92,4±11,1kg; estatura:1,78±0,1 m; IMC:29,2±2,4 kg/m2; VO2max:33,7±6,6 ml/kg/min). Após a obtenção dos dados antropométricos e determinação do VO2max e potencia aeróbia máxima (PAM), as três sessões experimentais seguintes foram aleatoriamente randomizadas e compreenderam exercício contínuo de intensidade moderada (ECIM-50%PAM), Exercício intermitente de alta intensidade (EIAI-30:30s a 100% PAM: repouso passivo) em cicloergômetro e controle. Ao final das sessões era ofertada uma refeição ad libitum. A Escala Analógica Visual (EAV), relacionada à percepção subjetiva do apetite, contribuição dos sistemas energéticos, gasto energético total foram avaliados durante as sessões, ingestão alimentar, energia relativa e macronutrientes da refeição ad libitum foram avaliados pós-exercício. IL-6 e Lactato sanguíneo foram avaliadas pré e pós-esforço. EIAI apresentou valores superiores a ECIM na contribuição dos sistemas energéticos, lactato e percepção subjetiva de esforço, assim como um gasto energético (288,91±29,66 kcal vs 254,51±27,37 kcal, respectivamente, p<0,001). EAV e ingestão alimentar não apresentaram diferenças entre as sessões experimentais. Para IL-6 foi identificado efeito do tempo em ECIM (11:45 maior 10:15, p<0,05). Dados de EAV e ingestão alimentar não se correlacionaram com as concentrações de IL-6 e lactato. Sendo assim, conclui-se que ECIM e EIAI não alteraram EAV e ingestão alimentar. Sem contribuição da IL-6 e lactato pós-exercício na ingestão alimentar Porém não exibem compensação energética. Tais achados sugerem que a intensidade do exercício físico aeróbio, de forma isolada, não é eficaz na supressão do apetite e diminuição do consumo alimentar, mesmo com aumento da IL-6 e lactato em indivíduos sedentários com excesso de gordura corporal.Obesity has been an problem health worldwide. However, food intake control and physical exercise performance recommended tools for obesity prevention and treatment. Evidences indicated aerobic exercise performed in high intensity promotes anorectic transient effect, appetite suppression and decrease food intake. IL-6 and lactate are potentials agents involved in this regulation. The aim was evaluated different intensities of aerobic exercise effects on appetite modulation and food intake in excess body fat subjects, and correlating with IL-6 and blood lactate concentrations. A total of 14 men was recruited (age: 30.2±4.1 years, body mass: 92.4±11.1 kg, height: 1.78±0.1 m, BMI 29.2±2.4 kg/m2, VO2max: 33.7±6.6 ml/kg/min). The first session was to obtain the anthropometric data and determination of VO2max and maximal aerobic power (MAP). The remaining three experimental sessions were randomized, moderate intensity continuous exercise (MICE-50% MAP), high intensity intermittent exercise (HIIE 30:30s to 100% MAP: passive rest) was performed in cycloergometer and control session (no exercise). At the end of experimental sessions was offered ad libitum meal. Perception subjective related to appetite with Visual Analogue Scale (VAS), energy contribution systems, total energy expenditure were assessed during experimental session. Food intake (absolute and normalized by body mass), relative energy, macronutrients after ad libitum meal were evaluated. IL-6 and Lactate was evaluated pre and post effort. HIIE presented aerobic, anaerobic contribution, lactate and perception subject effort superior to MICE, as well as energy expenditure (288.91±29.66 kcal vs 254.51±27.37 kcal respectively, p <0.001). VAS and food intake did not present differences between experimental sessions. For IL-6 only time effect on MICE was identified (11:45 higher than 10:15, p<0.05). VAS and food intake data were not correlated with IL-6 and lactate. In this way, we conclude that different intensities (MICE and HIIE) did not significantly influence VAS and food intake parameters. There no was IL-6 and lactate post-exercise contribution on food intake regulation. However, without compensatory intake effect. These findings suggest that aerobic exercise intensity alone is not effective in appetite suppression and food intake reduce, even increased IL-6 and lactate concentrations in sedentary with excess body fat individuals.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lira, Fábio Santos de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Caldeira, Renan Santos [UNESP]2019-07-12T12:32:10Z2019-07-12T12:32:10Z2019-03-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18251900091843433004137062P013297716835860730000-0002-9645-1003porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-12T06:09:27Zoai:repositorio.unesp.br:11449/182519Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T17:26:27.546336Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A obesidade é um problema de saúde pública mundial. O controle da ingestão alimentar e a prática de exercícios físicos são ferramentas recomendadas para regulação da massa corporal. Sugere-se o exercício aeróbio em alta intensidade como eficiente estratégia para redução da gordura corporal, promovendo efeito anorexígeno temporário, com supressão do apetite e diminuição da ingestão alimentar. Com a IL-6 e o lactato atuando como potenciais moléculas envolvidas nessa regulação. O objetivo foi avaliar o efeito de diferentes intensidades de exercício aeróbio sobre as modulações no apetite e ingestão alimentar de indivíduos com excesso de gordura corporal, correlacionando as concentrações de IL-6 e lactato sanguíneo. Foram recrutados 14 homens (idade: 30,2±4,1 anos; massa corporal: 92,4±11,1kg; estatura:1,78±0,1 m; IMC:29,2±2,4 kg/m2; VO2max:33,7±6,6 ml/kg/min). Após a obtenção dos dados antropométricos e determinação do VO2max e potencia aeróbia máxima (PAM), as três sessões experimentais seguintes foram aleatoriamente randomizadas e compreenderam exercício contínuo de intensidade moderada (ECIM-50%PAM), Exercício intermitente de alta intensidade (EIAI-30:30s a 100% PAM: repouso passivo) em cicloergômetro e controle. Ao final das sessões era ofertada uma refeição ad libitum. A Escala Analógica Visual (EAV), relacionada à percepção subjetiva do apetite, contribuição dos sistemas energéticos, gasto energético total foram avaliados durante as sessões, ingestão alimentar, energia relativa e macronutrientes da refeição ad libitum foram avaliados pós-exercício. IL-6 e Lactato sanguíneo foram avaliadas pré e pós-esforço. EIAI apresentou valores superiores a ECIM na contribuição dos sistemas energéticos, lactato e percepção subjetiva de esforço, assim como um gasto energético (288,91±29,66 kcal vs 254,51±27,37 kcal, respectivamente, p<0,001). EAV e ingestão alimentar não apresentaram diferenças entre as sessões experimentais. Para IL-6 foi identificado efeito do tempo em ECIM (11:45 maior 10:15, p<0,05). Dados de EAV e ingestão alimentar não se correlacionaram com as concentrações de IL-6 e lactato. Sendo assim, conclui-se que ECIM e EIAI não alteraram EAV e ingestão alimentar. Sem contribuição da IL-6 e lactato pós-exercício na ingestão alimentar Porém não exibem compensação energética. Tais achados sugerem que a intensidade do exercício físico aeróbio, de forma isolada, não é eficaz na supressão do apetite e diminuição do consumo alimentar, mesmo com aumento da IL-6 e lactato em indivíduos sedentários com excesso de gordura corporal. |
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