Caracterização do parasitismo por larvas de ácaros na família Cycloramphidae (Amphibia, Anura)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roberto, Lucas Palandi
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/250891
Resumo: Anfíbios anuros são hospedeiros de muitos tipos de parasitas. Apesar de larvas de ácaros (chiggers) serem parasitas frequentemente encontrados em anfíbios, poucos estudos são voltados para este tipo de parasitismo. As larvas de ácaros parasitas penetram na pele de seus hospedeiros e se alojam sob a derme formando nódulos de coloração alaranjada. No presente estudo descrevemos o parasitismo por larvas de ácaros dentro da família Cycloramphidae, composta por três gêneros: Cycloramphus, Thoropa e Zachaenus. Um total de 1.087 indivíduos foram analisados para quantificar os seguintes parâmetros do parasitismo: prevalência, intensidade média e abundância média. Analisamos também as diferenças das taxas de parasitismo entre os sexos, quais regiões corporais são mais parasitadas pelas larvas de ácaros e se o tamanho corporal tem relação com a quantidade de larvas de ácaros. Encontramos sete espécies que são hospedeiras de larvas de ácaros parasitas. Em Cycloramphus boraceiensis não encontramos diferença significativa na prevalência do parasitismo entre os sexos. A intensidade média da infestação nesta espécie foi maior nos machos que nas fêmeas. Para C. brasiliensis não encontramos diferenças entre a prevalência e intensidade média do parasitismo entre os sexos. Para C. dubius não encontramos diferenças significativas na prevalência do parasitismo entre os sexos. A intensidade média de infestação nesta espécie foi maior nos machos que nas fêmeas. Encontramos uma relação significativa entre o tamanho corporal e a intensidade de parasitas apenas para C. boraceiensis e C. dubius. Em Thoropa miliaris e T. taophora não encontramos diferenças significativas na prevalência e intensidade média do parasitismo entre os sexos. O tamanho corporal para estas espécies parece não ter relação com o número de larvas de ácaros parasitas. Apenas fêmeas de Thoropa saxatilis foram encontradas com larvas parasitas. As regiões corporais mais utilizadas pelas larvas parasitas nesta família são os membros posteriores, principalmente a coxa, e as laterais do corpo. Concluímos que as taxas do parasitismo na família Cycloramphidae não podem ser consideradas altas e que talvez isso seja reflexo de inúmeros fatores bióticos e abióticos, assim como as diferenças encontradas entre os sexos provavelmente refletem o comportamento de cada espécie e as condições fisiológicas de cada indivíduo.
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Analisamos também as diferenças das taxas de parasitismo entre os sexos, quais regiões corporais são mais parasitadas pelas larvas de ácaros e se o tamanho corporal tem relação com a quantidade de larvas de ácaros. Encontramos sete espécies que são hospedeiras de larvas de ácaros parasitas. Em Cycloramphus boraceiensis não encontramos diferença significativa na prevalência do parasitismo entre os sexos. A intensidade média da infestação nesta espécie foi maior nos machos que nas fêmeas. Para C. brasiliensis não encontramos diferenças entre a prevalência e intensidade média do parasitismo entre os sexos. Para C. dubius não encontramos diferenças significativas na prevalência do parasitismo entre os sexos. A intensidade média de infestação nesta espécie foi maior nos machos que nas fêmeas. Encontramos uma relação significativa entre o tamanho corporal e a intensidade de parasitas apenas para C. boraceiensis e C. dubius. Em Thoropa miliaris e T. taophora não encontramos diferenças significativas na prevalência e intensidade média do parasitismo entre os sexos. O tamanho corporal para estas espécies parece não ter relação com o número de larvas de ácaros parasitas. Apenas fêmeas de Thoropa saxatilis foram encontradas com larvas parasitas. As regiões corporais mais utilizadas pelas larvas parasitas nesta família são os membros posteriores, principalmente a coxa, e as laterais do corpo. Concluímos que as taxas do parasitismo na família Cycloramphidae não podem ser consideradas altas e que talvez isso seja reflexo de inúmeros fatores bióticos e abióticos, assim como as diferenças encontradas entre os sexos provavelmente refletem o comportamento de cada espécie e as condições fisiológicas de cada indivíduo.Anuran amphibians are hosts of many types of parasites. Although mite larvae (chiggers) parasite amphibians, few studies are focused on this type of parasitism. The chiggers penetrate the skin of their hosts and lodge themselves under the dermis, creating orange nodules. In the present study, we describe the parasitism by mite larvae within the Cycloramphidae family, composed by three genera: Cycloramphus, Thoropa, and Zachaenus. A total of 1,087 individuals were analyzed to quantify the following parasitism parameters: prevalence, average intensity, and average abundance. We also analyzed the differences in parasitism between the genders, which body regions are most affected by chiggers, and if the body size influences the amount of mite larvae. We found seven species that are hosts of parasitic mite larvae. In Cycloramphus boraceiensis we found no significant difference in prevalence of parasitism between the sexes. The average intensity of infestation for this species was higher in males than in females. For C. brasiliensis, we did not find any differences between the prevalence and mean intensity of parasitism between the sexes. For C. dubius, we did not find any significant differences in prevalence of parasitism between genders. The average intensity of infestation for this species was higher in males than in females. We found a significant relationship between body size and parasite intensity only for C. boraceiensis and C. dubius. In Thoropa miliaris and T. taophora, we did not find any significant differences in the prevalence and average intensity of parasitism between the sexes. Only Thoropa saxatilis females were found with parasitic larvae. Body size for these species does not appear to be related to the number of larvae of parasitic mites. The most commonly used body regions by the parasitic larvae in this family are the hind limbs, especially the thigh, and its sides of the body. We conclude that parasitism rates in the family Cycloramphidae cannot be considered high and that this may be a reflection of numerous biotic and abiotic factors, as well as the differences found between the sexes, probably reflecting the behavior of each species and the physiological conditions of each individual.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Haddad, Célio Fernando Baptista [UNESP]Taucce, Pedro Paulo Goulart [UNESP]Roberto, Lucas Palandi2023-10-06T13:43:25Z2023-10-06T13:43:25Z2018info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/11449/250891porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-19T06:29:46Zoai:repositorio.unesp.br:11449/250891Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-19T06:29:46Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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