Estudo retrospectivo de casos de leishmaniose visceral canina atendidos em um hospital veterinário de uma área endêmica para a doença

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo, Jaqueline dos Santos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/182527
Resumo: Os objetivos do presente estudo foram verificar, em uma população de cães com leishmaniose visceral, atendida em um hospital veterinário de área endêmica para a doença no Brasil, as principais alterações clínicas observadas, os métodos utilizados para confirmar o diagnóstico, o tempo decorrido entre o início dos sintomas e o diagnóstico e a utilização de métodos de prevenção da doença. Os prontuários dos cães atendidos durante o período do estudo foram avaliados afim de selecionar àqueles que possuíam diagnóstico da doença. Na população estudada machos e cães de raças definidas apresentaram uma maior predisposição ao desenvolvimento da doença. Dentre as alterações clínicas mais frequentemente observadas destacam-se linfoadenomegalia, lesões dermatológicas, alterações gastrointestinais, anorexia ou hiporexia, perda de peso e alterações oftálmicas. Mais de 80% dos cães apresentava hiperproteinemia. Em 59,52% dos animais o diagnóstico foi confirmado apenas por meio de exame parasitológico direto, sendo em 56,34% por citologia de punção biopsia aspirativa de linfonodos. O tempo de evolução da doença no momento da primeira consulta no hospital veterinário variou de uma semana a mais de um ano, com 42,86% dos animais apresentando sintomas entre um e 12 meses. Cerca de metade dos cães já havia recebido algum tipo de tratamento para os sintomas, sem diagnóstico de leishmaniose visceral canina. Somente quatro cães faziam uso de coleiras inseticidas como método preventivo. Os achados permitem afirmar que muitos animais doentes não são diagnosticados precocemente e nem incluídos como suspeitos para a doença, agravando a situação epidemiológica país. Ainda, chama atenção a quase completa ausência de métodos preventivos para a doença.
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