Lygodium ×fayae: abrindo o caminho para uma maior compreensão sobre híbridos de samambaias brasileiras: um estudo morfológico e anatômico sobre as espécies brasileiras de Lygodium (Lygodieaceae), focado em morfologia de estômatos e esporos, e germinação de esporos
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/192654 |
Resumo: | A família Lygodiaceae sempre teve uma taxonomia contraditória, o número de espécies aceitas no Brasil variando de duas a doze ao longo das décadas. Sendo Lygodiaceae uma família antiga, acredita-se que essas contradições possam ser causadas por híbridos. Os híbridos surgem pelo cruzamento de duas ou mais espécies e, geralmente, são primeiro identificados por suas características morfológicas intermediárias entre as espécies parentais. Normalmente, os híbridos recentes de samambaia são detectados ocorrendo junto com suas espécies parentais. Os esporos de indivíduos híbridos geralmente são mal formados e / ou abortados, portanto, inviáveis, mas os poucos esporos viáveis poderiam iniciar o processo de especiação de uma nova espécie. Considerando a sobreposição de características morfológicas, a hibridação poderia ter ocorrido entre duas espécies de Lygodium no Brasil, L. venustum e L. volubile gerando o hipotético híbrido L. × fayae. Devido à difícil identificação desses táxons, nossos estudos analisaram dois caracteres diferentes (tamanho e morfologia dos esporos e estômatos) por microscopia eletrônica de varredura, estudamos a germinação dos esporos e criamos novas descrições e uma chave de identificação às espécies aceitas para ajudar na delimitação taxonômica dos dois táxons de Lygodium e seu híbrido putativo. De acordo com nossos resultados, as espécies classificadas como L. × fayae na região sudeste do Brasil não são híbridas, mas uma variação morfológica de Lygodium venustum. Estudos adicionais sobre análises morfométricas com medidas de estômatos e esporos devem realizados para dar maior suporte aos nossos resultados. |
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Lygodium ×fayae: abrindo o caminho para uma maior compreensão sobre híbridos de samambaias brasileiras: um estudo morfológico e anatômico sobre as espécies brasileiras de Lygodium (Lygodieaceae), focado em morfologia de estômatos e esporos, e germinação de esporosLygodium ×fayae: opening a path to a better understanding of Brazilian ferns hybrids: a morphological and anatomical study of Brazilian Lygodium species (Lygodiaceae), focusing on spore and stomata morphology and spore germinationFernsLygodiaceaeMorphologySchizaealesSporesStomataA família Lygodiaceae sempre teve uma taxonomia contraditória, o número de espécies aceitas no Brasil variando de duas a doze ao longo das décadas. Sendo Lygodiaceae uma família antiga, acredita-se que essas contradições possam ser causadas por híbridos. Os híbridos surgem pelo cruzamento de duas ou mais espécies e, geralmente, são primeiro identificados por suas características morfológicas intermediárias entre as espécies parentais. Normalmente, os híbridos recentes de samambaia são detectados ocorrendo junto com suas espécies parentais. Os esporos de indivíduos híbridos geralmente são mal formados e / ou abortados, portanto, inviáveis, mas os poucos esporos viáveis poderiam iniciar o processo de especiação de uma nova espécie. Considerando a sobreposição de características morfológicas, a hibridação poderia ter ocorrido entre duas espécies de Lygodium no Brasil, L. venustum e L. volubile gerando o hipotético híbrido L. × fayae. Devido à difícil identificação desses táxons, nossos estudos analisaram dois caracteres diferentes (tamanho e morfologia dos esporos e estômatos) por microscopia eletrônica de varredura, estudamos a germinação dos esporos e criamos novas descrições e uma chave de identificação às espécies aceitas para ajudar na delimitação taxonômica dos dois táxons de Lygodium e seu híbrido putativo. De acordo com nossos resultados, as espécies classificadas como L. × fayae na região sudeste do Brasil não são híbridas, mas uma variação morfológica de Lygodium venustum. Estudos adicionais sobre análises morfométricas com medidas de estômatos e esporos devem realizados para dar maior suporte aos nossos resultados.The family Lygodiaceae has always had a contradictory taxonomy, the number of accepted species in Brazil varying from two to twelve through the decades. Lygodiaceae being an old family, this contradictions are believed to be caused by hybrids. Hybrids arise by the crossing of two or more species, and, usually, they are first identified by its intermediate morphological characteristics among the parental species. Normally, early fern hybrids are detected occurring along with its parental species. The spores of hybrid individuals generally are badly formed and/or aborted, thus, not viable, but the few balanced spores could starts the speciation process of a new species. Considering the overlapping of morphological characteristics, it could have occurred in two species of Lygodium in Brazil, L. venustum and L. volubile and the hypothetical hybrid L. ×fayae. Due to the difficult in identification of these taxa, our studies herein analysed two different characters (spore and stomata size and morphology) through scanning electronic microscopy, we studies the spore germination and new descriptions and an identification key were done to the accepted species to help clearing the taxonomic delimitation of the two taxa of Lygodium and their putative hybrid. According to our results, the species herein classified as L. ×fayae on the Brazilian south-east region is not a hybrid, but a morphological variation of Lygodium venustum. Additional studies on morphometric analysis with the measures of stomata and spore are being carry out to to give greater support to our results.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Perez, Ana Paula Fortuna [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lindsey, Rebekah Helen2020-05-27T20:38:59Z2020-05-27T20:38:59Z2020-04-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19265400093150733004064025P2enginfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-14T06:23:19Zoai:repositorio.unesp.br:11449/192654Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T22:57:34.860926Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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