Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Maria Andrea [UNESP]
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/101764
Resumo: Para determinar como se inicia a convecção na região sudoeste da Amazônia, foram analisados dados do TRMM/LBA (Tropical Rainfall Measuring Mission / Large-scale Biosphere Atmosphere). A base para determinar onde e quando a convecção iniciou foi o radar banda-S, com polarização dual (S-Pol), do National Center for Atmospheric Research (NCAR). Utilizaram-se, adicionalmente, dados do canal visível do satélite GOES-8 para identificar piscinas frias produzidas pela precipitação convectiva. Essas informações, em conjunto com dados topográficos de alta resolução, foram utilizadas na determinação dos mecanismos possíveis de disparos da convecção. A elevação do terreno na área de estudo varia de 100 a 600m. Este estudo apresenta os resultados de 5 de fevereiro de 1999. Um total de 315 tempestades iniciou-se dentro do raio de 130km do radar S-Pol. Nesse dia, classificado como de fraco regime de monção, a convecção desenvolveu-se em resposta ao ciclo diurno do aquecimento solar. Cúmulos rasos espalhados durante a manhã desenvolveram-se em convecção profunda no início da tarde. As tempestades tiveram início após as 11h, com um pico de iniciação entre 15 e 16h. As causas de início de tempestades foram classificadas em 4 categorias. O modo mais comum de iniciação foi o levantamento forçado por frente de rajada (36%). A categoria, que inclui forçantes topográficas (>300m), sem a influência de nenhum outro mecanismo, é responsável por 21% das iniciações e a colisão de frentes de rajada por 16%. Nos 27% restantes, não foi possível a identificação de nenhum mecanismo. O exame de todos os dias do experimento TRMM/LBA mostrou que o dia estudado em detalhe foi representativo de muitos outros dias. Um modelo conceitual para o início e a evolução de tempestades é apresentado. Esses resultados, que devem ter implicações para outros...
id UNSP_777f956cab21e4d4f0a652e93472a5aa
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/101764
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmidoPrevisão de tempoTempestadesConvecção (Meteorologia)Radar DopplerConvective initiationCold poolsGust frontNowcastingPara determinar como se inicia a convecção na região sudoeste da Amazônia, foram analisados dados do TRMM/LBA (Tropical Rainfall Measuring Mission / Large-scale Biosphere Atmosphere). A base para determinar onde e quando a convecção iniciou foi o radar banda-S, com polarização dual (S-Pol), do National Center for Atmospheric Research (NCAR). Utilizaram-se, adicionalmente, dados do canal visível do satélite GOES-8 para identificar piscinas frias produzidas pela precipitação convectiva. Essas informações, em conjunto com dados topográficos de alta resolução, foram utilizadas na determinação dos mecanismos possíveis de disparos da convecção. A elevação do terreno na área de estudo varia de 100 a 600m. Este estudo apresenta os resultados de 5 de fevereiro de 1999. Um total de 315 tempestades iniciou-se dentro do raio de 130km do radar S-Pol. Nesse dia, classificado como de fraco regime de monção, a convecção desenvolveu-se em resposta ao ciclo diurno do aquecimento solar. Cúmulos rasos espalhados durante a manhã desenvolveram-se em convecção profunda no início da tarde. As tempestades tiveram início após as 11h, com um pico de iniciação entre 15 e 16h. As causas de início de tempestades foram classificadas em 4 categorias. O modo mais comum de iniciação foi o levantamento forçado por frente de rajada (36%). A categoria, que inclui forçantes topográficas (>300m), sem a influência de nenhum outro mecanismo, é responsável por 21% das iniciações e a colisão de frentes de rajada por 16%. Nos 27% restantes, não foi possível a identificação de nenhum mecanismo. O exame de todos os dias do experimento TRMM/LBA mostrou que o dia estudado em detalhe foi representativo de muitos outros dias. Um modelo conceitual para o início e a evolução de tempestades é apresentado. Esses resultados, que devem ter implicações para outros...Radar and satellite data from the Tropical Rainfall Measuring Mission / Large-scale Biosphere Atmosphere (TRMM/LBA) project have been examined to determine causes for convective storm initiation in the southwest Amazon region. The locations and times of storm initiation were based on the National Center for Atmospheric Research (NCAR) S-band dual-polarization Doppler radar (S-Pol). Both the radar and GOES-8 visible data were used to identify cold pools produced by convective precipitation. This data along with high-resolution topographic data were used to determine possible convective storm triggering mechanisms. The terrain elevation varied from 100 – 600 m. Tropical forests cover the area with numerous clear cut areas used for cattle grazing and farming. This study presents the results from 5 February 1999. A total of 315 storms initiated within 130 km of the S-Pol radar. This day was classified as a weak monsoon regime where convection developed in response to the diurnal cycle of solar heating. Scattered shallow cumulus during the morning developed into deep convection by early afternoon. Storm initiation began about 1100 LST and peaked around 1500-1600 LST. The causes of storm initiation were classified into 4 categories. The most common initiation mechanism was caused by forced lifting by a gust front (36%). Forcing by terrain (>300 m) without any other triggering mechanism accounted for 21% of the initiations and colliding gust fronts 16%. For the remaining 27% a triggering mechanism was not identified. Examination of all days during TRMM/LBA showed that this one detailed study day was representative of many days. A conceptual model of storm initiation and evolution is presented. The results of this study should have implications for other locations when synoptic scale forcing mechanisms are at a minimum... (Complete abstract click electronic access below)OutrosUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Escobedo, João Francisco [UNESP]Dias, Maria Assunção Faus da Silva [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Lima, Maria Andrea [UNESP]2014-06-11T19:31:35Z2014-06-11T19:31:35Z2008-06-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisxiii, 92 f. : il. color., gráfs., tabs.application/pdfLIMA, Maria Andrea. Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido. 2008. xiii, 92 f. Tese (doutrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, 2008.http://hdl.handle.net/11449/101764000570463lima_ma_dr_botfca.pdf33004064021P7Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-05-02T20:23:57Zoai:repositorio.unesp.br:11449/101764Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T14:56:01.451643Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido
title Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido
spellingShingle Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido
Lima, Maria Andrea [UNESP]
Previsão de tempo
Tempestades
Convecção (Meteorologia)
Radar Doppler
Convective initiation
Cold pools
Gust front
Nowcasting
title_short Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido
title_full Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido
title_fullStr Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido
title_full_unstemmed Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido
title_sort Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido
author Lima, Maria Andrea [UNESP]
author_facet Lima, Maria Andrea [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Escobedo, João Francisco [UNESP]
Dias, Maria Assunção Faus da Silva [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Lima, Maria Andrea [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Previsão de tempo
Tempestades
Convecção (Meteorologia)
Radar Doppler
Convective initiation
Cold pools
Gust front
Nowcasting
topic Previsão de tempo
Tempestades
Convecção (Meteorologia)
Radar Doppler
Convective initiation
Cold pools
Gust front
Nowcasting
description Para determinar como se inicia a convecção na região sudoeste da Amazônia, foram analisados dados do TRMM/LBA (Tropical Rainfall Measuring Mission / Large-scale Biosphere Atmosphere). A base para determinar onde e quando a convecção iniciou foi o radar banda-S, com polarização dual (S-Pol), do National Center for Atmospheric Research (NCAR). Utilizaram-se, adicionalmente, dados do canal visível do satélite GOES-8 para identificar piscinas frias produzidas pela precipitação convectiva. Essas informações, em conjunto com dados topográficos de alta resolução, foram utilizadas na determinação dos mecanismos possíveis de disparos da convecção. A elevação do terreno na área de estudo varia de 100 a 600m. Este estudo apresenta os resultados de 5 de fevereiro de 1999. Um total de 315 tempestades iniciou-se dentro do raio de 130km do radar S-Pol. Nesse dia, classificado como de fraco regime de monção, a convecção desenvolveu-se em resposta ao ciclo diurno do aquecimento solar. Cúmulos rasos espalhados durante a manhã desenvolveram-se em convecção profunda no início da tarde. As tempestades tiveram início após as 11h, com um pico de iniciação entre 15 e 16h. As causas de início de tempestades foram classificadas em 4 categorias. O modo mais comum de iniciação foi o levantamento forçado por frente de rajada (36%). A categoria, que inclui forçantes topográficas (>300m), sem a influência de nenhum outro mecanismo, é responsável por 21% das iniciações e a colisão de frentes de rajada por 16%. Nos 27% restantes, não foi possível a identificação de nenhum mecanismo. O exame de todos os dias do experimento TRMM/LBA mostrou que o dia estudado em detalhe foi representativo de muitos outros dias. Um modelo conceitual para o início e a evolução de tempestades é apresentado. Esses resultados, que devem ter implicações para outros...
publishDate 2008
dc.date.none.fl_str_mv 2008-06-09
2014-06-11T19:31:35Z
2014-06-11T19:31:35Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv LIMA, Maria Andrea. Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido. 2008. xiii, 92 f. Tese (doutrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, 2008.
http://hdl.handle.net/11449/101764
000570463
lima_ma_dr_botfca.pdf
33004064021P7
identifier_str_mv LIMA, Maria Andrea. Iniciação de tempestades convectivas em um ambiente tropical úmido. 2008. xiii, 92 f. Tese (doutrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, 2008.
000570463
lima_ma_dr_botfca.pdf
33004064021P7
url http://hdl.handle.net/11449/101764
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv xiii, 92 f. : il. color., gráfs., tabs.
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv Aleph
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808128438101344256