Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/98439 |
Resumo: | A febre reumática (FR) é uma doença pós-infecciosa, causada pelo Streptococus β hemolítico do Grupo A de Lancefield, de mecanismo auto-imune. As suas manifestações clínicas principais são denominadas sinais maiores, incluindo a artrite, cardite, coréia, nódulos subcutâneos e eritema marginado. Entre as manifestações denominadas sinais menores estão o aumento do intervalo P-R no eletrocardiograma, febre, provas de fase aguda positivas, como a VHS e a proteína C reativa. A comprovação de infecção recente pelo estreptococo é considerada um critério essencial. A FR é ainda prevalente nos países em desenvolvimento e emergentes, tendo como complicações crônica o dano valvular causado pela cardite. A sua prevenção é realizada com a erradicação do estreptococo na orofaringe, por meio da profilaxia primária com penicilina benzatina e a profilaxia secundária com a manutenção da penicilina benzatina em intervalos de 21 dias, de acordo com a recomendação da OMS. Como a FR pode apresentar seqüelas, impacto social e na qualidade de vida, justifica-se a avaliação do desfecho clínico e as suas manifestações em longo prazo. Examinar a epidemiologia, as características clínicas e o desfecho da FR em uma série de casos, nos últimos 20 anos em uma unidade acadêmica dedicada à reumatologia pediátrica (HC-FMB-UNESP). 178 casos foram identificados no período de 1986 a 2007 e destes, 134 foram revisados de acordo com um protocolo listando as manifestações clínicas e laboratoriais, o uso de medicação, o período de acompanhamento e os episódios de recorrência durante o seguimento para vigilância da profilaxia secundária. Os dados demográficos, assim como as manifestações clínicas, laboratoriais e de desfecho são apresentados por meio de freqüência para os dados categóricos e pela estatística descritiva para variáveis contínuas. A probabilidade... |
id |
UNSP_78eb0f340b557d8ec7ad382fdf1d9db8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/98439 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de BotucatuFebre reumaticaArthritisCarditisRheumatic FeverA febre reumática (FR) é uma doença pós-infecciosa, causada pelo Streptococus β hemolítico do Grupo A de Lancefield, de mecanismo auto-imune. As suas manifestações clínicas principais são denominadas sinais maiores, incluindo a artrite, cardite, coréia, nódulos subcutâneos e eritema marginado. Entre as manifestações denominadas sinais menores estão o aumento do intervalo P-R no eletrocardiograma, febre, provas de fase aguda positivas, como a VHS e a proteína C reativa. A comprovação de infecção recente pelo estreptococo é considerada um critério essencial. A FR é ainda prevalente nos países em desenvolvimento e emergentes, tendo como complicações crônica o dano valvular causado pela cardite. A sua prevenção é realizada com a erradicação do estreptococo na orofaringe, por meio da profilaxia primária com penicilina benzatina e a profilaxia secundária com a manutenção da penicilina benzatina em intervalos de 21 dias, de acordo com a recomendação da OMS. Como a FR pode apresentar seqüelas, impacto social e na qualidade de vida, justifica-se a avaliação do desfecho clínico e as suas manifestações em longo prazo. Examinar a epidemiologia, as características clínicas e o desfecho da FR em uma série de casos, nos últimos 20 anos em uma unidade acadêmica dedicada à reumatologia pediátrica (HC-FMB-UNESP). 178 casos foram identificados no período de 1986 a 2007 e destes, 134 foram revisados de acordo com um protocolo listando as manifestações clínicas e laboratoriais, o uso de medicação, o período de acompanhamento e os episódios de recorrência durante o seguimento para vigilância da profilaxia secundária. Os dados demográficos, assim como as manifestações clínicas, laboratoriais e de desfecho são apresentados por meio de freqüência para os dados categóricos e pela estatística descritiva para variáveis contínuas. A probabilidade...Rheumatic Fever (RF) is a post-infectious disease caused by group A Streptococcus, with autoimmune mechanism. The main clinical features are named major signs as arthritis, carditis, chorea, subcutaneous nodules and erythema marginatum. Among other features, there are the minor signs as increased P-R interval on electrocardiogram (ECG), fever and acute phase reaction measured by erythrocyte sedimentation rate (ESR) or C-reactive protein (CRP). Evidence of previous streptococcal infection is considered a core criteria. RF is highly prevalent in developing countries, where the main complication is damaged heart valves due to carditis. Prophylaxis is called primary when long-acting benzyl penicilin is administered for the first time after diagnosis and it is called secondary prophylaxis for maintenance treatment with long-acting benzyl penicilin every 3 weeks, according to the WHO guidelines. As RF may result in heart damage with both quality of life and social impact, it is valuable to assess its long term outcome. To examine epidemiology , clinical features and outcome of RF in a paediatric case series, seen in an academic unit dedicated to paediatric rheumatology (HC-FMB-UNESP) during the last 20 years. 178 cases were identified from 1986 to 2007, of those 134 were fully revised according to a standardized protocol checking for clinical and laboratorial features, treatment, follow up and acute RF relapse during follow up for prophylaxis surveillance. Demographics, clinical and laboratorial features as well as outcome data are reported by frequency for categorical variables. Continuous variables are presented by descriptive statistics. The probability of carditis, valve damage and RF relapses were examined by survival analysis with actuarial survival plots. Of 134 revised cases, age at onset was from 4 to 13.8 years, follow up duration was from 1.1 to 16.9 years mean 6.8 SD (3.6) and median... (Complete abstract click electronic access below)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Magalhães, Cláudia Saad [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Carvalho, Simone Manso de [UNESP]2014-06-11T19:29:34Z2014-06-11T19:29:34Z2009-09-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis86 f.application/pdfCARVALHO, Simone Manso de. Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu. 2009. 86 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2009.http://hdl.handle.net/11449/98439000603226carvalho_sm_me_botfm.pdf33004064078P970983100083716320000-0002-7631-7093Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-04T13:10:03Zoai:repositorio.unesp.br:11449/98439Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-04T13:10:03Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu |
title |
Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu |
spellingShingle |
Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu Carvalho, Simone Manso de [UNESP] Febre reumatica Arthritis Carditis Rheumatic Fever |
title_short |
Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu |
title_full |
Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu |
title_fullStr |
Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu |
title_full_unstemmed |
Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu |
title_sort |
Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu |
author |
Carvalho, Simone Manso de [UNESP] |
author_facet |
Carvalho, Simone Manso de [UNESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Magalhães, Cláudia Saad [UNESP] Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Carvalho, Simone Manso de [UNESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Febre reumatica Arthritis Carditis Rheumatic Fever |
topic |
Febre reumatica Arthritis Carditis Rheumatic Fever |
description |
A febre reumática (FR) é uma doença pós-infecciosa, causada pelo Streptococus β hemolítico do Grupo A de Lancefield, de mecanismo auto-imune. As suas manifestações clínicas principais são denominadas sinais maiores, incluindo a artrite, cardite, coréia, nódulos subcutâneos e eritema marginado. Entre as manifestações denominadas sinais menores estão o aumento do intervalo P-R no eletrocardiograma, febre, provas de fase aguda positivas, como a VHS e a proteína C reativa. A comprovação de infecção recente pelo estreptococo é considerada um critério essencial. A FR é ainda prevalente nos países em desenvolvimento e emergentes, tendo como complicações crônica o dano valvular causado pela cardite. A sua prevenção é realizada com a erradicação do estreptococo na orofaringe, por meio da profilaxia primária com penicilina benzatina e a profilaxia secundária com a manutenção da penicilina benzatina em intervalos de 21 dias, de acordo com a recomendação da OMS. Como a FR pode apresentar seqüelas, impacto social e na qualidade de vida, justifica-se a avaliação do desfecho clínico e as suas manifestações em longo prazo. Examinar a epidemiologia, as características clínicas e o desfecho da FR em uma série de casos, nos últimos 20 anos em uma unidade acadêmica dedicada à reumatologia pediátrica (HC-FMB-UNESP). 178 casos foram identificados no período de 1986 a 2007 e destes, 134 foram revisados de acordo com um protocolo listando as manifestações clínicas e laboratoriais, o uso de medicação, o período de acompanhamento e os episódios de recorrência durante o seguimento para vigilância da profilaxia secundária. Os dados demográficos, assim como as manifestações clínicas, laboratoriais e de desfecho são apresentados por meio de freqüência para os dados categóricos e pela estatística descritiva para variáveis contínuas. A probabilidade... |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-09-02 2014-06-11T19:29:34Z 2014-06-11T19:29:34Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
CARVALHO, Simone Manso de. Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu. 2009. 86 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2009. http://hdl.handle.net/11449/98439 000603226 carvalho_sm_me_botfm.pdf 33004064078P9 7098310008371632 0000-0002-7631-7093 |
identifier_str_mv |
CARVALHO, Simone Manso de. Avalição do desfecho clínico da febre reumática durante duas décadas no Hospital das Clínicas de Botucatu. 2009. 86 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2009. 000603226 carvalho_sm_me_botfm.pdf 33004064078P9 7098310008371632 0000-0002-7631-7093 |
url |
http://hdl.handle.net/11449/98439 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
86 f. application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Aleph reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
repositoriounesp@unesp.br |
_version_ |
1810021371090042880 |