Fadiga deslizante em restaurações de zircônia translúcida submetidas a diferentes acabamentos de superfície: probabilidade de sobrevivência e potencial de desgaste
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/214407 |
Resumo: | Este estudo avaliou influência de diferentes métodos de acabamento de superfície na probabilidade de sobrevivência de restaurações de zircônia translúcida e o potencial de desgaste ao antagonista. Foram utilizados 220 preparos confeccionados em resina epóxi (Nema G10) que receberam restaurações do tipo “table top” de zircônia e dissilicato de lítio (1.0 mm de espessura), 100 em YZ HT, 100 em KATANA UTML e 20 em IPS e.max CAD. Cada grupo de zircônia foi dividido em cinco subgrupos de acordo com o acabamento de superfície: Polimento - borrachas diamantadas com 2 granulações; Glaze - camada de glaze; Polimento e Glaze - polimento e glaze associados; Infiltração com sílica; Infiltração com vidro. As restaurações de dissilicato de lítio receberam uma camada de glaze. Os espécimes foram submetidos à fadiga deslizante em uma máquina de ensaio com carga de 200 N, a uma frequência de 4 Hz, totalizando 1.250.000 ciclos. A cada 416.666 ciclos a máquina foi interrompida e as restaurações foram avaliadas quanto à presença de falhas em estereomicroscópio. O antagonista foi analisado quanto aos parâmetros de desgaste. Foram realizadas análises de rugosidade, microestruturais e fractográfica. Kaplan – Meier, Mantel – Cox (log-rank) e ANOVA compararam os dados. Não foram observadas diferenças para profundidade de desgaste entre os grupos de zircônia, porém os acabamentos glaze e infiltração de vidro promoveram maior volume de desgaste do que a infiltração de sílica e polimento e glaze. Ambas zircônias promoveram maior profundidade e volume de desgaste ao antagonista do que o dissilicato de lítio. Foi observada diferença na rugosidade entre o tipo de zircônia e os acabamentos de superfície, enquanto que o dissilicato de lítio apresentou rugosidade semelhante as zircônias com glaze. Micrografias (MEV) demonstraram a remoção dos acabamentos de superfície após a fadiga deslizante para todos os grupos. A análise fractográfica demonstrou que as fraturas tiveram início na área de contato oclusal e a análise de cross-section demonstrou que Katana e e.max CAD apresentaram mais defeitos na superfície após a fadiga do que a Vita. A zircônia Vita apresentou maior probabilidade de sobrevivência comparado a Katana e ao dissilicato de lítio. Restaurações de zircônia com os acabamentos polimento+glaze e infiltração de sílica promoveram menor volume de desgaste ao antagonista comparadas as restaurações de zircônia com glaze ou infiltradas com vidro, enquanto o polimento apresentou o mesmo potencial abrasivo de todos os acabamentos. Além disso, a vitrocerâmica apresentou menor potencial de desgaste do antagonista do que ambas as zircônias. |
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Fadiga deslizante em restaurações de zircônia translúcida submetidas a diferentes acabamentos de superfície: probabilidade de sobrevivência e potencial de desgasteSliding contact fatigue in translucent zirconia restorations submitted to different surface finishes: survival probability and wear potentialPrótese dentáriaCerâmicaSílica gelDesgaste de restauração dentáriaFalha de restauração dentáriaDental prosthesisCeramicsSilica gelDental restoration wearDental restoration failureEste estudo avaliou influência de diferentes métodos de acabamento de superfície na probabilidade de sobrevivência de restaurações de zircônia translúcida e o potencial de desgaste ao antagonista. Foram utilizados 220 preparos confeccionados em resina epóxi (Nema G10) que receberam restaurações do tipo “table top” de zircônia e dissilicato de lítio (1.0 mm de espessura), 100 em YZ HT, 100 em KATANA UTML e 20 em IPS e.max CAD. Cada grupo de zircônia foi dividido em cinco subgrupos de acordo com o acabamento de superfície: Polimento - borrachas diamantadas com 2 granulações; Glaze - camada de glaze; Polimento e Glaze - polimento e glaze associados; Infiltração com sílica; Infiltração com vidro. As restaurações de dissilicato de lítio receberam uma camada de glaze. Os espécimes foram submetidos à fadiga deslizante em uma máquina de ensaio com carga de 200 N, a uma frequência de 4 Hz, totalizando 1.250.000 ciclos. A cada 416.666 ciclos a máquina foi interrompida e as restaurações foram avaliadas quanto à presença de falhas em estereomicroscópio. O antagonista foi analisado quanto aos parâmetros de desgaste. Foram realizadas análises de rugosidade, microestruturais e fractográfica. Kaplan – Meier, Mantel – Cox (log-rank) e ANOVA compararam os dados. Não foram observadas diferenças para profundidade de desgaste entre os grupos de zircônia, porém os acabamentos glaze e infiltração de vidro promoveram maior volume de desgaste do que a infiltração de sílica e polimento e glaze. Ambas zircônias promoveram maior profundidade e volume de desgaste ao antagonista do que o dissilicato de lítio. Foi observada diferença na rugosidade entre o tipo de zircônia e os acabamentos de superfície, enquanto que o dissilicato de lítio apresentou rugosidade semelhante as zircônias com glaze. Micrografias (MEV) demonstraram a remoção dos acabamentos de superfície após a fadiga deslizante para todos os grupos. A análise fractográfica demonstrou que as fraturas tiveram início na área de contato oclusal e a análise de cross-section demonstrou que Katana e e.max CAD apresentaram mais defeitos na superfície após a fadiga do que a Vita. A zircônia Vita apresentou maior probabilidade de sobrevivência comparado a Katana e ao dissilicato de lítio. Restaurações de zircônia com os acabamentos polimento+glaze e infiltração de sílica promoveram menor volume de desgaste ao antagonista comparadas as restaurações de zircônia com glaze ou infiltradas com vidro, enquanto o polimento apresentou o mesmo potencial abrasivo de todos os acabamentos. Além disso, a vitrocerâmica apresentou menor potencial de desgaste do antagonista do que ambas as zircônias.This study evaluated the surface finishes influence on the survival probability of translucent zirconia restorations and also the wear potential against steatite antagonist. 220 epoxy resin (Nema G10) preparations received zirconia and lithium disilicate table top restorations (1.0 mm thickness), 100 milled in YZ HT, 100 in KATANA UTML and 20 in IPS e.max CAD. Each zirconia group was divided into five subgroups according to the surface finish: Polishing (P) 2 granulations diamond rubbers; Glaze (G) glaze layer; Polishing and Glaze (PG) polishing and glaze associated; Silica infiltration (IS); Glass infiltration (IV). The lithium disilicate restorations received a glaze layer (EG). The specimens were submitted to sliding fatigue test in a mechanical machine against steatite sphere. The parameters were: 200 N loads, 4 Hz of frequency, totaling 1,250,000 cycles. Every 416,666 cycles the restorations were evaluated in stereomicroscope for failures presence (cracks, fractures or detachment of the restorations). Roughness, microstructural, fractographic and wear analysis were performed. Kaplan–Meier, Mantel–Cox (log-rank) and ANOVA compared the data. The failure survival was different among the groups. No difference was observed for wear depth among zirconia groups, whereas glaze and glass infiltration promoted greater volume loss than silica infiltration and polishing plus glaze. Both zirconia promoted greater volume loss and wear depth to the antagonist than lithium disilicate. Difference was observed for roughness among the zirconia and surface finishes, while lithium disilicate presented similar roughness compared to both glazed zirconia. Micrographs (SEM) showed the surface finishes removal after sliding fatigue for all groups. Fractographic analysis showed occlusal contact area as fractures origin and the cross-section analysis showed that Katana and e.max CAD presented more surface defects after fatigue than Vita. The Vita restorations presented higher survival probability compared to Katana and lithium disilicate restorations. Zirconia polished+glaze and silica infiltration promoted less antagonist volume loss compared to glazed or glass infiltrated, while polishing had the same wear potential as all finishes. In addition, the glass-ceramic presented less potential to wear the antagonist than both zirconia.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)2017/20633-92018/22627-9Universidade Estadual Paulista (Unesp)Melo, Renata Marques de [Unesp]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Alves, Larissa Marcia Martins [UNESP]2021-09-14T19:46:31Z2021-09-14T19:46:31Z2021-03-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/21440733004145070P8porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-12-07T06:17:13Zoai:repositorio.unesp.br:11449/214407Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:42:04.071287Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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Este estudo avaliou influência de diferentes métodos de acabamento de superfície na probabilidade de sobrevivência de restaurações de zircônia translúcida e o potencial de desgaste ao antagonista. Foram utilizados 220 preparos confeccionados em resina epóxi (Nema G10) que receberam restaurações do tipo “table top” de zircônia e dissilicato de lítio (1.0 mm de espessura), 100 em YZ HT, 100 em KATANA UTML e 20 em IPS e.max CAD. Cada grupo de zircônia foi dividido em cinco subgrupos de acordo com o acabamento de superfície: Polimento - borrachas diamantadas com 2 granulações; Glaze - camada de glaze; Polimento e Glaze - polimento e glaze associados; Infiltração com sílica; Infiltração com vidro. As restaurações de dissilicato de lítio receberam uma camada de glaze. Os espécimes foram submetidos à fadiga deslizante em uma máquina de ensaio com carga de 200 N, a uma frequência de 4 Hz, totalizando 1.250.000 ciclos. A cada 416.666 ciclos a máquina foi interrompida e as restaurações foram avaliadas quanto à presença de falhas em estereomicroscópio. O antagonista foi analisado quanto aos parâmetros de desgaste. Foram realizadas análises de rugosidade, microestruturais e fractográfica. Kaplan – Meier, Mantel – Cox (log-rank) e ANOVA compararam os dados. Não foram observadas diferenças para profundidade de desgaste entre os grupos de zircônia, porém os acabamentos glaze e infiltração de vidro promoveram maior volume de desgaste do que a infiltração de sílica e polimento e glaze. Ambas zircônias promoveram maior profundidade e volume de desgaste ao antagonista do que o dissilicato de lítio. Foi observada diferença na rugosidade entre o tipo de zircônia e os acabamentos de superfície, enquanto que o dissilicato de lítio apresentou rugosidade semelhante as zircônias com glaze. Micrografias (MEV) demonstraram a remoção dos acabamentos de superfície após a fadiga deslizante para todos os grupos. A análise fractográfica demonstrou que as fraturas tiveram início na área de contato oclusal e a análise de cross-section demonstrou que Katana e e.max CAD apresentaram mais defeitos na superfície após a fadiga do que a Vita. A zircônia Vita apresentou maior probabilidade de sobrevivência comparado a Katana e ao dissilicato de lítio. Restaurações de zircônia com os acabamentos polimento+glaze e infiltração de sílica promoveram menor volume de desgaste ao antagonista comparadas as restaurações de zircônia com glaze ou infiltradas com vidro, enquanto o polimento apresentou o mesmo potencial abrasivo de todos os acabamentos. Além disso, a vitrocerâmica apresentou menor potencial de desgaste do antagonista do que ambas as zircônias. |
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