Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/87686 |
Resumo: | A formiga saúva-da-mata, Atta cephalotes, tem como área de ocorrência a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica, pois não consegue viver em regiões quentes e secas como o Cerrado e Caatinga. Como os demais atineos, corta folhas e flores que servem de substrato para o fungo que cultivam, sendo considerada, na Bahia, uma importante espécie que ataca as plantações de cacau na mata cabrucada. Sua classificação taxonômica sempre foi controversa e dificil devido à dificuldade de separar as subespécies através de caracteres morfológicos, que são polimórficos e pouco informativos, fazendo com todas as subespécies fossem sinonimizadas como Atta cephalotes. O presente estudo teve como objetivo caracterizar os Ioci mitocondriais CDI, IGS, Leu-tRNA e CDII de populações de Atta cephalotes e estabelecer uma relação filogenética entre essas populações. Procedeu-se a extração de DNA genômico total, seguida de amplificação com iniciadores específicos e purificação dos amplicons. O produto purificado foi seqüenciado no sentido direto e reverso e consenso das seqüências foi submetido ao alinhamento múltiplo, análise de máxima parcimônia, análise de haplótipos e divergência genética. Os resultados mostraram que existem duas populações geneticamente distintas de Atta cephalotes, uma predominantemente de ocorrência amazônica e outra de Mata Atlântica, contrariando a classificação atual. Foram encontradas no Pará e Amapá dois grupos de populações: um se agrupa com o grupo de espécimes de Mata Atlântica (Bahia e Pernambuco) e o outro com os espécimes da Amazônia, sugerindo a existência de populações simpátricas nesses estados. Talvez o uso de outros marcadores, associados a estudos ecológicos e comportamentais, esclareça se nesses dois estados suas populações estão isoladas reprodutivamente. Possivelmente o grupo da Bahia deve ser classificado como uma espécie diferente do grupo da região Norte. |
id |
UNSP_7b721f6928dc7b7e18155e7709d175d5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/87686 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758)FormigaFormiga saúvaDNA mitocondrialFilogeniaAntsAtta cephalotesA formiga saúva-da-mata, Atta cephalotes, tem como área de ocorrência a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica, pois não consegue viver em regiões quentes e secas como o Cerrado e Caatinga. Como os demais atineos, corta folhas e flores que servem de substrato para o fungo que cultivam, sendo considerada, na Bahia, uma importante espécie que ataca as plantações de cacau na mata cabrucada. Sua classificação taxonômica sempre foi controversa e dificil devido à dificuldade de separar as subespécies através de caracteres morfológicos, que são polimórficos e pouco informativos, fazendo com todas as subespécies fossem sinonimizadas como Atta cephalotes. O presente estudo teve como objetivo caracterizar os Ioci mitocondriais CDI, IGS, Leu-tRNA e CDII de populações de Atta cephalotes e estabelecer uma relação filogenética entre essas populações. Procedeu-se a extração de DNA genômico total, seguida de amplificação com iniciadores específicos e purificação dos amplicons. O produto purificado foi seqüenciado no sentido direto e reverso e consenso das seqüências foi submetido ao alinhamento múltiplo, análise de máxima parcimônia, análise de haplótipos e divergência genética. Os resultados mostraram que existem duas populações geneticamente distintas de Atta cephalotes, uma predominantemente de ocorrência amazônica e outra de Mata Atlântica, contrariando a classificação atual. Foram encontradas no Pará e Amapá dois grupos de populações: um se agrupa com o grupo de espécimes de Mata Atlântica (Bahia e Pernambuco) e o outro com os espécimes da Amazônia, sugerindo a existência de populações simpátricas nesses estados. Talvez o uso de outros marcadores, associados a estudos ecológicos e comportamentais, esclareça se nesses dois estados suas populações estão isoladas reprodutivamente. Possivelmente o grupo da Bahia deve ser classificado como uma espécie diferente do grupo da região Norte.Not available.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Júnior, Maurício Bacci [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Martins Junior, Joaquim [UNESP]2014-06-11T19:22:58Z2014-06-11T19:22:58Z2006-02-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisv, 44 f. : il.application/pdfMARTINS JUNIOR, Joaquim. Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758). 2006. v, 44 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2006.http://hdl.handle.net/11449/87686000471489martinsjunior_j_me_rcla_prot.pdf33004137046P4Alephreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-13T06:17:43Zoai:repositorio.unesp.br:11449/87686Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-13T06:17:43Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758) |
title |
Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758) |
spellingShingle |
Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758) Martins Junior, Joaquim [UNESP] Formiga Formiga saúva DNA mitocondrial Filogenia Ants Atta cephalotes |
title_short |
Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758) |
title_full |
Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758) |
title_fullStr |
Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758) |
title_full_unstemmed |
Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758) |
title_sort |
Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758) |
author |
Martins Junior, Joaquim [UNESP] |
author_facet |
Martins Junior, Joaquim [UNESP] |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Júnior, Maurício Bacci [UNESP] Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Martins Junior, Joaquim [UNESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Formiga Formiga saúva DNA mitocondrial Filogenia Ants Atta cephalotes |
topic |
Formiga Formiga saúva DNA mitocondrial Filogenia Ants Atta cephalotes |
description |
A formiga saúva-da-mata, Atta cephalotes, tem como área de ocorrência a Mata Atlântica e a Floresta Amazônica, pois não consegue viver em regiões quentes e secas como o Cerrado e Caatinga. Como os demais atineos, corta folhas e flores que servem de substrato para o fungo que cultivam, sendo considerada, na Bahia, uma importante espécie que ataca as plantações de cacau na mata cabrucada. Sua classificação taxonômica sempre foi controversa e dificil devido à dificuldade de separar as subespécies através de caracteres morfológicos, que são polimórficos e pouco informativos, fazendo com todas as subespécies fossem sinonimizadas como Atta cephalotes. O presente estudo teve como objetivo caracterizar os Ioci mitocondriais CDI, IGS, Leu-tRNA e CDII de populações de Atta cephalotes e estabelecer uma relação filogenética entre essas populações. Procedeu-se a extração de DNA genômico total, seguida de amplificação com iniciadores específicos e purificação dos amplicons. O produto purificado foi seqüenciado no sentido direto e reverso e consenso das seqüências foi submetido ao alinhamento múltiplo, análise de máxima parcimônia, análise de haplótipos e divergência genética. Os resultados mostraram que existem duas populações geneticamente distintas de Atta cephalotes, uma predominantemente de ocorrência amazônica e outra de Mata Atlântica, contrariando a classificação atual. Foram encontradas no Pará e Amapá dois grupos de populações: um se agrupa com o grupo de espécimes de Mata Atlântica (Bahia e Pernambuco) e o outro com os espécimes da Amazônia, sugerindo a existência de populações simpátricas nesses estados. Talvez o uso de outros marcadores, associados a estudos ecológicos e comportamentais, esclareça se nesses dois estados suas populações estão isoladas reprodutivamente. Possivelmente o grupo da Bahia deve ser classificado como uma espécie diferente do grupo da região Norte. |
publishDate |
2006 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2006-02-16 2014-06-11T19:22:58Z 2014-06-11T19:22:58Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
MARTINS JUNIOR, Joaquim. Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758). 2006. v, 44 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2006. http://hdl.handle.net/11449/87686 000471489 martinsjunior_j_me_rcla_prot.pdf 33004137046P4 |
identifier_str_mv |
MARTINS JUNIOR, Joaquim. Evolução de genes e pseudogeneses mitocondriais em Atta cephalotes (Linnaeus, 1758). 2006. v, 44 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, 2006. 000471489 martinsjunior_j_me_rcla_prot.pdf 33004137046P4 |
url |
http://hdl.handle.net/11449/87686 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
v, 44 f. : il. application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Aleph reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799965268740407296 |