Diferenças sexuais em respostas relacionadas aos componentes sensoriais e afetivos emocionais da dor crônica em camundongos submetidos ao isolamento social

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dias, Ana Claudia Braga
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/252979
Resumo: Os quadros de dor crônica apresentam alta prevalência mundial, afetando em maior proporção indivíduos do sexo feminino. Experimentar uma ameaça social elevada pode manter e exacerbar dores crônicas. Além disso, os quadros de dores crônicas são constantemente relacionados com psicopatologias, desencadeando nos diferentes sexos alterações progressivas emocionais e de humor, como ansiedade e comportamentos do tipo depressivo. Desta forma, o estudo tem como objetivo avaliar alterações nas respostas dolorosas e nos componentes afetivos emocionais de camundongos fêmeas e machos que foram submetidos ao estresse do isolamento social. Para realizar essa investigação, a constrição do nervo isquiático foi utilizada como modelo para a indução de dor crônica nos animais; o teste de Von Frey para avaliar a hipersensibilidade mecânica e a escala facial de dor como um parâmetro para a quantificação de aspectos afetivos da dor. O teste de labirinto em cruz elevado foi utilizado para a análise das respostas associadas com ansiedade; e o teste de esguicho de sacarose, construção de ninho, ganho de peso e estado da pelagem para avaliação de comportamentos relacionados à depressão. Os resultados demonstraram que a constrição do nervo isquiático e o isolamento social foram capazes de induzir hiperalgesia mecânica e aumento de respostas relacionadas à ansiedade e à depressão nos camundongos fêmeas e machos. Quanto ao dimorfismo sexual, foi observado que apenas as fêmeas apresentaram aumento na expressão facial de dor, piora no estado da pelagem e prejuízo na construção do ninho quando alojadas individualmente. Demonstrando assim que o isolamento social é capaz de induzir alterações comportamentais sexualmente dimórficas em animais submetidos à constrição do nervo isquiático.
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