Biologia da reprodução de Mimosa bimucronata: uma espécie ruderal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, L.A [UNESP]
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Guimarães, E [UNESP], Rossi, M.N, Maimoni-Rodella, R.C.S [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-83582011000500007
http://hdl.handle.net/11449/17249
Resumo: Com o objetivo de estudar a biologia reprodutiva de Mimosa bimucronata, o presente estudo foi realizado em Botucatu e Cachoeira Paulista, SP, no período de novembro de 2003 a junho de 2005. Determinou-se o número de flores por glomérulo, sua duração, os eventos da antese e outras características florais, como tamanho, formato, coloração, odor, presença de néctar e localização de osmóforos. A receptividade do estigma e a viabilidade do pólen foram avaliadas. Flores foram examinadas e documentadas em microscópio eletrônico de varredura, após tratamento adequado. Foram feitos testes para a determinação do sistema reprodutivo, visando avaliar a dependência dos polinizadores. A presença de visitantes florais foi observada no campo, sendo registrada a quantidade de visitas e o comportamento dos visitantes, além do tempo médio de permanência dos visitantes junto às flores. O padrão de floração de M. bimucronata é anual. Os grãos de pólen encontram-se reunidos em políades compostas por oito células, o que pode ser interpretado como uma adaptação para minimizar o efeito da mistura das cargas de pólen depositadas sobre o diminuto estigma. A formação de frutos em condições naturais foi baixa e não ocorreu agamospermia. A morfologia das flores e das inflorescências permite o acesso aos recursos florais para uma ampla variedade de visitantes (Hymenoptera, Diptera e Coleoptera). A maioria das visitas foi realizada por abelhas (56,4%). Os resultados permitem considerar que, embora M. bimucronata seja dependente de vetores de pólen para sua reprodução, é espécie entomófila generalista e, portanto, bastante adaptada aos ambientes ruderais, onde sua ocorrência é predominante.
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spelling Biologia da reprodução de Mimosa bimucronata: uma espécie ruderalReproduction biology of Mimosa bimucronata: a ruderal speciesMimosa bimucronatapolinizaçãopolíadessistema reprodutivoMimosa bimucronatapollinationpolyadsreproductive systemCom o objetivo de estudar a biologia reprodutiva de Mimosa bimucronata, o presente estudo foi realizado em Botucatu e Cachoeira Paulista, SP, no período de novembro de 2003 a junho de 2005. Determinou-se o número de flores por glomérulo, sua duração, os eventos da antese e outras características florais, como tamanho, formato, coloração, odor, presença de néctar e localização de osmóforos. A receptividade do estigma e a viabilidade do pólen foram avaliadas. Flores foram examinadas e documentadas em microscópio eletrônico de varredura, após tratamento adequado. Foram feitos testes para a determinação do sistema reprodutivo, visando avaliar a dependência dos polinizadores. A presença de visitantes florais foi observada no campo, sendo registrada a quantidade de visitas e o comportamento dos visitantes, além do tempo médio de permanência dos visitantes junto às flores. O padrão de floração de M. bimucronata é anual. Os grãos de pólen encontram-se reunidos em políades compostas por oito células, o que pode ser interpretado como uma adaptação para minimizar o efeito da mistura das cargas de pólen depositadas sobre o diminuto estigma. A formação de frutos em condições naturais foi baixa e não ocorreu agamospermia. A morfologia das flores e das inflorescências permite o acesso aos recursos florais para uma ampla variedade de visitantes (Hymenoptera, Diptera e Coleoptera). A maioria das visitas foi realizada por abelhas (56,4%). Os resultados permitem considerar que, embora M. bimucronata seja dependente de vetores de pólen para sua reprodução, é espécie entomófila generalista e, portanto, bastante adaptada aos ambientes ruderais, onde sua ocorrência é predominante.Aiming to study the reproduction biology of Mimosa bimucronata, this work was developed in two municipalities, Botucatu and Cachoeira Paulista, São Paulo, in southeastern Brazil, between November 2003 and June 2005. The number of flowers per flower head, flower lifetime, anthesis events and other floral characteristics, such as flower size, color, nectar, scent, and osmophore location, were studied. Stigma receptivity and pollen viability were evaluated. The flowers were observed and documented in a scanning electron microscope, after receiving a proper treatment. Tests were performed to investigate the reproductive system, aiming to evaluate the reliance on pollinators. Floral visitors were observed directly in the field and their frequency, duration of visits and behavior on flowers were registered. M. bimucronata showed an annual flowering pattern. The pollen grains are united in polyades with eight cells, which are interpreted as an adaptation to minimize mixed pollen grain loads on the minute stigma. Fruit set was low in natural conditions and there was no occurrence of agamospermy or spontaneous self-pollination. The flower and inflorescence morphology allow access to several orders of visitors. Members of Hymenoptera, Diptera and Coleoptera were observed visiting the flower heads. The visits were mostly by M. bimucronata bees (56.4%). The results allowed to conclude that, although dependent on pollen vectors for reproduction, this is a generalist entomophilous species and, therefore, well adapted to ruderal environments where its presence is prevalent.Universidade Estadual Paulista Instituto de Biociências de BotucatuUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Dep. de Ciências BiológicasUniversidade Estadual Paulista Instituto de Biociências de BotucatuSociedade Brasileira da Ciência das Plantas DaninhasUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Silva, L.A [UNESP]Guimarães, E [UNESP]Rossi, M.NMaimoni-Rodella, R.C.S [UNESP]2014-05-20T13:48:23Z2014-05-20T13:48:23Z2011-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article1011-1021application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-83582011000500007Planta Daninha. Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas , v. 29, n. spe, p. 1011-1021, 2011.0100-8358http://hdl.handle.net/11449/1724910.1590/S0100-83582011000500007S0100-83582011000500007WOS:000299127000007S0100-83582011000500007.pdfSciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporPlanta Daninha0.5440,365info:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-15T06:25:07Zoai:repositorio.unesp.br:11449/17249Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T23:05:02.666690Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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