Efeitos da isoflavona sobre os sintomas climatéricos e o perfil lipídico na mulher em menopausa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nahás, Eliana Aguiar Petri [UNESP]
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Nahas Neto, Jorge [UNESP], De Luca, Laurival A., Traiman, Paulo [UNESP], Pontes, Anaglória [UNESP], Dalben, Ivete [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032003000500006
http://hdl.handle.net/11449/12315
Resumo: OBJETIVO: avaliar os efeitos da isoflavona, do gérmen da soja, sobre os sintomas climatéricos e o perfil lipídico na mulher em menopausa. MÉTODOS: foi conduzido estudo prospectivo, com 50 mulheres em menopausa, divididas em: G1, usuárias de isoflavona (60 mg/dia) (n=25), e G2, placebo (n=25). Os critérios de inclusão foram FSH >40 mUI/mL e presença de fogachos. Foram excluídas as vegetarianas, fumantes, asiáticas, portadoras de doenças gastrointestinais e usuárias de terapia de reposição hormonal. No seguimento, de seis meses, foram obtidos o índice menopausal de Kupperman (IMK), o perfil hormonal e o lipídico. Na análise estatística, empregaram-se ANOVA, o teste t pareado e as provas não paramétricas de Wilcoxon e Mann-Whitney. RESULTADOS: os valores medianos do IMK, inicialmente iguais entre os grupos (IMK = 20), reduziram-se nas usuárias de isoflavona aos 2 e 4 meses (IMK = 14 e 9, respectivamente) e no grupo controle, apenas aos 2 meses (IMK = 15) (p<0,01). Ao final do estudo, a isoflavona foi superior ao placebo na redução dos fogachos (44% versus 12%, respectivamente). Aos seis meses, verificou-se que os valores médios de estradiol foram superiores no G1 quando comparados ao G2 (18,0 ± 6,7 versus 12,3 ± 3,8 ng/dL) (p<0,05), sem alterações no FSH e LH. Entre as usuárias de isoflavona, houve redução de 11,8% no LDL (de 151,5 ± 39,2 para 133,6 ± 26,4 mg/dL) e elevação de 27,3% no HDL (de 44,0 ± 11,3 para 56,0 ± 11,9 mg/dL) (p<0,05). CONCLUSÕES: a isoflavona, do gérmen da soja, induziu efeitos favoráveis sobre os sintomas climatéricos e o perfil lipídico, revelando-se opção interessante como terapêutica alternativa para mulheres em menopausa.
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spelling Efeitos da isoflavona sobre os sintomas climatéricos e o perfil lipídico na mulher em menopausaEffects of isoflavone on menopausal symptoms and blood lipids in postmenopausal womenMenopausaEndométrioPerfil lipídicoMenopauseHot flushesLipid profileOBJETIVO: avaliar os efeitos da isoflavona, do gérmen da soja, sobre os sintomas climatéricos e o perfil lipídico na mulher em menopausa. MÉTODOS: foi conduzido estudo prospectivo, com 50 mulheres em menopausa, divididas em: G1, usuárias de isoflavona (60 mg/dia) (n=25), e G2, placebo (n=25). Os critérios de inclusão foram FSH >40 mUI/mL e presença de fogachos. Foram excluídas as vegetarianas, fumantes, asiáticas, portadoras de doenças gastrointestinais e usuárias de terapia de reposição hormonal. No seguimento, de seis meses, foram obtidos o índice menopausal de Kupperman (IMK), o perfil hormonal e o lipídico. Na análise estatística, empregaram-se ANOVA, o teste t pareado e as provas não paramétricas de Wilcoxon e Mann-Whitney. RESULTADOS: os valores medianos do IMK, inicialmente iguais entre os grupos (IMK = 20), reduziram-se nas usuárias de isoflavona aos 2 e 4 meses (IMK = 14 e 9, respectivamente) e no grupo controle, apenas aos 2 meses (IMK = 15) (p<0,01). Ao final do estudo, a isoflavona foi superior ao placebo na redução dos fogachos (44% versus 12%, respectivamente). Aos seis meses, verificou-se que os valores médios de estradiol foram superiores no G1 quando comparados ao G2 (18,0 ± 6,7 versus 12,3 ± 3,8 ng/dL) (p<0,05), sem alterações no FSH e LH. Entre as usuárias de isoflavona, houve redução de 11,8% no LDL (de 151,5 ± 39,2 para 133,6 ± 26,4 mg/dL) e elevação de 27,3% no HDL (de 44,0 ± 11,3 para 56,0 ± 11,9 mg/dL) (p<0,05). CONCLUSÕES: a isoflavona, do gérmen da soja, induziu efeitos favoráveis sobre os sintomas climatéricos e o perfil lipídico, revelando-se opção interessante como terapêutica alternativa para mulheres em menopausa.PURPOSE: to evaluate the effects of soy germ isoflavone on menopausal symptoms and blood lipids in postmenopausal women. METHODS: a prospective study was performed on 50 women, randomly divided into two groups: 25 women on soy germ isoflavones (60 mg/day, capsules) (G1) and 25 women on placebo (G2). Inclusion criteria: women with hot flushes and FSH >40 mIU/mL, non-vegetarian, non-smoker, non-Asiatic, not in use of hormone replacement therapy and without disease of the gastrointestinal tract. For six months, the menopausal Kupperman index (MKI) and hormonal and lipid profiles were assessed. For statistical analysis, ANOVA, t test and the non-parametric Kruskal-Wallis and Mann-Whitney tests were used. RESULTS: the median MKI values, initially similar in both groups, decreased in G1 at two and four months (MKI = 14 and 9, respectively), and in G2 at two months (MKI = 15) (p<0.01). At six months, isoflavone was significantly superior to placebo in reducing hot flushes (44 versus 12%, respectively). At the end of the study, in the isoflavone group, an increase in estradiol levels (from 16,8±7.3 to 18,0±6.7 ng/dL) (p<0.05) was observed, with no alteration in FSH, LH and vaginal cytology; there was also a reduction of 11.8% in LDL (from 151.5±39.2 for 133,6±26.4 mg/dL) and a HDL increase of 27.3% (from 44.0±11.3 to 56.0±11.9 mg/dL) (p<0.05). CONCLUSIONS: soy germ isoflavone induced favorable effects on menopausal symptoms and lipid profile, showing to be an interesting option for alternative therapy in postmenopausal women.Universidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Saúde PúblicaUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Saúde PúblicaFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Nahás, Eliana Aguiar Petri [UNESP]Nahas Neto, Jorge [UNESP]De Luca, Laurival A.Traiman, Paulo [UNESP]Pontes, Anaglória [UNESP]Dalben, Ivete [UNESP]2014-05-20T13:35:48Z2014-05-20T13:35:48Z2003-06-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article337-343application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032003000500006Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 25, n. 5, p. 337-343, 2003.0100-7203http://hdl.handle.net/11449/1231510.1590/S0100-72032003000500006S0100-72032003000500006S0100-72032003000500006.pdf415517057478841783347853371069900514178654667684SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia0,292info:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-03T14:11:07Zoai:repositorio.unesp.br:11449/12315Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T14:11:07Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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