Influência de fontes e doses de fungicidas cúpricos e estrobilurinas aplicadas em consonância com eventos chuvosos no controle da mancha preta dos citros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Franco, Danilo [UNESP]
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/152439
Resumo: Neste estudo, foram realizados três experimentos (E1, E2 e E3). Os dois primeiros experimentos (E1 e E2) referem-se a avaliações da eficiência dose-resposta dos fungicidas hidróxido de cobre (HC), oxicloreto de cobre (OC) e óxido cuproso (OCp), aplicados nos estádios F1 e F2, no controle de Phyllosticta citricarpa, agente causal da mancha preta dos citros (MPC). E, no terceiro experimento (E3), foi avaliada a influência da aplicação de piraclostrobina em consonância com eventos chuvosos, no controle da MPC. Em E1 e E2 os fungicidas e dosagens avaliadas foram (g de cobre metálico 100 L-1 de calda): HC (43,7; 35,0; e 26,2; OC (100,8; 90,7; e 68,0) e; OCp (90,0; 56,3; e 42,2). No experimento E1 foram utilizadas plantas de laranjeira ‘Pera’, sob condições naturais de infecção, em Olímpia/SP. Foi adotado o delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Cada parcela foi constituída de 33 plantas. Os fungicidas foram aplicados mediante turbopulverizador e vazão de 135 mL de calda m-3 de copa. Posteriormente, em todos os tratamentos, a partir do estádio F4 foram realizadas quatro aplicações de azoxistrobina a 75 g de i.a. 2.000 L-1, em intervalo de 42 dias. Foram realizadas quatro avaliações mensais, de agosto a novembro, amostrando-se casualmente 100 frutos nas seis plantas centrais da parcela, determinando-se a incidência (I) e severidade dos sintomas mediante escala de notas. A partir dos dados de severidade dos sintomas foi determinado o índice de doença (ID). Com os dados de ID, ao longo do tempo, calculou-se a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Em E2 foram empregadas plantas de laranjeira ‘Pera‘, também em Olímpia/SP. Os tratamentos avaliados foram semelhantes aos anteriormente citados, sendo, porém, aplicados com pulverizador manual do tipo “De Vilbs”, com volume suficiente para cobertura uniforme dos frutos. Foi adotado o delineamento de blocos ao acaso, em arranjo fatorial 10 tratamentos, sendo nove combinações de fungicidas cúpricos e uma testemunha, sem fungicida) x 5 (épocas de inoculação) e 4 (repetições). Cada parcela foi constituída por 20 frutos previamente ensacados com papel semi-kraft, no estádio F1. Posteriormente, no estádio F4, procedeu-se remoção dos sacos de papel, seguido do tratamento dos frutos exclusivamente com fungicidas cúpricos. O tratamento dos frutos deu-se mediante sua imersão, durante x segundos, na calda fungicida acrescida de óleo mineral a x%. Posteriormente, após secagem da calda procedeu-se o reensacamento dos frutos. A seguir, em intervalo semanal, entre 0 a 28 dias após o tratamento, foi realizada inoculação mediante aspersão de suspensão contendo 104 conídios mL-1. Na avaliação, realizada quando da colheita da maturação dos frutos, foram determinados os valores de I e ID. O experimento E3 foi realizado em pomar comercial de laranjeira ‘Folha Murcha’, no município de Paraíso/SP. Inicialmente, nos estádios F1 e F2 foram realizadas duas aplicações de oxicloreto de cobre (90 g de cobre metálico 100 L-1 de calda). Os tratamentos avaliados foram: aplicação do fungicida piraclostrobina em intervalo de 14 dias entre si, na dose de 25 g 2000 L-1; aplicação de piraclostrobina, na dose de 75 g 2000L-1 após o primeiro evento de chuva ocorrido 14 dias após a última aplicação do tratamento; aplicação de piraclostrobina, na dose de 75 g 2000L-1 após o primeiro evento de chuva, ocorrido 35 dias após a última aplicação do tratamento; aplicação de piraclostrobina, com intervalo de 42 dias entre si nas doses de 50 e 75 g 2000L-1. Esses tratamentos foram comparados com o tratamento padrão de azoxistrobina, na dose de 75 g 2000L-1, aplicado em intervalo de 42 dias. Foi utilizado o delineamento de blocos casualizados, e cada parcela foi constituída por 66 plantas. As condições operacionais adotadas para aplicação dos fungicidas foram semelhantes às adotadas em E1, porém com 150 mL de calda m-3 de copa. Os critérios de avaliações foram semelhantes aos citados em E1, em intervalos mensais, de setembro a janeiro. Concluiu-se que os fungicidas HC, OC e OCp nas doses de 43,7, 90,7 e 56,3 g de cobre metálico 100 L-1, respectivamente, aplicados nos estádios F1 e F2, complementado por aplicações de azoxistrobina, foram igualmente eficientes no controle de MPC. A eficiência do efeito protetor dos fungicidas cúpricos foi constatada por pelo menos 28 dias após a sua aplicação. Porém, a maior eficiência dos fungicidas cúpricos deu-se quando da sua aplicação previamente à inoculação de P. citricarpa. Aplicações de piraclostrobina a 75 g de i.a. 2000L-1 em intervalo de no mínimo 14 dias entre eventos chuvosos resultaram em maior controle da doença, quando comparado aos demais intervalos e doses de piraclostrobina e a azoxistrobina, na dose de 75 g 2.000 L-1, em intervalo fixo de 42 dias, com consequente redução da incidência e severidade de sintomas de MPC.