Controle da mancha preta dos citros via fungicida cúprico e validação da produção de frutos cítricos em área não livre da doença: estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca, Antonio Eduardo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/152441
Resumo: A mancha preta dos citros (MPC) é uma doença que causa lesões em frutos e queda prematura, levando a prejuízos de produção e rejeição no mercado consumidor. O uso de fungicidas sistêmicos ainda é a principal alternativa de controle, no entanto, se depara com os principais problemas do seu uso excessivo como acúmulo de resíduos nos frutos, seleção de estirpes resistentes e toxicidade ambiental. A busca por um controle alternativo pode envolver a aplicação de fungicidas cúpricos isoladamente, em intervalos reduzidos, no período de suscetibilidade do patógeno. Sendo assim, o trabalho teve como objetivos verificar o controle de MPC mediante a aplicação de fungicida cúprico em intervalo de 15 dias em diferentes dosagens e a validação da produção de frutos em padrão de exportação tomando como referência estudo de caso em propriedade localizada no município de Estiva Gerbi/SP. O experimento foi instalado no município de Bebedouro/SP durante a safra 2014/15, em pomar comercial de variedade ‘Valência’. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com sete tratamentos. Foi adotado como referência o fungicida oxicloreto de cobre. Os tratamentos (em doses do produto comercial) avaliados foram: zero (testemunha), 37,5; 50; 75; 100 e 125 mL 100 L-1. Com vistas a análises comparativas adotou-se um tratamento adicional, constituído pelo convencionalmente empregado pela respectiva propriedade. Este tratamento foi composto pela aplicação do fungicida cúprico óxido cuproso e fungicida do grupo da estrobilurina. As aplicações foram realizadas em intervalos de catorze dias, iniciando em 2/3 pétalas caídas, perfazendo um total de 14 aplicações. Foram realizadas cinco avaliações, em intervalos de 30 dias, estendendo-se até novembro, quando foi realizada a colheita dos frutos. Foram avaliadas queda de frutos, incidência e severidade dos sintomas, área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e produção. Para a validação da produção de frutos em padrão de exportação, foram coletados frutos de laranjeira ‘Folha Murcha’, ‘Westin’, ‘Rubi’, ‘Pera’ e ‘Valência’, em estádio fenológico F6, com auxílio de GPS de Agricultura de Precisão, modelo - SMS Mobile, que gerou pontos equitativamente. A cada ponto gerado foram coletados 25 frutos de plantas de laranjeira, identificados e embalados, dos quatro quadrantes das plantas. No laboratório de Fitossanidade, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Campus Jaboticabal, os frutos foram lavados e colocados sob imersão em solução contendo o princípio ativo Etefom a 750 miligramas por litro. Após o tratamento, os frutos foram mantidos em ambiente controlado, calibrado à temperatura de 25ºC ±1ºC, por 28 dias, condições que favorecem a rápida expressão dos sintomas. Concluiu-se que as aplicações sequenciais e quinzenais de oxicloreto de cobre SC a 100 e 125 mL 100L-1, foram eficientes no controle de MPC. É possível a produção de frutos de laranjeiras doces sem sintomas de MPC, mesmo em áreas não indenes, quando da incorporação de práticas culturais adequadas, de forma contínua e racionalizada, associado ao manejo adequado de P. citricarpa.
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Sendo assim, o trabalho teve como objetivos verificar o controle de MPC mediante a aplicação de fungicida cúprico em intervalo de 15 dias em diferentes dosagens e a validação da produção de frutos em padrão de exportação tomando como referência estudo de caso em propriedade localizada no município de Estiva Gerbi/SP. O experimento foi instalado no município de Bebedouro/SP durante a safra 2014/15, em pomar comercial de variedade ‘Valência’. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, com sete tratamentos. Foi adotado como referência o fungicida oxicloreto de cobre. Os tratamentos (em doses do produto comercial) avaliados foram: zero (testemunha), 37,5; 50; 75; 100 e 125 mL 100 L-1. Com vistas a análises comparativas adotou-se um tratamento adicional, constituído pelo convencionalmente empregado pela respectiva propriedade. Este tratamento foi composto pela aplicação do fungicida cúprico óxido cuproso e fungicida do grupo da estrobilurina. As aplicações foram realizadas em intervalos de catorze dias, iniciando em 2/3 pétalas caídas, perfazendo um total de 14 aplicações. Foram realizadas cinco avaliações, em intervalos de 30 dias, estendendo-se até novembro, quando foi realizada a colheita dos frutos. Foram avaliadas queda de frutos, incidência e severidade dos sintomas, área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e produção. Para a validação da produção de frutos em padrão de exportação, foram coletados frutos de laranjeira ‘Folha Murcha’, ‘Westin’, ‘Rubi’, ‘Pera’ e ‘Valência’, em estádio fenológico F6, com auxílio de GPS de Agricultura de Precisão, modelo - SMS Mobile, que gerou pontos equitativamente. A cada ponto gerado foram coletados 25 frutos de plantas de laranjeira, identificados e embalados, dos quatro quadrantes das plantas. No laboratório de Fitossanidade, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Campus Jaboticabal, os frutos foram lavados e colocados sob imersão em solução contendo o princípio ativo Etefom a 750 miligramas por litro. Após o tratamento, os frutos foram mantidos em ambiente controlado, calibrado à temperatura de 25ºC ±1ºC, por 28 dias, condições que favorecem a rápida expressão dos sintomas. Concluiu-se que as aplicações sequenciais e quinzenais de oxicloreto de cobre SC a 100 e 125 mL 100L-1, foram eficientes no controle de MPC. É possível a produção de frutos de laranjeiras doces sem sintomas de MPC, mesmo em áreas não indenes, quando da incorporação de práticas culturais adequadas, de forma contínua e racionalizada, associado ao manejo adequado de P. citricarpa.The citrus black spot (MPC) is a disease that causes lesions in fruits and premature fall, leading to losses of production and rejection in the consumer market. The use of systemic fungicides is the main control alternative, however, it faces the main problems of its excessive use as accumulation of residues in the fruits, and environmental toxicity. The search for an alternative control can involve the application of copper fungicides isolated, at reduced intervals, during the period of susceptibility of the pathogen. Therefore, the objective of this study was to verify MPC control by means the application of copper fungicide in interval of 14 days in different dosages and the validation of fruit production in export pattern taking as reference a case study in property located in the municipality of Estiva Gerbi/SP. The experiment was installed in the Bebedouro/SP city during the 2014/15 harvest, in a commercial orchard of 'Valencia' variety. The experimental was a randomized block design with seven treatments. The fungicide copper oxychloride was used as reference. The treatments (in doses of commercial product) evaluated were: zero (control), 37.5; 50; 75; 100 and 125 mL 100 L-1. With a view to comparative analysis, an additional treatment was adopted, constituted by the conventionally employed by the respective property. This treatment was composed by the application of the fungicide cuprous oxide and fungicide of the strobilurin group. The applications were performed at intervals of fifteen days, starting in 2/3 fallen petals, making a total of 14 applications. Five evaluations were carried out at 30 day intervals, extending until November, when the fruits were harvested. Fruit drop, incidence and severity of symptoms, area below the disease progress curve (AACPD) and production. For the validation of the fruit production in export pattern, fruits of 'Folha Murcha', 'Westin', 'Rubi', 'Pera' and 'Valencia' orange were collected in Phenological stage F6, with the help GPS of Accuracy, template - SMS Mobile, which generated points equally. At each point generated 25 fruits of orange plants, identified and packaged, were collected from the four quadrants of the plants. In the Phytosanitary laboratory of the College of Agrarian and Veterinary Sciences - Campus Jaboticabal, the fruits were washed and placed under immersion in solution containing the active principle Etefom at 750 miligramas per liter. After the treatment, the fruits were kept in controlled environment, calibrated at 25ºC ± 1ºC, for 28 days, conditions that favor the rapid expression of symptoms. It was concluded that the sequential and biweekly applications of SC 100 copper oxychloride and 125 mL 100L-1, were efficient in controlling MPC. It is possible to produce sweet orange fruits without MPC symptoms, even in non-indene areas, when of incorporating adequate cultural practices, in a continuous and rationalized way, associated to the proper management of P. citricarpa.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Goes, Antonio de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Fonseca, Antonio Eduardo2018-01-09T12:07:20Z2018-01-09T12:07:20Z2017-11-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/15244100089567133004102001P4porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-25T06:36:19Zoai:repositorio.unesp.br:11449/152441Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-25T06:36:19Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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