Potencial adaptativo de leguminosas arbóreas do Cerrado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Thalissa Cagnin
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/216033
Resumo: A influência do fogo nos ecossistemas e a adaptação das plantas como resposta a esse elemento ainda é pouco compreendida. Entre os ecossistemas brasileiros que são propensos a queimadas periódicas se destaca o Cerrado, bioma complexo e heterogêneo, onde é possível encontrar uma flora bem adaptada. Afim de avaliar as estratégias envolvidas na sobrevivência de plantas após a passagem de fogo, foi realizado um estudo morfonatômico em Albizia hassleri (Chodat) Burkart e Senegalia polyphylla (DC.) Britton & Rose, antes e após o fogo, aos 6 e 18 meses. Os experimentos de queima foram conduzidos na Fazenda de Ensino Pesquisa e Extensão - UNESP - Ilha Solteira - SP, e posteriormente as plantas foram acompanhadas em casa de vegetação por 8 meses. Para os estudos anatômicos, amostras de folhas, caules e raízes foram fixadas em FAA 70, conservadas em etanol 70%, incluídas em historesina e seccionadas em micrótomo rotativo. Uma parte das lâminas foi corada com azul de toluidina, e, outra parte, foi utilizada para os testes histoquímicos. Todo o material foi fotomicrografado em microscópio óptico. Desde o primeiro mês de acompanhamento, as duas espécies apresentaram rebrota pós-fogo e baixa mortalidade, especialmente aos 18 meses. As duas espécies possuem folhas compostas, e as regiões do caule, colo da raiz e raiz já apresentam estrutura secundária, com periderme como forma de revestimento. Foi observado a presença de gemas, especialmente no colo da raiz, tanto nos indivíduos de controle quanto de pós-fogo, porém não foram verificadas diferenças anatômicas relevantes nessas duas condições. Os testes histoquímicos evidenciaram a presença de amido em ambas as espécies. De acordo com os resultados aqui apresentados, as espécies A. hassleri e S. polyphylla são resilientes ao fogo, pois possuem capacidade de regeneração, proporcionada essencialmente pelas reservas acumuladas e pela viabilidade de gemas presentes na região do colo da raiz.
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